Orquestra Filarmonia das Beiras e Quarteto do Rio

24 Abril, 2022 pelas 17h00 (domingo)
no Politécnico de Viseu, Aula Magna


Entrada: 5€ • Adquirir bilhete
Idade: Maiores de 6 anos.

Programa

MARCOS VALLE-PAULO SÉRGIO VALLE
Samba de verão

DORIVAL CAYMMI
Rosa Morena

CARLOS LYRA-VINÍCIUS DE MORAES
Samba do Carioca

CARLOS LYRA-VINÍCIUS DE MORAES
Minha Namorada

TOM JOBIM
Samba do avião

TOM JOBIM
Corcovado

ROBERTO MENESCAL-RONALDO BÔSCOLI
Barquinho

JOÃO BOSCO-ALDIR BLANC-PAULO EMÍLIO
Linha de Passe

ROBERTO MENESCAL-RONALDO BÔSCOLI
A morte de um deus de sal

TOM JOBIM
Chovendo na Roseira

ROBERTO MENESCAL-RONALDO BÔSCOLI
A volta

CHICO BUARQUE-GILBERTO GIL
Cálice

MILTON NASCIMENTO-MARCIO BORGES
Vera Cruz

CHICO BUARQUE
Homenagem ao Malandro

TOM JOBIM-VINÍCIUS DE MORAES
O morro não tem vez

TOM JOBIM-VINÍCIUS DE MORAES
Só danço samba

TOM JOBIM-VINÍCIUS DE MORAES
Garota de Ipanema


Ficha Artística

Orquestra Filarmonia das Beiras
Quarteto do Rio – Eloi Vicente, Neil Teixeira, Hernane Castro e Leandro Freixo
António Vassalo Lourenço – Direção


Mecenas: Dietmed



O Quarteto do Rio e a Orquestra Filarmonia das Beiras estarão novamente juntos em palco, numa parceria entre Brasil e Portugal, fazendo um passeio musical sobre obras de consagrados compositores brasileiros.
Com arranjos inéditos, feitos por Neil Teixeira e Eloi Vicente, e sob a batuta do Maestro António Vassalo Lourenço, a música popular brasileira será homenageada com uma seleção especialíssima de repertório, com destaque especial para obras que se tornaram clássicos ligados ao movimento chamado de Bossa Nova.
Entre as músicas apresentadas no concerto podemos destacar: Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes); Samba de Verão (Marcos e Paulo Sérgio Valle); Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinícius de Moraes); Chovendo na Roseira (Tom Jobim); A Minha Namorada (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes); Homenagem ao Malandro (Chico Buarque de Holanda); Corcovado (Tom Jobim); Vera Cruz (Milton Nascimento e Márcio Borges); Rosa Morena (Dorival Caymmi).
Os vocais elaborados do Quarteto do Rio com os seus instrumentos (piano, baixo, bateria e violão) associados ao virtuosismo das cordas e madeiras da Orquestra Filarmonia da Beiras, formam um belo conjunto musical a ser apreciado pelos amantes da boa música.

MAIS

ANTÓNIO VASSALO LOURENÇO
Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde 1999 e responsável pelas classes de Coro, Orquestra e Direção da Universidade de Aveiro desde 1997, foi fundador da Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995, sendo ainda seu Maestro Adjunto, e foi Diretor e Maestro Titular do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008. Com estes grupos tem dado particular atenção à música portuguesa, tendo realizado diversas estreias, primeiras audições modernas e gravações de obras de compositores portugueses.
Em 1996 terminou o mestrado em Direção de Coro e Orquestra pela Universidade de Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente, tendo concluído o Doutoramento em Direção de Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou Orquestração com Samuel Adler, Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção.
A sua formação e atividade musicais iniciaram-se aos 8 anos na Fundação Calouste Gulbenkian onde estudou violino e fez parte do Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos Amadores de Música com a professora Maria Amélia Abreu tendo concluído em 1990 o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa na classe da professora Filomena Amaro.
Cantou em diversos grupos profissionais entre os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982 e 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal. A sua carreira como Maestro iniciou-se no Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo prémios em concursos internacionais.
Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris). Foi aluno da classe de Direção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a orientação de Jean-Marc Burfin.
Foi fundador e Maestro Adjunto da Orquestra da Juventude Musical Portuguesa e Assistente de Direção da Concert Orchestra de Cincinnati. Como maestro convidado dirigiu diversas orquestras e coros em Portugal, Espanha, França e nos Estados Unidos da América.
Desde 1987 tem participado, como monitor, em diversos Cursos de Direção Coral e tem sido Diretor Musical de peças teatrais.
Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro entre 2000 e 2004 e desempenhou o cargo de Coordenador Artístico da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre 2002 e 2003 e é atualmente Diretor Artístico do Festival Música em Leiria.
Em 2006 criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado por todo o país produções de ópera que incluem, para além da apresentação de importantes óperas de repertório, produções em português, ópera portuguesa e ópera para crianças.
É Professor Associado da Universidade de Aveiro, tendo sido diretor do Departamento de Comunicação e Arte entre 2011 e 2015, e é menbro do INET-md.

QUARTETO DO RIO
O Quarteto do Rio é um grupo vocal e instrumental criado em 2016 pelos ex-integrantes do tradicional grupo Os Cariocas.
Eloi Vicente durante 22 anos, Neil Teixeira durante 21 anos e Fabio Luna durante 6 anos integraram o grupo que fez história no Brasil, com o seu jeito marcante de harmonizar e interpretar.
Idealizado por Ismael Netto, Os Cariocas iniciou sua carreira na Rádio Nacional em 1946 e teve grande sucesso nos programas de auditório na era dourada do rádio. O grupo interpretava todo o tipo de música com seus caprichados arranjos a quatro vozes, de baiões a toadas, de música americana ao nosso samba. Com o advento da Bossa Nova na década de 60, passou a ter uma fonte riquíssima de músicas, baseadas em belas harmonias e muito balanço, que combinaram com o seu jeito de interpretar, formando um casamento perfeito.
Este grupo, com formações distintas, se manteve em atividade até 2015 sob a direção musical de Severino Filho. Lançou em sua carreira cerca de 70 discos. Os dois últimos trabalhos ainda com o nome original foram destaques no Prêmio da Música Brasileira. O cd “Nossa Alma Canta” foi vencedor do Prêmio na categoria melhor grupo de MPB, com a participação de Elói e Neil como integrantes e arranjadores. O cd “Estamos aí”, foi finalista deste mesmo prêmio, já com Fábio Luna integrado à sua formação.
Com a morte de Severino em março de 2016, os três integrantes remanescentes de Os Cariocas decidiram dar continuidade ao trabalho, já que Eloi e Neil, nos últimos anos, vinham fazendo arranjos para o quarteto.
Ao serem informados pela família do maestro que a denominação Os Cariocas não poderia mais ser usada, entendendo que o nome é menos importante que a música, resolveram seguir em frente com o novo nome: Quarteto do Rio.
Para integrar o grupo convidaram o pianista/vocalista Leandro Freixo, que passou a compor o Quarteto do Rio fazendo a 1ª voz e tocando piano, juntamente com Fabio Luna, 2ª voz, bateria e flauta, Neil Teixeira, 3ª voz e baixo e Eloi Vicente, 4ª voz e violão.
Com esta formação o Quarteto do Rio lançou o cd “Mr. Bossa Nova” em parceria com um dos “inventores” da Bossa Nova, Roberto Menescal, e foi finalista do Prêmio da Música Brasileira em 2018, além de vários vídeos com a participação de convidados especialíssimos como, por exemplo, o próprio Menescal, Yamandu Costa, João Bosco, Fabio Brazza e Marcos Valle.
Os cariocas do Quarteto do Rio seguem mantendo vivo um modo de tratar a maravilhosa música popular brasileira, nos palcos e em gravações, com a qualidade e o esmero sempre exigidos pelo seu público por todos esses anos.

ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 31 músicos de cordas, sopros e percussão de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, sob a direção do maestro britânico Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, em 2020 apresentou o quarto filme, “Harry Potter e o Cálice de Fogo “ e em 2022, a OFB apresentou o quinto filme desta saga, “Harry Potter e a Ordem da Fénix”. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho, Pedro Rodrigues e Paulo Soares, ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo ou José Carreras, sendo que dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direcção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Canossa, Nancy Vieira, André Sardet, Paulo Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, James, Cristina Branco, Gisela João ou Rita Guerra.
Estrutura Financiada pelo Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.

O concerto