Orquestra Filarmonia das Beiras

12 Dezembro, 2020 pelas 19h00 (sábado)
no Pavilhão Multiusos

Concerto live streaming em: www.musicadaprimavera.pt // Youtube // Facebook

Programa

LEROY ANDERSON (1908-1975)
Sleigh Ride

ADOLPHE ADAM (1803-1856)
O Holy Night (Arr. Willian Ryden)

CÉSAR FRANCK (1822-1890)
Panis Angelicus

A. LLOYD WEBBER (n. 1948)
Pie Jesu

CHARLER GOUNOD (1818-1893)
O Divine Redeemer

MEL TORMÉ & ROBERT WELLS
The Christmas Song (Arr. Luís Trigo)

HUGH MARTIN & RALPH BLANE
Have Yourself a Merry Little Christmas (Arr. Luís Trigo)

FELIX BERNARD
Winter Wonderland (Arr. Luís Cardoso)

J. FRED COOTS & HAVEN GILLESPIE
Santa Claus Is Coming To Town (Arr. Luís Cardoso)

SAMMY CAHN & JULE STYN
Let it Snow! (Arr. Luís Cardoso)

TRADICIONAL DE NATAL
Noite Feliz (Arr. Luís Cardoso)

TRADICIONAL DE NATAL
We Wish You a Merry Christmas (Arr. Steve Cohen)

Ficha Artística

Orquestra Filarmonia das Beiras
Voz: Isabel Alcobia e Cláudia Franco
Maestro: António Vassalo Lourenço

Para esta quadra a OFB apresenta um programa constituído por canções de diversas origens e estilos alusivos à época natalícia, em que junta o clássico e o jazz, inspirado no Songbook americano. Este programa terá como solistas a soprano Isabel Alcobia e a cantora de jazz Cláudia Franco e será dirigido pelo Maestro António Vassalo Lourenço.

Biografias

ANTÓNIO VASSALO LOURENÇO
Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde 1999 e responsável pelas classes de Coro Orquestra e Direção da Universidade de Aveiro desde 1997, foi fundador da Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995, sendo ainda seu Maestro Adjunto, e foi Diretor e Maestro Titular do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008. Com estes grupos tem dado particular atenção à música portuguesa, tendo realizado diversas estreias.
Em 1996 terminou o mestrado em Direção de Coro e Orquestra pela Universidade de Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente, tendo concluído o Doutoramento em Direção de Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou Orquestração com Samuel Adler, Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção.
Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris).
Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro, entre 2000 e 2004 e, em 2006, criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado produções de ópera por todo o país que incluem, para além da apresentação de importantes óperas de repertório, produções em português, ópera portuguesa e ópera para crianças. Atualmente é também Diretor Artístico do Festival Música em Leiria.

CLÁUDIA FRANCO
Cláudia Franco é cantora e compositora, natural de Porto de Mós. Do seu percurso académico, fazem parte o Conservatório de Artes de Leiria, a Escola de Jazz do Hot Clube e a Escola Superior de Música de Lisboa; onde teve o privilégio de estudar com Susana Teixeira, Paula Oliveira, Afonso Pais, Maria João, João Paulo Esteves da Silva, Pedro Moreira e aulas particulares com a cantora lírica e professora de canto Lúcia Lemos.
O seu percurso profissional inicia-se no Jazz, onde se mantém ativa tanto como líder e convidada. Já cantou com vários músicos como Afonso Pais, João Custódio, Pedro Felgar, Júlio Resende, Paula Sousa, Rui Caetano, Bruno Pedroso, André Santos, Nuno Ferreira, Joana Machado, Carlos Garcia, Riscardo Toscano, Bruno Santos, Nuno Costa, Carlos Barretto, André Sousa Machado, Sérgio Rodrigues, entre outros.
Apresentou o seu primeiro disco, “Soul Dance”, com o apoio da Smooth FM e Incubadora d’Artes, no Centro Cultural de Belém. Cláudia tornou-se uma artista Smooth FM e foi convidada especial no 4º aniversário da rádio no CCB, ao lado de Stacey Kent e Anthony Strong. “Soul Dance” foi destacado pela Rádio Marginal no “Top 6” de discos de 2015, sendo o único português. Em 2017 recebeu o Troféu Afonso Lopes Vieira na categoria “Voz”, distinção atribuída pelo Jornal Região de Leiria.
Atualmente prepara a gravação do seu segundo disco de originais, e em 2019 esgotou dois concertos de pré-estreia no Festival de Música em Leiria, e é convidada regular do projeto Jazz & Poesia de Manuel Lourenço e Nicolau Santos.
Em paralelo é professora de canto do Curso de Jazz do Orfeão de Leiria.

ISABEL ALCOBIA
Isabel Alcobia iniciou os seus estudos de canto no Conservatório Nacional de Música de Lisboa com Filomena Amaro. Diplomou-se, como bolseira do governo espanhol, na Escola Superior de Canto de Madrid com Marimi del Pozo. Já como bolseira do Ministério da Cultura, concluiu o Mestrado na Universidade de Cincinnati (EUA) com Barbara Honn. É doutorada pela Universidade de Aveiro.
Desenvolve intensa atividade solística, tendo participado em diversos espetáculos em Portugal, Espanha, França, Alemanha, E.U.A. e República da China, tais como a ópera “Amor de Perdição”, a convite do Teatro Nacional São Carlos (com representações em Lisboa e Bruxelas no âmbito da Europália), “Auto Del Lirio y de la Azucena,” de José Peyro no Museu del Prado em Madrid, “Naufrágios e Milagres” de José Alberto Gil, onde interpretou o papel principal no Centro Cultural de Belém, para o Festival dos 100 Dias. Realizou um recital a solo com o pianista Francisco Sassetti e um concerto dirigido pelo Maestro John Leman no Teatro Camões (dia dos EUA), integrados na Expo’98.
Foi selecionada para interpretar Gilda (“Rigoletto” de Verdi) no Festival de Ópera da Cidade de Lucca, em Itália.
No domínio da Ópera destacam-se, ainda, as interpretações de Euridice (Orfeo), Pamina (A Flauta Mágica), Adele (O Morcego), Musetta (La Bohème), Giannetta (O Elixir do Amor), Norina (D.Pasquale), Julieta (Romeu e Julieta), Gilda (Rigoletto), Violeta (La Traviata) e Isabel (Floresta) de Eurico Carrapatoso.
Dedica parte da sua carreira à divulgação da música portuguesa, tendo estreado um ciclo de canções para soprano, trompa, piano e Orquestra de Eurico Carrapatoso e a obra “Aver-A-Ria” do mesmo compositor. Deu um recital em Macau integrado nas comemorações do dia de Portugal e interpretou Sibila na estreia absoluta da ópera “Auto de Coimbra” de Manuel Faria, do qual resultou o lançamento de um CD. Da sua discografia faz também parte um trabalho em conjunto com o cravista Mário Trilha, com Modinhas Portuguesas do século XIX e as Canções para canto e piano de Frederico de Freitas com a pianista Helena Marinho.
Participa com regularidade nos principais festivais e temporadas de música do país, em Concertos, Recitais e em Galas de Ópera sob direção dos maestros Michael Corboz, James Colon, Donato Renzetti, Franz Brüggen, Christopher Hogwood, Michael Zilm, David Jimenez, Ernst Schelle, Adriano Martinolli, António Saiote, Fernando Eldoro, Jorge Matta, Vasco Pearce de Azevedo, António Vassalo Lourenço e César Viana, e ainda com os pianistas Gabriela Canavilhas, João Paulo Santos, Carla Seixas, Ilda Ortin e Shao Ling.
Para além dos concertos com diversas orquestras por todo o país, onde se incluem a interpretação de obras como “Carmina Burana”, Requiem de Mozart e 9.ª Sinfonia de Beethoven, realiza, com regularidade, gravações para a RTP, RDP e RTP Açores.
Obteve diversos prémios em concursos de canto, sendo de salientar o 1.º prémio no concurso de canto em “Cleveland International Einsteddfod” (Inglaterra) e no concurso “Three Arts scholarship” (U.S.A).
Atuou no Coliseu do Porto ao lado de José Carreras num espetáculo transmitido em direto pela RTP. Na sequência desta atuação realizou, a convite deste prestigiado tenor, um concerto onde interpretaram árias e duetos de Ópera e Zarzuela. Em setembro de 2019 foi a soprano convidada a cantar com este prestigiado tenor no Altice Arena, concerto de despedida em Portugal.
No campo da pedagogia, tem realizado várias Masterclasses a convite de Universidades e Conservatórios Portugueses e Estrangeiros. É Professora Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.

ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 23 músicos de cordas de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, uma estreia em Portugal. Este espetáculo faz parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter. Este cine-concerto foi dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky e Valerian Shiukaschvili, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo ou José Carreras, sendo que dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direcção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Canossa, Nancy Vieira, Paulo Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso ou James.

O concerto