
Orquestra Clássica do Centro
04 Abril, 2025 às 21h00 (sexta)
no Teatro Viriato
Entrada: 6€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.
A Orquestra Clássica do Centro, sob a direção de Cláudio Ferreira, apresenta um programa que combina tradição e modernidade. O concerto inicia-se com a leveza e brilho da “Abertura ao Estilo Italiano” de Schubert, refletindo a influência da ópera italiana no compositor austríaco. Segue-se a estreia de “Partita”, obra encomendada pela Música da Primavera e pela OCC ao compositor português Sérgio Azevedo, e que conta com o pianista André Roque Cardoso como solista.
Na segunda parte, a orquestra interpreta a “Sinfonia n.º 1” de Beethoven, marco inicial da sua obra sinfónica. Apesar da clara herança de Haydn e Mozart, esta sinfonia já revela a energia e ousadia que definiriam o estilo do compositor. Um concerto que une a elegância clássica, a inovação contemporânea e a força expressiva do repertório orquestral.
Programa
FRANZ SCHUBERT (1797-1828)
“Abertura ao Estilo Italiano” em Dó maior, D. 591
SÉRGIO AZEVEDO (1968)
“Partita” §
I. Vigoroso
II. Intermezzo bucólico
III. Con gioia
Solista: André Roque Cardoso
LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)
Sinfonia n.º 1, Op. 21
I. Adagio molto – Allegro con brio
II. Andante cantabile – Con moto
III. Menuetto – Allegro molto e vivace
IV. Finale – Adagio
§ – Estreia. Encomenda do FIMPVISEU e da Orquestra Clássica do Centro
Ficha Artística
Orquestra Clássica do Centro
Cláudio Ferreira – Direção musical
André Roque Cardoso – Piano (Solista na peça “Partita” de Sérgio Azevedo)
Biografias
ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO
A Orquestra Clássica do Centro (OCC) realizou o seu concerto-estreia em dezembro de 2001. Enquanto associação, tem a responsabilidade de gestão cultural do Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra (sua sede). Para além dos concertos que constituem naturalmente a sua atividade principal, organiza / promove concursos, conferências, exposições ou festivais, por si ou em colaboração com outras entidades. Alguns destaques: Os Encontros Internacionais da Guitarra Portuguesa com o apoio da CGD, que realizou durante 10 anos, os Festivais “Sofia”, em colaboração com o Tribunal da Relação de Coimbra, o “Bussaco Summer Festival” e o “Bussaco Classical Festival” em colaboração com o Município da Mealhada e a Fundação Mata do Bussaco, o “Musas festival das Artes de Conímbriga” em parceria com o Município de Condeixa-a-Nova e a colaboração com o Museu Nacional de Conímbriga e Museu PO.RO.S, ou ainda o Ciclo de Concertos da Justiça, que resultam de uma parceria com os Tribunais Superiores (Supremo Tribunal de Justiça, Supremo Tribunal Administrativo, Tribunal de Contas, Tribunais da Relação de Coimbra, Évora, Guimarães, Lisboa e Porto, para além dos Tribunais Judiciais da Comarca de Coimbra e Viseu). Ao longo dos anos tem participado em Festivais, como por exemplo o Festival das Artes, Festival de Música de Sintra, Festival Internacional de Piano do Algarve, mais recentemente no Festival Internacional de Malta e ainda MÁS CLÁSICA – XII Ciclo de concertos de Salamanca; para além do ciclo anual de concertos.
A OCC vem contando com a regência de maestros nacionais e estrangeiros como Gustavo Petri, José Eduardo Gomes, Virgílio Caseiro, Luís Carvalho, Diogo Costa, Jan Wierzba, Martin André, Rui Massena, Cesário Costa, Michaël Cousteau, Vasco Pearce de Azevedo, Cláudio Ferreira ou Henrique Constância. Desde março de 2022, Sergio Alapont é o maestro titular. A orquestra tem contado com a participação de solistas como Vasco Dantas, Bruno Belthoise, Raquel Camarinha, Melissa Purnell, Patricia Quinta, Bruno Blethoise, Vasco Dantas Manuel Araújo, Marina Pacheco, Regina Freire ou Sofia Marafona. Ainda Jorge Palma, Mariza, António Zambujo, Manoel de Oliveira, Pedro Abrunhosa e Tiago Bettencourt, tendo gravado com este último ao vivo no ano de 2022. Destacam-se ainda em 2023 / 24 os espetáculos com a Companhia Nacional de Bailado no Coliseu do Porto e no Convento de São Francisco em Coimbra, em 2023, ou Ópera de Mozart ( Cosi Fun Tutte e Don Giovanni em colaboração com três escolas superiores de Música Italianas – de “A. Scontrino” – Trapani, de “A. Toscanini” – Ribera e de “L. Cherubini” – Florença.
Um dos seus principais objetivos é fomentar a cultura musical, dimensionar a vertente pedagógica e conferir apetência para ouvir e apreciar música erudita. Também para este fim, editou vários CDs e livros. A OCC é ainda membro fundador da Orquestra Nacional de Cabo Verde.
A Orquestra Clássica do Centro é uma entidade apoiada pela DGArtes / Ministério da Cultura e tem o apoio Institucional da Câmara Municipal de Coimbra. O seu Mecenas plurianual é a empresa EFAPEL. Tem protocolos assinados com várias Câmaras Municipais, Escolas de Música e outras Instituições como a Universidade de Coimbra, o IPC, o ISCAC, ISEC, ESART ou o Instituto Piaget. A OCC encontra-se abrangida pela Lei do Mecenato Cultural (atual Estatuto dos Benefícios Fiscais). Em 2013 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra. Em 2025 a OCC comemora o seu 24° aniversário.
CLÁUDIO FERREIRACláudio Ferreira é um maestro português que se destacou ao vencer o 2º prémio em Direção de Orquestra no Prémio Jovens Músicos (2022). Na temporada 2025, tem concertos agendados com a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica do Centro, a Orquestra Sinfónica do Porto (CdM), a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Sinfónica Portuguesa (TNSC).
É convidado regular das principais orquestras portuguesas, tendo ainda colaborado com a Orquestra e Coro do Projeto Xiquitsi, em Maputo-Moçambique. Apresentou-se em concerto com a distinta soprano Elisabete Matos, dirigindo árias de ópera de Verdi, Boito e Puccini, e foi assistente do maestro Baldur Brönnimann na apresentação em concerto da Sinfonia nº 4 de Charles Ives, com a OSP/CdM.
No âmbito da música contemporânea, tem interpretado e estreado obras de compositores nacionais e estrangeiros para formações diversas. Em 2024, apresentou-se numa digressão nacional com o Perdigão Ensemble, do qual é Diretor Musical e, em 2025, apresentar-se-á em concerto com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.
No campo da investigação, realizou uma edição crítica à obra Suite Africana do compositor português do séc. XX Frederico de Freitas, posteriormente publicada pela AvA Musical Editions.
Possui quatro mestrados na área da música – Ensino de Música, Pedagogia do Instrumento, Teoria e Formação Musical, e Direção, este último pela Universidade de Aveiro, onde foi aluno do maestro Ernst Schelle. Trabalhou ainda a sua técnica de direção de orquestra com o maestro Pedro Neves.
É Diretor Artístico e Maestro Titular da Orquestra Juvenil de Viseu, uma parceria entre o Município de Viseu e o Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão.
ANDRÉ ROQUE CARDOSOIniciou os seus estudos no Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão com a Professora Rosgard Lingardsson e concluiu a Licenciatura em Ensino da Música (Piano) em 2005 pela Universidade de Aveiro, onde estudou com Vitali Dotsenko (piano) e António Chagas Rosa (Música de Câmara).
Entre 2005 e 2011 integra as classes de piano de Guigla Katsarava e de música de câmara de Nina Patarcec na Ecole Normale de Musique de Paris, onde obtém o Diplôme d’Exécution, o Diplôme Supérieur d’Exécution, o Diplôme Supérieur de Concertiste e o Certificat de Perfectionnement. Durante este período apresenta-se em recitais enquanto solista e membro de diferentes formações de música de câmara, frequenta masterclasses de piano, cursos de verão e concursos de piano, obtendo o primeiro prémio no «Concours International dans le cadre de “Guigla Katsarava Masterclass”», o segundo prémio no «1º Concurso Internacional de Piano “Helena Sá e Costa» e, no mesmo concurso, o Prémio Especial Luiz Costa.
Entre 2010 e 2017, apresentou-se pela primeira vez com orquestra enquanto solista com repertório barroco, clássico, romântico e moderno; colaborou com o ensemble de música contemporânea Síntese; apresentou-se a solo e em música de câmara em festivais na Eslovénia, França, Moldávia e Portugal; organizou atividades, concertos e festivais, nomeadamente as quatro edições do festival “As Lições dos Jovens Mestres – Youngclasses”; e foi docente em vários conservatórios e academias de música em Portugal.
Entre 2015 e 2018 concluiu as unidades curriculares do Curso de Formação Avançada do Programa Doutoral em Música iniciando a atividade de investigação académica na área do repertório pianístico português para a mão esquerda. Neste contexto, foi editor de partituras na AvA musical Editions; e apresentou a estreia mundial de peças portuguesas para a mão esquerda, nomeadamente de obras encomendadas pelo Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu, entre as quais se contam as duas primeiras obras para piano (mão esquerda) e eletrónica.
Enquanto pedagogo ministra regularmente masterclasses de piano e é atualmente professor na Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra. Lançou os álbuns “Adestro” e “Adestro vol. II” dedicados à música portuguesa para piano para a mão esquerda, e frequenta o programa doutoral da Universidade de Aveiro (Performance).
SÉRGIO AZEVEDONasceu em Coimbra, Portugal, em 1968. Estudou com Fernando Lopes-Graça na Academia de Amadores de Música e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) com Christopher Bochmann e Constança Capdeville, onde concluiu o Curso Superior de Composição com nota máxima.
Ganhou vários prémios nacionais e internacionais, entre os quais o “United Nations Prize” e o “Prémio Autores” (SPA) de 2010, e as suas obras são regularmente encomendadas e tocadas por prestigiosos intérpretes e orquestras, estando presentes em cerca de 60 CDs’.
Publicou três livros, A Invenção dos Sons, Olga Prats – Um Piano Singular, e Christopher Bochmann: Sem música a vida seria um erro. Escreve ainda para The New Grove Dictionary of Music and Musicians e desde 1993 tem criado programas com centenas de episódios para a RTP / Antena 2.
Orienta desde 2021 dois cursos sobre música clássica e música de cinema na Fundação Calouste Gulbenkian.
Sérgio Azevedo é Doutorado pela Universidade do Minho e, desde 1993, Professor do Curso de Composição da ESML.
Enquanto pianista tem-se dedicado desde 2021 a tocar a sua música e a de Janacék, entre outros compositores, tendo gravado já um CD com algumas dessas obras.
