
Ricardo Toscano Double Trio
17 Abril, 2021 pelas 21h00 (sábado)
no Teatro Viriato
Concerto livestreaming em: www.musicadaprimavera.pt // Youtube
Ficha Artística
Ricardo Toscano – Saxofone
Demian Cabaud – Contrabaixo
Carlos Barretto – Contrabaixo
Marcos Cavaleiro – Bateria
João Pereira – Bateria
Uma parceria entre Teatro Viriato, Galeria Zé dos Bois e FIMPViseu

Ricardo Toscano é uma imponente figura do nosso presente musical, uma voz singular que se expressa através do saxofone alto com a mesma pujança com que as mais vívidas gargantas cantam ou falam ou gritam o nosso sentir. Explorador incansável dos mistérios que se abrigam na mais desafiante música, este saxofonista nunca se escusou a usar o seu alto para responder a desafios: depois de navegar em formatos mais clássicos de trio ou quarteto, ousou no ano passado abordar a obra-prima de John Coltrane, A Love Supreme, num inédito formato de septeto com duas baterias. E agora, este gosto por encaixar quadrados em círculos, pirâmides em cubos, esferas em elípticas formas, levou este jovem mestre do alto a criar um Double Trio.
Para lá do líder, esta formação acomoda os contrabaixos de Demian Cabaud e de Carlos Barretto e as baterias de Marcos Cavaleiro e João Pereira. Só feras, todas soltas num habitat natural dominado por um jovem leão que sabe muito bem que a velocidade do pensamento só é alcançável pela intensidade do talento. E disso, neste duplo trio de músicos veteranos e jovens, experimentados e ousados, aventureiros e sólidos, não se sente a falta. Trata-se de um inédito encontro promovido por Ricardo Toscano, músico que não teme – que na verdade nunca temeu – ir onde nunca se foi antes, tocar o que nunca se escutou antes, para tanto revelando-se capaz de usar a música como espaço de reflexão e de ação, de pensamento e de discurso. Como espaço de invenção. Que é, desde sempre, o seu maior propósito. A história fez-se sempre no futuro, certo?
ZDB/ Rui Miguel Abreu
MAIS
DEMIAN CABAUD
Demian Cabaud nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1977, numa família onde não havia músicos. Descobriu a música aos 11 anos e começou a mergulhar nela, mais tarde apaixonou-se pelo som do contrabaixo e começou a estudar com Hernan Merlo, Miguel Angel Villarroel e nos últimos 10 anos com Alejandro Erlich Oliva.
Em 2001 mudou-se para Boston, Massachusetts, após receber uma bolsa de estudos da Berklee College of Music, onde se graduou em maio de 2003.
Em Boston teve contacto e aprendeu com grandes mestres, começou a atuar com muitos músicos talentosos e uma digressão levou-o a Portugal, em 2004 mudou-se para Lisboa e depois de 7 anos mudou-se para o Porto, onde vive com a sua família.
Demian é um artista muito ativo, tocou e gravou com músicos como Lee Konitz, Joe Lovano, Chris Cheek, Mark Turner, Bill Mchenry, Rich Perry, Rick Margitza, Seamus Blake, Ohad Talmor, Miguel Zenon, Perico Sanbeat, David Schnitter, Maria Schneider, Kurt Rosenwinkel, Gilad Hekselman, Phil Grenadier, Darren Barret, Russ Johnson, Jason Palmer, Jason Moran, Bill Carrothers, Leão Genovese, Bernardo Sasseti, Albert Sanz, Mario Laginha, Maria João, Maria João, Theo Bleckman, Sheila Jordan, Ra Kalam Bob Moses, Jeff Williams, John Riley, Jorge Rossy, Gerald Cleavert, Francisco Mela, Dan Weiss, Ari Hoenig Ferenc Nemeth, John Hollenbeck, entre muitos outros.
É professor no Conservatório do Porto (ESMAE), Portugal, e em Siena Jazz Master Program, Itália.
Demian é membro regular da prestigiada Orquestra Jazz de Matosinhos há 16 anos.
Já tocou em mais de 60 discos e, como líder, lançou “Naranja” TOAP Records em 2008, “Ruínas” TOAP Records em 2010 e “How about you ?” TOAP Records em 2011, “En febrero” Fresh Sound New Talent Records 2013, “Off the ground” Robalo Records 2016, “Astah” Carimbo Portajazz 2018, “A terra é de quem trabalha” Carimbo Portajazz 2018 e “Aparición” Carimbo Portajazz 2019.
CARLOS BARRETTO
Quando se fala de jazz em Portugal, o nome de Carlos Barretto é uma referência de mérito incontornável. A crescente internacionalização da sua atividade artística tem levado a sua música a muitos destinos, tanto na Europa como no resto do mundo, sempre com rasgados elogios por parte da crítica especializada.
Após concluir o curso do Conservatório Nacional de Música de Lisboa, Barretto residiu em Viena de Áustria (1980-1982) de modo a especializar-se na música erudita, estudando com Ludwig Streischer, um dos grandes mestres mundiais do contrabaixo.
Decide então dedicar a sua carreira profissional à música improvisada, residindo em Paris (1984-1993), cidade a partir da qual teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes do jazz, atuando nos mais prestigiados festivais por toda a França, Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda, entre outros.
De regresso a Portugal em 1993, iniciou os seus projetos como líder e compositor, tendo gravado 9 CD’s em nome próprio e colaborado em mais de vinte obras de músicos como Bernardo Sassetti, Carlos Martins, Bob Sands, Georges Cables, Mário Delgado (v. colaborações). Nas suas atuações, é notória a evolução estética da sua música, desde o neo-bop até ao jazz europeu contemporâneo.
Atualmente trabalha em vários projetos: Carlos Barretto Lokomotiv (com Mário Delgado e José Salgueiro), LST (Lisboa String Trio), Guitolão (com António Eustáquio), Carlos Martins Quarteto, Carlos Barretto Solo Pictórico e “No precipício era o verbo” projeto multidisciplinar que une a poesia com a música, contando com os diseurs André Gago, António de Castro Caeiro e José Anjos.
Trabalhou com Lee Konitz, Steve Grossman, Gary Bartz, Steve Lacy, Steve Potts, Brad Mehldau, Tony Scott, Glenn Ferris, John Stubblefield, Art Farmer, Jack Walrath, Louis Sclavis, François Corneloup, Perico Sambeat, Roman Filliu, Gilad Atzmon, Carlos Bechegas, Rodrigo Amado, Marlon Jordan, Gerard Presencer, François Théberge, Bob Sands, Jorge Pardo, Andrej Olejnizack, Ricardo Toscano, João Moreira, Carlos Martins, Alípio Neto, Carlos Zíngaro, Mal Waldron, Horace Parlan, Georges Cables, Kirk Lightsey, Alain Jean-Marie, Bernardo Sassetti, Richard Galliano, Mariano Diaz, Fabio Mianno, Abe Rabade, German Kucich, Horácio Icasto, Júlio Resende, Mário Laginha, Barry Altschul, George Brown, Cindy Blackman, Joe Chambers, Jordi Rossy, Aldo Romano, Don Moye, Carlos Carli, Marc Miralta, Daniel Garcia, Guillermo Mcguill, Mário Barreiros, Markku Ounaskari, Ethan Winogrand, Juan Mas Barroso, Joel Silva, Karl Berger, John Betsch, Gary Burton, entre outros.
Atuou em Portugal, Espanha, França, Itália, Suiça, Grécia, Roménia, Moldávia, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Holanda, Áustria, Hungria, Andorra, Luxemburgo, Finlândia, Polónia, Eslovénia, Estónia, Marrocos, Tunísia, Senegal, Cabo Verde, Angola, Venezuela, Argentina, Qatar, China e Macau.
JOÃO LOPES PEREIRA
João Lopes Pereira nasceu em Lisboa em 1994. Aos 6 anos, começa a estudar percussão clássica no Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa e depois na Escola de Música do Conservatório Nacional. Em 2008, entra na Escola de Jazz Luiz Villas Boas do Hot Clube de Portugal e estuda com Bruno Pedroso, Gonçalo Marques e Nuno Costa. Anos mais tarde, licencia-se pela Escola Superior de Música de Lisboa, no último ano estuda no Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris. Tem como professores André Sousa Machado, Dré Pallamaerts, Afonso Pais, François Théberge, João Moreira, entre outros. É-lhe atribuído o prémio Melhor Instrumentista na Festa do Jazz do S. Luiz e o 1.º lugar do Prémio Jovens Músicos em categoria de ensemble. Atualmente, João é um músico ativo na cena musical portuguesa, tocando um pouco por todo o mundo e trabalhando com artistas como Jacob Sacks, Mário Laginha, Jorge Rossy, Akiko Pavolka, Pedro Moreira, Enrique Oliver, Perico Sambeat, Sara Serpa, André Fernandes, André Matos, Bruno Santos, Jaume Llombart, Peter Bernstein, Demian Cabaud, Masa Kamaguchi, Nelson Cascais, Bernardo Moreira, Dee Jay Foster, Jose Carra, João Moreira, Gonçalo Marques e Félix Rossy. ¡GOLPE!, coliderado com o trompetista Gonçalo Marques lançou recentemente Puzzle, Tundra e Totem, pela editora Robalo. João integra as bandas Centauri, Ricardo Toscano Quarteto, Kinetic, Practically Married, MA e Trio de Jazz de Loulé. Em teatro e performance colaborou também com Tonan Quito, Filipe Melo, Paula Diogo, Alex Cassal e Miguel Moreira. João é professor na Escola de Jazz Luiz Villas Boas do Hot Clube de Portugal.
MARCOS CAVALEIRO
Nasceu em Basel, Suíça, e iniciou os seus estudos musicais na cidade da Guarda.
Estudou na escola Taller de Musics em Barcelona e, mais tarde, licenciou-se pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
Frequentou aulas particulares com Acácio Salero, Alexandre Frazão, Marc Miralta, Michael Lauren, e Jeff Williams.
Já teve a oportunidade de colaborar com André Fernandes, André Matos, Anders Christensen, Afonso Pais, Albert Bovet, Bernardo Sassetti, Bernardo Moreira, Bill Carrothers, David Doruzka, Demian Cabaud, Ernesto Jodos, Guillermo Klein, Jeffery Davis, Jean-Michel Pilc, João Paulo Esteves da Silva, João Moreira, Julian Arguelles, Jorge Rossy, Kevin Hays, Leo Genovese, Maria João e Mário Laginha, Matt Renzi, Nuno Ferreira, Nelson Cascais, Ohad Talmor, Pedro Moreira, Thomas Morgan, entre outros.
É membro da Orquestra Jazz de Matosinhos desde 2007, tendo colaborado com Carla Bley & Steve Swallow, Chris Cheek, Fred Hersch, Jim McNeely, Kurt Rosenwinkel, Lee Konitz, Maria Schneider, Maria Rita, Maria João, Mayra Andrade, Mark Turner, Manuel Cruz, Manuela Azevedo, Marta Ren, Michael Mantler, Rich Perry, Rebecca Martin, Sérgio Godinho.
Em 2020, lançou o primeiro disco em nome próprio, “Sete” (Carimbo PortaJazz), com os músicos Thomas Morgan, João Guimarães, José Pedro Coelho e André Fernandes.
É endorser da marcas Turkish e Craviotto.