Bruno Monteiro com João Paulo Santos

11 Abril, 2017 pelas 21h00 (terça-feira)
na Câmara Municipal de Viseu


Entrada gratuita

Programa

LUÍS DE FREITAS BRANCO (1890-1955)
Sonata n.º1 para Violino e Piano
Andantino
Allegretto giocoso
Adagio molto
Allegro con fuoco

FERNANDO LOPES-GRAÇA (1906-1994)
Prelúdio, Capricho e Galope para Violino e Piano
Op.33 (LG 98)

Intervalo

EDWARD ELGAR (1857-1934)
Sonata para Violino e Piano em Mi menor Op.82
Allegro
Andante
Allegro non troppo

JOHN WILLIAMS (n. 1932)
Fantasia sobre temas do filme O Violino no Telhado

Ficha Artística

Violino: Bruno Monteiro
Piano: João Paulo Santos

Biografias

BRUNO MONTEIRO
Considerado pelo jornal Público como “um dos melhores violinistas portugueses da atualidade” e pelo semanário Expresso como sendo “hoje um dos violinistas portugueses com maior visibilidade”, Bruno Monteiro é Atualmente reconhecido internacionalmente como um destacado violinista da sua geração. A Fanfare descreve-o como tendo um “som de ouro polido” e a Strad refere que “o seu generoso vibrato produz cores radiantes”. A MusicWeb International afirma que as suas interpretações têm uma “vitalidade e uma imaginação que estão inequivocamente voltadas para o futuro” e que atingem um “equilíbrio quase perfeito entre o expressivo e o intelectual”. Por sua vez, a Gramophone elogia a sua “segurança e eloquência infalíveis” e a Strings Magazine conclui que é um “um jovem músico de câmara com uma sensibilidade extraordinária”.
Com um repertório que se estende de Bach a Corigliano, incluindo os principais compositores portugueses, Monteiro lidera uma intensa atividade concertística, apresentando-se em recital, como solista com orquestra e em música de câmara nas mais destacadas salas de concerto e festivais de música em Portugal. No estrangeiro, atuou igualmente em prestigiados palcos de países tão diversos como Espanha, França, Itália, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Filipinas, Malásia, Coreia do Sul e nos EUA, nomeadamente como solista no Carnegie Hall de Nova Iorque. Tocou como solista com numerosas orquestras, das quais se destacam a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra Sinfónica de Palma de Maiorca, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Sinfónica Portuguesa e a English Chamber Orchestra. No domínio do recital, apresenta-se desde 2002 com João Paulo Santos.
Um notável intérprete de gravação, os seus últimos registos discográficos incluem a integral da obra para Violino e Piano e Violino Solo de Fernando Lopes-Graça (2014) para a Naxos, que foi elogiada pelas mais importantes revistas e jornais da especialidade em todo o mundo.
Igualmente elogiado foi o seu disco de estreia para a Brilliant Classics com integral da obra para Violino e Piano de Karol Szymanowski (2015). A BBC Music Magazine comentou que “os virtuosos portugueses Monteiro e Santos, captados em som opulento, lançam-se numa luta virtuosa quando apropriado, dirigindo com clareza o às vezes sinuoso discurso da música com um leme firme”. O Examiner referiu que “a forma de tocar de Monteiro nesta nova gravação é particularmente eficaz em escalar o ambiente do Opus 30 (Mitos) que vai para além do plano dos meros mortais”. Finalmente a Musical Opinion declara que esta gravação é “uma das mais significativas que foram lançadas nos últimos anos no que diz respeito à música deste maravilhoso compositor disponibilizado agora em CD”.
O seu mais recente disco, também editado pela Brilliant Classics, é dedicado à integral da obra para Violino e Piano de Erwin Schulhoff.
Monteiro realizou os seus estudos musicais em Nova Iorque com Patinka Kopec (professora associada a Pinchas Zukerman), Isidore Cohen (ex-violinista do Juilliard Quartet e do Beaux Arts Trio) e com membros do American String Quartet na Manhattan School of Music como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Nacional de Cultura. Aperfeiçoou-se em seguida em Chicago com Shmuel Ashkenasi (ex-lider do Vermeer Quartet) como bolseiro do Ministério da Cultura e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

JOÃO PAULO SANTOS
Nascido em Lisboa em 1959, João Paulo Santos concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Na qualidade de bolseiro da Fundação Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979/84).
A sua carreira atravessa os últimos 41 anos da biografia do Teatro Nacional de São Carlos onde principiou como co-repetidor (1976), função que manteve durante a permanência em Paris. Seguiu-se o cargo de Maestro Titular do Coro (1990-2004), desempenhando Atualmente as funções de Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical de Cena.
O seu percurso artístico distingue-se, essencialmente, em três áreas. Estreou-se na direção musical em 1990 com a ópera The Bear (William Walton), encenada por Luís Miguel Cintra, para a RTP. Desde então tem dirigido obras tão diversas quanto óperas para crianças (Menotti, Britten, Henze, Respighi), musicais (Sondheim), concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin herbé (Martin), e The English Cat (Henze) cuja direção musical foi reconhecida com o Prémio «Acarte 2000».
Colabora com compositores portugueses, destacando-se a estreia absoluta de obras de António Chagas Rosa, António Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa.
Na qualidade de pianista apresenta-se a solo, em grupos de câmara e em duo, nomeadamente, com a violoncelista Irene Lima e o violinista Bruno Monteiro. Concertos e recitais por todo o País com praticamente todos os cantores portugueses preenchem regularmente o seu calendário artístico.
A recuperação e reposição do património musical nacional ocupam um lugar significativo na sua carreira de músico sendo responsável pelas áreas de investigação, edição e interpretação de obras dos séculos XIX e XX. São exemplos as óperas Serrana, Dona Branca, Lauriane e O Espadachim do Outeiro que já foram levadas à cena no Teatro Nacional de São Carlos e no Centro Cultural Olga Cadaval.
Fez inúmeras gravações para a RTP (rádio e televisão) e gravou discos abrangendo um repertório diverso desde canções do Chat Noir aos clássicos tais como Saint-Saëns e Liszt passando por Erik Satie, Martinů, Poulenc, Luís de Freitas Branco ou Jorge Peixinho.
Quer como consultor, quer na direção musical, é frequentemente convidado a colaborar em espetáculos de prosa encenados por João Lourenço e Luís Miguel Cintra.

O concerto em fotografias