Orquestra do Norte com o coro Spatium Vocale

12 Abril, 2017 pelas 21h00 (quarta-feira)
na Sé de Viseu


Entrada gratuita

Notas do Programa: Gioachino Rossini – Stabat Mater

O hino Stabat Mater Dolorosa é um poema de origem medieval que retrata os sofrimentos de Maria, Mãe de Jesus, ao presenciar o seu filho na Cruz. Conclui com uma invocação pelo declamante implorando a Deus a Graça do Paraíso pela identificação do crente com Santa Maria.

Rossini, também conhecido como Cisne de Pèsaro, onde nasceu em 1792 vindo a falecer em Paris em 1868, escreveu o seu Stabat Mater correspondendo a uma encomenda de 1831 do padre espanhol D. Francisco Fernandez Varela, já Rossini se tinha retirado da composição operática depois do Guilherme Tell, sua última obra de cena. Bom vivant, gastrónomo e cozinheiro afamado, Rossini gozava os proventos da sua lucrativa produção anterior em Opera Buffa. Rossini não conseguiu, nessa altura, acabar a encomenda devido a uma crise de lumbago, e foi o seu amigo Tadolini que acabou os últimos seis números da obra. Reservou para si direitos de publicação uma vez que era para além de bom garfo, bom copo e grande compositor, um excelente homem de negócios, característica geralmente arredada de muitos dos grandes compositores do seu tempo.

O Stabat Mater ficaria, provavelmente, para sempre esquecido se, por morte de D. Varela, os herdeiros não quisessem lucrar com a obra vendendo os direitos que não tinham a um editor parisiense. Felizmente para a história da música, Rossini ficou furioso e ameaçou perseguir “até à morte” o editor Aulagnier considerando que a propriedade da obra que lhe tinha sido vendida não era dos herdeiros do abade Varela mas sim sua e que o Stabat Mater não estava completo. Resolve completar então a obra, concluindo os seis números finais, e editá-la por si.
Quando Rossini se resolvia a fazer uma composição era imparável e, passando-se esta desagradável situação em 1837 cinco anos depois é realizada a estreia em Paris, no teatro dos Italianos e depois feita uma tournée europeia que leva Rossini à glória, uma vez que o seu público estaria ávido das suas composições visto que Rossini não compunha nada há mais de quinze anos.

Ao contrário da sua Pequena Missa Solene o Stabat Mater é uma obra extremamente operática, considerada leve e de salão por Wagner, que o escutou em Paris e assinou uma crítica no jornal de Schumann em que lamentou também o lado financeiro da questão, assinando sob o pseudónimo de Valentino. O próprio Verdi foi muito pouco entusiasta da obra que revela todos os efeitos da ópera cómica na qual Rossini era mestre, com árias, duetos e cavatinas muito ornamentadas para a voz onde se destaca o célebre solo de tenor Cujus Animan, muitas vezes executado em programas de concerto. No entanto, termina com uma fuga, nada operática, de um enorme poder e dramatismo que Verdi certamente não desdenharia compor apesar do que escreveu.

A estreia em Bolonha onde Rossini se encontrava, contou com Donizetti como maestro tendo a multidão aclamado Rossini pela noite fora debaixo das suas janelas!

O Stabat Mater é composto para coro, orquestra e quatro solistas e tem a seguinte estrutura em números que se sucedem:

1. Stabat Mater dolorosa (verso 1)
– Coro e quatro solistas

2. Cujus animam (versos 2-4)
– Tenor (ária)

3. Quis est homo (versos 5-6)
– Dueto – Soprano e mezzo-soprano

4. Pro peccatis (versos 7-8)
– Baixo (ária)

5. Eja, Mater (versos 9-10)
– Baixo (recitativo) e coro à Capella

6. Sancta Mater (versos 11-15)
– Quarteto

7. Fac ut portem (versos 16-17)
– Cavatina – Mezzo-soprano

8. Inflammatus (versos 18-19)
– Soprano (ária) e coro

9. Quando corpus morietur (verso 20)
– Quarteto sem acompanhamento

10. In sempiterna saecula. Amen
(Doxologia que não faz parte do texto original do Stabat Mater medieval) – Final – Coro

Stabat Mater (tradução)

Estava a Mãe dolorosa
chorando junto à Cruz
da qual seu Filho pendia.
Sua alma soluçante
inconsolável e angustiada
atravessada por um gládio.
Ó, quão triste e aflita
estava a bendita Mãe
do Filho Unigénito!
Como suspirava e gemia
Mãe Piedosa, ao ver
as penas de seu Ínclito Filho
Que homem não choraria
se visse a Mãe de Cristo
em tamanho suplício?
Quem não se entristeceria,
a pia Mãe contemplar,
condoída com seu Filho?
Pelos pecados de seu povo,
viu Jesus em tormentos
e submetido aos flagelos.
Viu seu doce filho nascido
morrendo abandonado,
quando entregou seu espírito.
Eia, mãe, fonte de amor,
faz-me sentir tanto as dores
que possa chorar contigo.
Faz que arda meu coração
de amor por Cristo Deus
para se compadecer.

Santa Mãe, faz isto:
que as chagas do Crucificado
sejam marcadas no meu coração.
As feridas de teu Filho,
que por mim padeceu,
as penas divide comigo.
Faz-me contigo veramente chorar,
sofrer com o Crucificado
enquanto eu viver.
Junto à Cruz contigo quero estar
e quero-me associar
ao teu pranto.
Virgem das virgens preclara,
comigo não sejas amarga,
faz-me contigo chorar.
Faz que eu porte de Cristo a morte,
da sua Paixão partilhar a sorte
e venerar as suas chagas.
Faz-me pelas chagas ferido,
pela Cruz embriagado
no amor do teu Filho.
Inflamado e abrasado,
por ti, ó Virgem, seja defendido
no dia do Juízo.
Faz-me ser guardado pela Cruz,
fortalecido pela morte de Cristo
confortado pela graça.
Quando o meu corpo morrer,
faz que minha alma alcance
a glória do Paraíso.
Pelos séculos dos séculos. Amén.

Stabat Mater (em latim)

1. Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimósa, dum pendébat Fílius.
2. Cuius ánimam geméntem, contristátam et doléntem pertransívit gládius.
O quam tristis et afflícta fuit illa benedícta Mater Unigéniti!
Quae moerébat et dolébat, pia mater, cum vidébat nati poenas íncliti.
3. Quis est homo, qui non fleret, Christi Matrem si vidéret in tanto supplício?
Quis non posset contristári, piam Matrem contemplári doléntem cum Filio?
4. Pro peccátis suae gentis vidit Jesum in torméntis et flagéllis subditum.
Vidit suum dulcem natum moriéntem desolátum, dum emísit spíritum.
5. Eia, mater, fons amóris, me sentíre vim dolóris fac, ut tecum lúgeam.
Fac, ut árdeat cor meum in amándo Christum Deum, ut sibi compláceam.
6. Sancta Mater, istud agas, Crucifíxi fige plagas cordi meo válide.
Tui Nati vulneráti, tam dignáti pro me pati, poenas mecum dívide.
Fac me vere tecum flere, Crucifíxo condolére donec ego víxero.
Iuxta crucem tecum stare, te libenter sociáre in planctu desídero.
Virgo vírginum praeclára, mihi iam non sis amára, fac me tecum plángere.
7. Fac, ut portem Christi mortem, passiónis fac me sortem et plagas recólere.
Fac me plagis vulnerári, cruce hac inebriári ob amorem Fílii.
8. Inflammatus et accensus, per te, Virgo, sim defénsus in die iudícii.
Fac me cruce custodíri morte Christi praemuníri, confovéri grátia.
9. Quando corpus moriétur, fac, ut ánimae donétur paradísi glória.
10. In sempiterna saecula. Amen.

Biografias

ORQUESTRA DO NORTE
A Orquestra do Norte (ON) concretiza, desde 1992, um projeto de descentralização da cultura musical que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação Norte Cultural, desde que esta venceu o primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano.
Com a direção artística de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita e sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente.
Os objetivos básicos que sempre inspiraram a atividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação de um repertório cuidadosamente selecionado susceptível de, por um lado, ser compreensível para um “iletrado” musical e, por outro, seduzir pessoas iniciadas ou que se queiram iniciar neste tipo de música. Coerente com esta orientação, tem realizado concertos nos mais recônditos locais, a maior parte das vezes fora do conforto das salas/teatros de concerto, em igrejas, ao ar livre, em salões de instituições de variada índole, etc., única forma possível de se atingirem certos sectores da nossa população que, por acentuadas assimetrias do desenvolvimento regional do País, sempre viveram à margem das oportunidades culturais, nomeadamente a nível musical, que os grandes centros mais facilmente oferecem. Vinte e três anos depois, esta orientação estratégica de atividade continua a ser fundamental para a instituição.
Agente de transformações na gestão cultural do nosso País e criadora de um novo paradigma musical, a Orquestra do Norte desenvolve uma intensa atividade com temporadas regulares de norte a sul do País. Realizou mais de 3.000 espetáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. Apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha.
Consciente da importância que representam o aumento e a diversificação da oferta artística no desenvolvimento cultural do País, a Orquestra do Norte realiza as obras maiores da História da Música, servindo o grande repertório orquestral, do Barroco à Música Contemporânea, dando especial atenção à difusão da Música Portuguesa.
Compositores Portugueses interpretados: Pedro Avondano, Luís de Freitas Branco, João Domingos Bontempo, João Pedro Camacho, Eurico Carrapatoso, João de Sousa Carvalho, Luís Peter Clode, Luís Costa, Manuel Faria, José Firmino, Frederico de Freitas, António Fragoso, Francisco de Lacerda, Fernando Lapa, Fernando Correia de Oliveira, Filipe Pires, Marcos Portugal, Joly Braga Santos, Manuel dos Santos, Carlos Seixas, Henrique Silveira.

SPATIUM VOCALE
O Coro Spatium Vocale nasceu em 2010. É um espaço de crescimento vocal e musical que conta hoje com mais de 80 elementos, na sua esmagadora maioria jovens músicos de diversos pontos do país ávidos de fazer música ao mais alto nível.
O Spatium Vocale pode, assim, apresentar-se como coro sinfónico ou em agrupamento de câmara, dependendo do reportório. O seu reportório inclui obras como Glória e Dixit Dominus de Vivaldi, Requiem de Fauré, Missa em Do e Requiem de Mozart, 9.ª Sinfonia de Beethoven, Salmo 42 de Mendelssohn, Requiem de Brahms, Carmina Burana de Carl Orf, Magnificat de John Rutter ou Eugene Onegin, de Tchaikovsky.
Sempre orientando o seu trabalho para a excelência, o Spatium Vocale tem vindo a ser reconhecido através de, por exemplo, um primeiro e um segundo lugares no concurso internacional de coros de Lisboa e de concertos como o efetuado no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, com transmissão em direto para a Antena 2.
Compromissos futuros incluem para Maio deste ano um Magnificat de Rutter com a Orquestra de Câmara da GNR, para Julho os Carmina Burana com a Orquestra das Beiras e na próxima temporada, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, levará ao palco uma ópera contemporânea a ser apresentada também com o coro e Orquestra Gulbenkian.

LEILA MORESO
Recentemente galardoada com o 3.º prémio no Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, sob a orientação da Professora Elvira Ferreira, Leila Moreso prossegue os seus estudos no âmbito do Mestrado em Performance na Universidade de Aveiro na classe do Professor João Lourenço. Iniciou os seus estudos musicais em 1998 no Conservatório D. Dinis na classe de canto de Margarida Marecos e, posteriormente, no Conservatório Nacional de Música na classe de Larissa Savchenko. Em 2009 decide retomar os seus estudos musicais sob a orientação de Isabel Biú tendo integrado, em 2010, o Estúdio de Ópera do Teatro Nacional de São Carlos. Participou em diversas masterclasses, entre as quais as de Vianey da Cruz, Elisabete Matos, Tom Krause, Susan Waters, Christian Hiltz, Miguel Ortega, Patricia MacMahon, Ulrike Soontag e João Paulo Santos.
Das produções que participou destacam-se: Irene em Sampiero de Franscisco Xavier Migoni (TNSC), Annina em La Traviata de Giuseppe Verdi (TNSC), Giovanna em Rigolleto de Giuseppe Verdi (TNSC e Orquestra do Norte), Paquette em Candide de Bernstein (TNSC), Mércèdes em Carmen de Georges Bizet (Woodhouse – Londres); Sidônia e Melissa em Armida de Myslivecek e Dorabella em Così fan tutte de W. A. Mozart (Orquestra Metropolitana de Lisboa); Bridesmaid em Trial by Jury de Gilbert and Sullivan (Wexford Festival Opera).
Em concerto foi solista em Gloria e Magnificat de A.Vivaldi (CMDD) e Requiem de W.A. Mozart (Orquestra Clássica do Centro).
Atualmente, trabalha como reforço no Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Licenciou-se em 2007 em Geologia Aplicada e Ambiente pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

JOSÉ MANUEL ARAÚJO
Doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde cursou Filologia Clássica, e o Conservatório Nacional, onde estudou Piano, Violoncelo, Composição, Cravo, Clavicórdio, Interpretação de Música Antiga e Canto, tendo terminado o curso superior desta disciplina com a máxima classificação, assim como a licenciatura em Canto, na Escola Superior de Música de Lisboa.
Teve como professores José de Oliveira Lopes no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música do Porto, Lola Aragón na Casa de Mateus e em Madrid, Gino Bechi, Ettore Campogallianni, Claude Thiolass e Marimi del Pozo, no Teatro Nacional de S. Carlos. Frequentou a Accademia Verdiana em Busseto, com Carlo Bergonzi, onde participou em classes magistrais dirigidas por Alfredo Kraus e Giulietta Simionato. Foi cantor residente do Teatro Nacional de São Carlos.
Interpretou mais de trinta papéis de ópera, destacando-se os de Camille (A Viúva Alegre), Pollione (Norma), Ismaele (Nabucco), Jim Mahoney (Ascensão e Queda da Cidade de Mahagónny), Steuermann (Der Fliegende Holländer), Léon (La Mère Coupable), Tamino (Die Zauberflöte), Alfredo (La Traviata), D. José (Carmen), Duque de Mântua (Rigoletto), Cavaradossi (Tosca), Manrico (Il Trovatore), além de óperas portuguesas, como “Trilogia das Barcas”, de Joly Braga Santos, ou “O Amor Industrioso”, de Sousa Carvalho.
Do repertório de concerto, interpretou a IX Sinfonia de Beethoven, a Missa da Coroação, o Requiem e a Waisenhaus Messe de Mozart, o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle, de Rossini, El Retablo de Maese Pedro, de Falla, o Requiem de Verdi, Die Schöpfung, de Haydn, L’Oratorio de Noël, de Saint-Saëns, o Stabat Mater, de Cimarosa, o Requiem à memória de Camões, de Domingos Bontempo.
Dedica-se à investigação na área da Música e do Canto, tendo publicado vários trabalhos, como “Canto e Emoção – indicadores emocionais não verbais na execução do discurso musical cantado” (Tese de Doutoramento) – Universidade de Aveiro, 2012, “O Cantor, a Voz e a Emoção” (Editora Vieira da Silva), 2013, “O estudo da Música e a formação e desenvolvimento integral do indivíduo” – Revista da AAON N.º 3, Novembro – Dezembro, 2013, Parâmetros acústicos na técnica de Canto – Atas do I Colóquio Internacional de Voz no Palco, Centro de Estudos de Teatro, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2016. Proferiu conferências sobre esta matéria, destacando-se “Parâmetros acústicos na expressão vocal de emoção” – Conservatório Nacional, 2013 e “A voz e a emoção – indução emocional por meios vocais não verbais” – Universidade Autónoma de Lisboa, 2014.
Convidado a ensinar canto desde 1991 em várias escolas de Lisboa, é atualmente professor do Conservatório Nacional e de Mestrados em Canto no Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares.

RUI SILVA
Natural da Póvoa de Varzim, iniciou os estudos musicais, em tenra idade, no Seminário de N. Sr.a da Conceição, Braga e, mais tarde, no Seminário Conciliar, da mesma cidade.
Possui o Grau de Mestre em Ensino da Música – Especialização em Canto, obtido com excelência, com classificação média final de dezanove valores, pelo Conservatório Superior de Música de Gaia, na classe da Prof. Fernanda Correia.
Concluiu a Licenciatura do Curso Superior de Canto Teatral, com elevada classificação, no estabelecimento de ensino supracitado.
É docente das classes de Canto e Coro, na Escola de Música da Póvoa de Varzim e no Centro de Cultura Musical, Conservatório de Música, Caldas da Saúde. Trabalhou aperfeiçoamento vocal e repertório com o Maestro Marc Tardue. Tem-se apresentado como solista em inúmeras Óperas, Galas e Oratórias em salas de espetáculos e outros espaços de relevância do panorama nacional e internacional.
Apresentou-se, como solista, em variadíssimas Óperas, tais como: Fauteuil, “L’Enfant et les Sortilèges”, Ravel; Uberto, “La Serva Padrona”, Pergolesi; Rei, “El Gato con Botas”, Montsalvatche; Colas, “Bastien und Bastienne”, Mozart; Sarastro, “A Flauta Mágica Mozart; Leporello, “Don Giovanni, Mozart; Morales e Escamillo, “Carmen”, Bizet; Father, “Sete Pecados Mortais”, Kurt Weill; Salieri, “Mozart e Salieiri”, Rimsky-Korsakov; Gremin, “Eugene Onegin”, Tchaikovsky; Ferrando, “O Trovador”, Verdi; Balthazar, “Amahl e os Visitantes da Noite”, Menotti; Fiorello e Ufficiale, “O Barbeiro de Sevilha”, Rossini; Taddeu de Albuquerque, “Amor de Perdição”, J. Arroyo; Il Gran Ministro, L’orafo e Il Genio della Lampada, “Aladino e a Lâmpada Mágica”, Nino Rota; Simone, “Gianni Schicchi”, Puccini; Pessimista, “A Coragem e o Pessimismo”, Jorge Salgueiro; “Irene”, A. Keil; “As Bodas de Fígaro”, Mozart; “Dido e Aeneas”, Purcell… Paralelamente, tem participado em diversas Galas de Ópera.
No campo da Oratória, foi solista em imensas obras, das quais se destacam: “Missa da Coroação”, Mozart; “Missa Brevis in G”, Mozart; “Requiem”, Mozart; “Requiem”, D. Bomtempo; “Requiem”, Donizetti; “Magnificat”, Pergolesi; “Magnificat”, Bach; “Stabat Mater”, Dvorák; “Missa op. 147”, Schumann; “Missa de Natal Checa”, Jakub Ryba; “Te Deum”, Bruckner; “Via Crucis”, Liszt; “Stabat Mater”, Rossini; “Ein Deutches Requiem”, Brahms; “Requiem”, Verdi…
Do repertório apresentado em concerto fazem parte obras de Ariel Ramirez, Bruckner, Barber, Bards, Dureflé, Duparc, Kodaly, Czerny, Otto Nicolai, Saint-Saens, Debussy, Poulenc, Ravel, Fauré, Haendel, Mozart, Bach, Beethoven, Fernando Lapa, Fauré, Lopes-Graça, Manuel Faria, Schumann, Schubert, Brahms, Rossini, Puccini, Verdi, entre outros.
Cantou sob a direção de prestigiados Maestros, tais como: José Maria Moreno, Jesus Medina, Mário Mateus, Lawrence Golan, Artur Pinho, Vassalo Lourenço, Luís Machado, Miramontes Zapata, Nicola Giusti, Ferreira Lobo, Rui Massena, Marc Tardue, entre outros.
Foi galardoado com Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, e foi semifinalista do Concurso Internacional de Canto Montserrat Caballé, Saragoça, Espanha.
Em 2011, foi convidado a integrar o Estúdio de Ópera do Teatro de Nuremberga, Alemanha. Frequentou o curso de Teologia, Universidade Católica Portuguesa – Braga, e o curso de Direito, Universidade Lusíada – Porto.

MARTA MARTINS
Natural de Santo Tirso, Marta Martins inicia os seus estudos musicais aos seis anos de idade. Em 2004, ingressa na Academia de Música Valentim Moreira concluindo o 8.º grau na classe de Flauta Transversal, orientada pelo professor Gil Magalhães. É durante este período que se interessa pelo Canto, iniciando aulas sob a orientação da professora Luísa Barriga em 2010. Três anos mais tarde, ingressa no Curso de Música – vertente de Canto da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – ESMAE (Porto), na classe do professor Rui Taveira.
Em ópera interpretou papéis como: “Hrs. Ham” (“Noye’s Fludde” de Benjamin Britten); “Juliet” (The little sweep” de Benjamin Britten); “Pastora” e “Coruja” (“L’enfant et le sortilèges de Maurice Ravel); “Vénus” (“Orphée aux enfers” de Jacques Offenbach); “Polly Peachum” (Die Dreigroschenoper de Kurt Weill); e ainda participou na apresentação da ópera Ordo Virtutum de Hildegarda.
Integrou igualmente diversas formações de música de câmara como voz, clarinete e piano; quarteto de vozes e piano a quatro mãos; quinteto de vozes com cravo e duo de vozes com cordas e cravo.
Como solista interpretou “Bid the Virtues” da obra “Come, ye sons of Art” de Henry Purcell; as árias de soprano das obras “Magnificat” de Bach, “Litanea Lauretanea” KV195 de Mozart e “Gloria” de Vivaldi. Desde 2015 é membro do grupo musical O Bando de Surunyo, orientado por Hugo Sanches. Atualmente frequenta o terceiro ano de Licenciatura em Canto na ESMAE (Porto) na classe do professor Rui Taveira.

JOSÉ FERREIRA LOBO
Inicia atividade profissional em 1979 como Maestro Diretor da Camerata do Porto, orquestra de câmara que funda com Madalena Sá e Costa. Com a colaboração de solistas prestigiados, apresenta-se em inúmeros concertos no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a Associação Norte Cultural, projeto vencedor do 1.º concurso para criação de Orquestras Regionais, instituído pelo Estado português. Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é Maestro Titular e Diretor Artístico.
Colaborou com artistas consagrados como Krisztof Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli Michel Lethiec, Eteri Lamoris, António Rosado, Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes e Fiorenza Cossotto, entre outros.
Da sua carreira internacional destaca-se a direção de ópera e concertos na África do Sul, Brasil, Alemanha, China, Coreia do Sul, Chipre, Espanha, EUA, Egipto, França, Holanda, Inglaterra, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Itália, Letónia, México, Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e Venezuela, colaborando com formações de renome como a Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do México, Filarmónica Artur Rubinstein – Lodz, Orquestra Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique – Tonalle, Sinfonietta Eslovaca, Sinfonia Varsóvia, Orquestra Filarmónica de Montevideo, Orquestra Nacional de Atenas e os Seoul Classical Players.
Apresentou-se em algumas das mais importantes salas de espetáculo do mundo, sendo convidado a integrar júris de prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias mundiais de compositores franceses, portugueses, suíços e turcos. Possui um amplo reportório que abrange o clássico e o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e trinta títulos de ópera. Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão Portuguesas e Rádio Suisse – Romande. Com a Orquestra do Norte tem já registados nove CD’s.

JOÃO BRANCO
O canto coral sempre foi a grande paixão de João Baptista Branco. Colabora numa base regular (como maestro, cantor, diretor artístico ou júri) com instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, Choral Phydellius, Coro Polifónico de Almada, Voces Caelestes, Officium, Coro Polifónico de Sesimbra, Coro de Câmara do Montijo, Spatium Vocale e os festivais “Cantar Liberdade” e “Outonalidades”.
Baseando sempre o seu trabalho na procura exaustiva da cultura do som, realizou mais de 1300 concertos em Portugal e no estrangeiro, contando várias gravações de CD’s e transmissões em direto ou diferido para a rádio e televisão.

O concerto em fotografias