19 Abril 2016: Joana Gama
21h00 – Teatro Viriato.
Programa
Erik Satie (1866-1925)
Sonneries de la Rose + Croix (Air du Grand Prieur)
John Adams (1945-)
China Gates
Erik Satie (1866-1925)
Gnossienne n.º1
Carlos Marecos (1926-2009)
Três Prelúdios sobre o Mar
Erik Satie (1866-1925)
Gymnopédie n.º1
Arvo Pärt (1935-)
Für Alina
Erik Satie (1866-1925)
Embryons Desséchés
d’Holothurie
d’Edriophthalme
de Podophthalma
John Cage (1912-1992)
Dream
Erik Satie (1866-1925)
Sonatine bureaucratique
Allegro
Andante
Vivache
Alexander Scriabin (1871-1915)
Vers la flamme
Erik Satie (1866-1925)
Cinéma
Uma celebração em forma de guarda-chuva
Com SATIE.150, a pianista Joana Gama assinala os 150 anos do nascimento de Erik Satie. Neste recital, a obra do compositor francês é intercalada com a de compositores que com ele partilham o gosto pela desformalização da música, ainda que com resultados distintos: John Cage, grande admirador e divulgador da música de Satie (e que promoveu a primeira audição da enigmática peça “Vexations”), junta-se a nomes como Carlos Marecos, Arvo Pärt, John Adams e Alexander Scriabin, este último contemporâneo de Erik Satie e também amante do esoterismo. Durante o ano de 2016, com o apoio da Antena 2, e através de uma série de eventos e concertos, Joana Gama levará SATIE.150 a doze localidades portuguesas: Lisboa, Guimarães, Vila Real, Viseu, Ponta Delgada, Espinho, Sardoal, Cacela Velha, Serpa, Faro, Castelo Branco e Braga. Dotado de um humor desconcertante e de uma elegância irrepreensível, Erik Satie fazia-se acompanhar sempre por um guarda-chuva.
Biografia
JOANA GAMA
A atividade concertística de Joana Gama (Braga, 1983) desdobra-se em recitais a solo, colaborações com diferentes agrupamentos portugueses e concertos com orquestra. Em 2010, na classe de António Rosado, concluiu o Mestrado em Interpretação na Universidade de Évora, onde prossegue estudos de Doutoramento sobre Música Contemporânea Portuguesa para Piano como bolseira da FCT.
Desde a sua participação nos concertos Peças Frescas, no Teatro São Luiz, tem tocado música portuguesa com muita regularidade, não só na estreia de obras como na persistência em tocar obras já estreadas. Colaborou com compositores como Luís Tinoco, António Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso, Carlos Marecos, João Godinho, Amílcar Vasques-Dias, Pedro Carneiro, Diogo Alvim, Fernando Lobo, Ana Seara, Tiago Cutileiro.
Presença regular nas principais salas portuguesas, em 2008 foi vencedora, na categoria de piano, do Prémio Jovens Músicos na sequência do qual foi solista com a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra do Algarve. Tem igualmente colaborado com a Orquestra Metropolitana, Sond’Ar-te Electric Ensemble, Orchestrutopica, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e Orquestra Sinfónica Juvenil.
Como pianista e performer, nos últimos anos Joana tem estado envolvida em projetos que associam a música às áreas da dança – “Danza Ricercata” e “27 Ossos” de Tânia Carvalho; “Trovoada” de Luís Guerra, “Pele” da companhia Útero -, do teatro – “Benny Hall” de Esticalimógama -, da fotografia e do vídeo – “Antropia”, “Linha” e “terras interiores” de Eduardo Brito -, e do cinema – “La Valse” de João Botelho, ”Incêndio” de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman e “A Glória de fazer Cinema em Portugal” de Manuel Mozos.
QUEST, duo de piano e electrónica partilhado com Luís Fernandes, estreado no Theatro Circo, em Braga, passou por festivais como Novas Frequências (Rio de Janeiro) e MADEIRADIG. Editado pela Shhpuma, foi considerado um dos melhores álbuns de 2014 por diversos críticos portugueses.
Em 2016, com o apoio da Antena 2, Joana Gama dedicará boa parte do seu tempo a SATIE.150, uma serie de concertos e eventos espalhados por Portugal que assinalam os 150 anos do nascimento do excêntrico compositor francês Erik Satie.
Talvez por se ter iniciado na música e no ballet em simultâneo, Joana Gama convoca para o acto de tocar piano uma particular expressividade, como se a postura e os graciosos movimentos que aprendeu na dança lhe tivessem ficado marcados no corpo.
O concerto
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