Sond’Ar-te Trio
Estreia de Obras a Compositores Portugueses (Co-encomenda)
06 Abril, 2023 pelas 21h00 (quinta)
no Teatro Viriato
Entrada: 2.5€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.
O Sond’Ar-te Electric Ensemble é um ensemble de música contemporânea inovadora na nova cena musical europeia. A sua estrutura central é a combinação de instrumentos acústicos (flauta, clarinete, violino, violoncelo, piano + viola + percussão + voz) com eletrónica, contando com a perícia técnica do Estúdio Miso.
O repertório do Sond’Ar-te Electric Ensemble abrange algumas das obras mais importantes para ensemble até 5 e 8 instrumentos dos séculos XX e XXI. Uma das principais características deste projeto é a encomenda de novas obras, encorajando assim o forte e vibrante desenvolvimento da música de câmara contemporânea com eletrónica, com uma atenção especial dada à criação portuguesa.
O Sond’Ar-te Electric Ensemble, composto por uma geração jovem de músicos excecionais com carreiras individuais como solistas, ganhou, desde a sua estreia em setembro de 2007 ,um nível artístico notável e é já uma referência em Portugal e no estrangeiro. Além da sua circulação em Portugal, Paris, Festival de Outono de Varsóvia, Museu Bilbao Guggenheim, Festival da Cidade de Londres, Seul, Tóquio e Berlim, o Sond’Ar-te está fortemente envolvido em projetos de teatro musical, no desenvolvimento de atividades educativas como o Fórum para Jovens Compositores e na formação de novos públicos através da apresentação de programas especiais para crianças.
Programa
DMITRI SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Trio 2 Op. 67 in E Minor
MIGUEL AZGUIME (1960)
Melancholia
SOFIA SOUSA ROCHA (1986)
Jogos *
CARLOS MARECOS (1963)
Nova obra, título a anunciar *
*Estreia absoluta – co-encomenda do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu e da Miso Music Portugal
Ficha Artística
Elsa Silva – Piano
Filipe Quaresma – Violoncelo
Vítor Vieira – Violino
Carlos Marecos – Compositor
Sofia Sousa Rocha – Compositora
Parceiro: Miso Music Portugal
Biografias
ELSA SILVA
Elsa Marques Silva é natural do Porto.
Iniciou os seus estudos musicais com a idade de seis anos na Academia de Música de Vilar do Paraíso.
Estudou na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto, onde integrou a classe do professor Pedro Burmester.
Concluiu em 2000 o seu mestrado na Hartt School of Music da Universidade de Hartford, E.U.A., onde foi aluna do professor Luíz de Moura Castro. Frequentou várias masterclasses internacionais e obteve prémios em inúmeros concursos nacionais e internacionais.
Tocou como solista com inúmeras orquestras portuguesas e apresentou-se a solo ou como membro de grupos de música de câmara por todo o país e pelo estrangeiro (Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, E.U.A, Brasil e Canadá.
Gravou para a Numérica, Atelier de Composição, RDP e Miso Music.
A sua discografia inclui um CD para Clarinete e Piano dedicado a obras de Schumann com o clarinetista Nuno Pinto, um CD com reportório de trompa e piano com o trompista Bernardo Silva, e um CD inteiramente preenchido com a obra de Álvaro Salazar “Estudos Incomunicantes” para dois pianos, com a pianista Eugenia Chvets. Gravou também diversas obras contemporâneas para piano solo, das quais se destaca a peça de Fernando Lapa “Três Cantos para uma Memória”. Gravou em 2015 um CD com o clarinetista Nuno Pinto, intitulado “Tempo de Outono”, inteiramente preenchido por obras de compositores portugueses contemporâneos.
É membro do Sond’Arte Electric Ensemble desde 2013.
Tem dedicado particular atenção à música contemporânea, participando em inúmeras estreias de obras portuguesas e estrangeiras.
VITOR VIEIRA
Iniciou os seus estudos de violino no Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, com o professor José Camarinha. Estudou com os professores Alberto Gaio Lima na Escola Profissional Artística do Vale do Ave e Aníbal Lima na Academia Nacional Superior de Orquestra, tendo atuado a solo com as orquestras destas duas escolas. Concluiu o Mestrado em Violin Performance com o professor Gerardo Ribeiro na Northwester University, do qual foi também assistente, em Evanston, Chicago. Participou em masterclasses com Alexei Mikhline, Sergei Kravchenko e Eduard Wulfson. Estudou ainda na Escola Superior de Música Rainha Sofia, com Rainer Schmidt. Obteve vários prémios no concurso Prémio Jovens Músicos da RDP, nomeadamente o 1º Prémio de Violino em nível médio (2001) e superior (2003), tendo assim tido a oportunidade de se apresentar a solo com a Orquestra Gulbenkian. Como membro do Quarteto de Cordas Tacet, obteve o 1.º Prémio de Música de Câmara do Prémio Jovens Músicos em 2004 e apresentou-se em concertos no Festival de Sintra e na Casa da Música. Apresentou-se em concertos de Música de Câmara com o Moscow Piano Quartet e com músicos como Paulo Gaio Lima e Aníbal Lima. Atualmente integra o Quarteto de Cordas de Matosinhos e leciona na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto. É membro do Sond’Arte Electric Ensemble desde 2018.
FILIPE QUARESMA
Filipe Quaresma, “…um dos mais interessantes músicos portugueses da actualidade” (P. Santos, Jornal Público) com uma “….forma precisa e soberbamente articulada de tocar, cheia de paixão e muitas vezes bastante contemplativa…” (The Strad Magazine), concilia a sua intensa carreira a solo e de música de câmara com a actividade de professor de violoncelo na ESMAE, a Orquestra Barroca Casa da Música (CdM), o Darcos Ensemble, o Sond’Ar-te Electric Ensemble e a Orchestre Révolutionnaire et Romantique de Sir John Eliot Gardiner. É também principal violoncelo convidado do Remix Ensemble CdM. Filipe apresenta-se regularmente nas principais salas e festivais de Portugal, da Europa e Estados Unidos. Estudou com David Strange e Mats Lidström na Royal Academy of Music e com Natalia Gutman na Scuola di Musica di Fiesole (Itália). Detentor do prestigiado título ARAM (Associate Royal Academy of Music), Filipe ganhou também vários prémios e bolsas de prestígio nacional e internacional. Já tocou a solo com várias orquestras nacionais e internacionais. Estreou o “Concerto para violoncelo e orquestra”, a si dedicado, de Luís Tinoco, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e Pedro Neves, assim como o concerto para violoncelo “Circumnavegare” de António Chagas Rosa com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Pedro Amaral. A sua vasta discografia inclui “Música Portuguesa para Violoncelo Solo”, “Sonatas para violoncelo e piano” (Artway Records 2017) e “Beethoven Cello Sonatas & Variations” (Artway Records 2021). Brevemente será lançado “Bach Cello Suites” (Next 2023) com a integral das suites para violoncelo de Bach gravadas com o violoncelo Montagnana “Suggia”, gentilmente cedido pela CM Porto.
CARLOS MARECOS
Nasceu em Lisboa em 1963. Licenciou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou, entre outros, com Eurico Carrapatoso, António Pinho Vargas e Christopher Bochmann. Frequentou seminários dirigidos por Emmanuel Nunes, Gilbert Amy e Louis Andriessen, entre outros. Doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, onde apresentou a tese “Interação entre estruturas intervalares e estruturas espectrais, na música instrumental/vocal”, sob a orientação de João Pedro Oliveira e Christopher Bochmann, como bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Prémio Lopes Graça de Composição de 1999 com a obra “Canções Populares Portuguesas” para soprano e piano e pelo segundo ano consecutivo ganhou o mesmo prémio na edição de 2000 com a obra “5 miniaturas para violoncelo solo”. É diretor musical do “Ensemble Portátil” com os quais tem desenvolvido um trabalho na área da música contemporânea e na harmonização de música tradicional portuguesa. Tem recebido encomendas de diversas entidades como a Culturgest, o Serviço Acarte da Fundação Calouste Gulbenkian, a Expo 98 de Lisboa, OrquestrUtópica, Festival Internacional de Música do Estoril, Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça, entre outras. Tem colaborado com o teatro e a dança contemporânea, com os encenadores João Brites, Raul Atalaia, Luís Miguel Cintra e Paulo Lages e as coreógrafas Madalena Victorino e Vera Mantero. Desde 2002 Marecos tem desenvolvido um trabalho regular com peças encenadas com uma equipa de artistas como a soprano Margarida Marecos, o ator e encenador Paulo Lages, o ator Guilherme Filipe, o cenógrafo Acácio de Carvalho e a figurinista Manuela Bronze. Fora de Portugal a sua música tem sido apresentada em Espanha, França, Inglaterra, Itália, Dinamarca, Colômbia e EUA. Leciona atualmente na Escola Superior de Música de Lisboa e no Conservatório de Música D. Dinis em Odivelas.
SOFIA SOUSA ROCHA
Sofia Sousa Rocha nasceu em 1986, na cidade de Braga. Iniciou os seus estudos musicais aos sete anos, com aulas particulares de piano, ingressando aos onze anos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Completou o 8.º grau de Violino, com Manuel António Sá e durante o Ensino Secundário enveredou pela área de Composição, sob a orientação de Paulo Bastos.
Em 2004 ingressou no Curso de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML). Estudou com vários compositores de destaque da música contemporânea portuguesa: Christopher Bochmann, Luís Tinoco, Carlos Caires, Carlos Marecos, entre outros. Em 2012, concluiu o Mestrado em Música na ESML, sob orientação de António Pinho Vargas.
Entre 2005 e 2008 integrou a organização dos Concertos Peças Frescas e do IV e V Festival de Música da ESML em 2006 e 2007 no S. Luiz Teatro Municipal.
Recebeu o 1.º prémio do Concurso de Composição da ESML / Museu Nacional de Arqueologia (2008) na categoria de orquestra. Teve obras encomendadas pela Antena 2 / Prémio Jovens Músicos (2008), pelo Festival de Música de Alcobaça (2009), pelo Festival Música em Leiria (2013), pelo Sond’Ar-te Electric Ensemble (2014) e pelo VI Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga (2019).
Participou no II Atelier de Leitura da Orquestra do Algarve (2008), tendo sido posteriormente selecionada para integrar a programação da Temporada 2008/09, no 7.º Workshop da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores Portugueses (2009). Apresentou duas obras nos Concertos do Coro Ricercare e da Sinfonietta de Lisboa dedicados a Jovens Compositores Portugueses (2009 e 2010) e apresentou a ópera breve Inês morre, em Março de 2012 no Teatro Nacional de São Carlos, integrada no ciclo Amor-Traição-Morte, com direção de João Paulo Santos e encenação de Luís Miguel Cintra. Mais recentemente, participou no Atelier para Jovens Compositores da Orquestra Clássica do Sul, dirigido pelo maestro Cesário Costa e orientado pelo compositor António Pinho Vargas (2014). Após a realização do Atelier, a sua obra Flutuante foi escolhida para integrar a Temporada 2014/15. Participou no IV Fórum Internacional para Jovens Compositores do Sond’Ar-te Electric Ensemble (2016). Foi jovem compositora associada do Teatro Nacional de São Carlos / Estúdios Víctor Córdon na temporada 2017-18. Nesse contexto, estreou em 2018 a obra A verdadeira hidrostória do Elefonte para narrador e orquestra.
Desde 2013, é docente do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga.