Reminiscências Sinfónicas Portuguesas
15 Abril, 2023 pelas 19h00 (sábado)
no PV, Aula Magna
Entrada: 5€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.
A música portuguesa das últimas décadas é a estrela deste concerto. De rapsódias de melodias bem conhecidas a obras de estética modernista, o programa mostra as transformações da escrita para orquestra de sopros em Portugal. Contradança é um concerto virtuosístico baseado numa dança tradicional portuguesa e Chiaroscuro uma viagem pelos timbres e cores do agrupamento. À Banda Sinfónica Portuguesa junta-se o clarinetista Carlos Ferreira, que tem desenvolvido uma assinalável carreira internacional.
Programa
NELSON JESUS
Porto de Saudades
TELMO MARQUES
Contradança
LUÍS CARVALHO
Chiaroscuro
DUARTE FERREIRA PESTANA
Arco-Íris
Ficha Artística
Banda Sinfónica Portuguesa
Jordi Francés – Direção Musical
Carlos Ferreira – Clarinete
Mecenas: Farmácia Marques
Biografias
BANDA SINFÓNICA PORTUGUESA
Com sede na cidade do Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa teve o seu concerto de apresentação no dia 1 janeiro de 2005 no Rivoli, Teatro Municipal do Porto onde também gravou o seu primeiro CD, tendo, entretanto, recebido um importante apoio por parte da Culturporto, da Portolazer e da Ágora na divulgação e expansão do seu projeto nesta cidade. A partir de 2007, a BSP é convidada pela Fundação Casa da Música a apresentar-se regularmente na Sala Guilhermina Suggia, onde tem vindo a interpretar regularmente um conjunto de obras originais de compositores portugueses e estrangeiros, sendo responsável pela execução em primeira audição de mais de meia centena de obras, resultante ainda do seu concurso de composição e de encomendas. Em abril de 2010, lançou o seu álbum “A Portuguesa” com obras exclusivamente de compositores portugueses, num concerto realizado no auditório da Faculdade de Engenharia do Porto. Tem vindo a gravar regularmente outros trabalhos, nomeadamente “Traveler” (2011), “Hamlet” (2012) “Oásis” (2013), “Grand Concerto pour Orchestre d’Harmonie” (2014), “Sinfónico” com Quinta do Bill (2015), “Trilogia Romana” (2015), “Porto” (2016), The Ghost Ship (2017), “Night and Day” (2019), “Fernando Tordo” (2020) e “Pocket” (2021).
A BSP possibilitou, na maioria dos seus concertos, a apresentação de talentosos solistas nacionais e internacionais, sendo de destacar alguns como Pedro Burmester, Sérgio Carolino, Mário Laginha, Elisabete Matos, Marco Pereira, Jean-Yves Fourmeau, Nuno Pinto, Vicente Alberola, Pierre Dutot, Vincent David, Adriana Ferreira, Horácio Ferreira, Rubén Simeó, Raúl da Costa, Vasco Dantas, e vários dos próprios músicos da sua orquestra. Algumas apresentações contaram ainda com a participação de vários coros bem como grupos como a Vozes da Rádio, Quinta do Bill, Quarteto Vintage, European Tuba Trio, entre outros.
Maestros internacionalmente reputados como Jan Cober, José Rafael Vilaplana (maestro principal convidado da BSP), Douglas Bostock, Baldur Bronnimann, Alex Schillings, Marcel van Bree, Rafa Agulló, Dario Sotelo, Henrie Adams, Eugene Corporon, François Boulanger, Ivan Meylemans e Andrea Loss dirigiram a BSP com enorme sucesso, tendo considerado este projeto como extraordinário e de uma riqueza cultural enorme para Portugal. Aliás, a BSP tem vindo a receber até ao momento as melhores críticas, não só do público em geral, como também de prestigiados músicos nacionais e estrangeiros. Maestros portugueses como Pedro Neves, Fernando Marinho, Alberto Roque, José Eduardo Gomes, Hélder Tavares, Luís Carvalho, André Granjo, Diogo Costa, entre outros, dirigiram também esta orquestra.
Destaca-se a realização de concertos nas principais salas de espetáculo de norte a sul do país, Igrejas, Santuário de Fátima, bem como na vizinha Espanha no Teatro Monumental de Madrid (RTVE) e ainda nas cidades de Pontevedra, Corunha, Ávila, Llíria, Lleganés e participações nos Certames Internacionais de Boqueixón e Vila de Cruces (Espanha).
A BSP obteve em abril de 2008 o 1.º prémio no II Concurso Internacional de Bandas de La Sénia na Catalunha (Espanha) na 1.ª secção e igualmente o 1.º prémio na categoria superior (Concert Division) do 60.º aniversário do World Music Contest em kerkrade na Holanda em outubro de 2011, com a mais alta classificação alguma vez atribuída em todas as edições deste concurso que é considerado o “campeonato do mundo de bandas”.
Em 2014, a BSP realizou a sua primeira tournée intercontinental pela China, realizando 5 concertos nas cidades de Hangzhou, Jiangyin, Shaoxing, Ningbo e Jiaxing. Participou em 2017 na qualidade de orquestra de referência no panorama internacional, no 18.º Festival do World Music Contest em Kerkrade e na 17.ª Conferência Mundial da World Association for Symphonic Bands and Ensembles em Utrecht. Realizou em novembro de 2019 uma digressão às Canárias atuando em Tenerife e na Gran Canaria.
Outros objetivos passam pela iniciativa pedagógica de levar a cabo masterclasses de instrumento com professores de reconhecido mérito artístico, bem como Cursos de Direção (contando já com mais de 30 edições) orientados pelos prestigiados Maestros Marcel van Bree, Jan Cober (Holanda) Douglas Bostock (Inglaterra), José Rafael Vilaplana (Espanha), Eugene Corporon (E.U.A.), Baldur Bronnimann (Suíça) e François Boulanger (França).
Em 2017, deu início ao festival BSP Júnior que se realiza anualmente no verão e que reúne centenas de jovens promissores instrumentistas.
A Banda Sinfónica Portuguesa é uma Associação cultural, sem fins lucrativos, apoiada pela Direção-Geral das Artes. A direção artística está a cargo do Maestro Francisco Ferreira.
JORDI FRANCÉS
Jordi Francés desenvolve uma interessante atividade caracterizada por uma ampla perspetiva sobre o facto artístico. Como maestro convive entre a ópera, o repertório sinfónico e a criação atual. Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se a Orquestra Nacional de Espanha, a Orquestra da Comunidade de Madrid, a Orquestra de Valência, a Sinfónica de Bilbau e numerosos projetos com o Ensemble Sonido Extremo, do qual é diretor artístico.
Dirigiu também a BBC Philharmonic, a Orquestra de RTVE, o Ensemble Intercontemporain, a Lucerne Festival Academy Orchestra e muitos outros conjuntos na Europa e na América. Nos últimos anos tem colaborado regularmente com a Orquestra Juvenil Nacional de Espanha, a Orquestra da Extremadura e a Orquestra Juvenil da Comunidade de Madrid, com as quais tem também realizado projetos de ópera e teatro musical.
Também muito interessado na criação contemporânea, realizou estreias mundiais de mais de 80 obras e trabalhou com compositores como: Birtwistle, Eötvös, Haas, Manoury, Sotelo, López-López, Hurel, Sánchez-Verdú, Camarero, Torres, Río-Pareja, Magrané, García-Tomás, Rueda, entre muitos outros.
A sua aproximação ao mundo da ópera foi produzida em grande parte pela mão de Josep Pons, a quem frequentou desde 2015 no Gran Teatre del Liceu em títulos como Götterdämmerung, Elektra, Tristão e Isolda ou Katia Kabanová, e David Afkham, no que frequenta regularmente a Orquestra Nacional de Espanha, com quem colaborou em 2017 na produção de Bomarzo de Ginastera no Teatro Real, teatro onde se estreou na realização em 2016 com Brundibar. Trabalhou também na Ópera Estatal Búlgara dirigindo Madama Butterfly, e compromissos líricos importantes aparecem na sua agenda nas próximas temporadas, como a estreia mundial de “Tránsito”, ópera de Jesús Torres com texto de Max Aub.
Durante a última década, Jordi Francés desenvolveu também uma interessante abordagem pedagógica para trabalhar com jovens músicos que estimula o pensamento crítico e promove reflexões sobre a performance a partir de uma perspetiva crítica, fomentando um olhar renovado sobre a tradição e a história. Entre esses projetos encontramos balé, ópera, teatro musical, programas sinfónicos, projetos de música contemporânea, música recém-criada, etc. Sob este prisma, Jordi trabalhou com algumas das mais importantes instituições de ensino musical do país, como Orquestra Juvenil Nacional da Espanha, Orquestra Juvenil da Comunidade de Madrid, Escola Superior de Música da Catalunha, Orquestra Juvenil Nacional da Catalunha, a Orquestra Juvenil da Generalitat Valenciana, etc.
Como musicólogo, a sua atividade situa-se também em diferentes domínios: investigação sobre a programação de instituições musicais públicas, projetos de edição crítica de partituras esquecidas, aconselhamento artístico a instituições e codireção do Seminário “Rumo a Novos Horizontes de Escuta” organizado pela Faculdade de Humanidades, Comunicação e Documentação da Universidade Carlos III de Madrid.
É formado pela Hogeschool Zuyd em Maastricht (Holanda), pós-graduado em direção de orquestra de repertório contemporâneo pelo “Conservatorio della Svizzera Italiana” na Suíça e mestre em Musicologia pela Universidade de La Rioja. A sua extensa formação como maestro inclui também estadias em instituições como a Manhattan School of Music, a “International Järvi Academy” na Estónia, a “Eötvös Foundation” em Budapeste ou o IRCAM em Paris com professores como Kurt Masur, Paavo Järvi e Peter Eötvös.
CARLOS FERREIRA
“Carlos Ferreira não é apenas um clarinetista excecional, mas também um grande artista.” — Michel Arrignon (Solista internacional, Ex-professor do Conservatório Superior de Música de Paris e da Escuela Superior de Música Reina Sofía)
“O toque magnífico de Carlos Ferreira está profundamente enraizado na compreensão de diversos estilos musicais, evidenciado pelas nuances de cores que ele traz a cada composição que interpreta. Focando a sua atenção nos mais pequenos detalhes encontrados na música, Carlos Ferreira encontra o equilíbrio perfeito entre honrar a intenção dos compositores com o seu próprio talento pessoal. Esta é a forma como toda a música deve ser interpretada.” — Cristian Macelaru (Diretor Musical da Orquestra Nacional de França, da Orquestra Sinfónica da WDR de Colónia, do Festival Cabrillo nos EUA e do Festival George Enescu na Roménia)
“Carlos Ferreira é um músico extraordinário, como o demonstra a sua já excecional carreira. Ele é um artista sincero. Com o seu domínio instrumental e o seu tocar subtil e inspirado, Carlos Ferreira estabeleceu-se como um dos maiores músicos da sua geração.” — Florent Héau (Solista Internacional, Professor de clarinete no CRR de Paris e na HEMU-Vaud de Lausanne)
Natural de Paredes, Portugal, Carlos Ferreira é aos 28 anos de idade um dos mais proclamados clarinetistas da atualidade. Vencedor do 2.º Prémio no ARD International Competition em Munique, do 3.º Prémio e Prémio do Público no Concurso Internacional de Genebra e do WEMAG Soloist Prize do Festspiele Mecklenburg-Vormopern, Carlos Ferreira é atualmente Clarinete Principal numa das principais orquestras mundiais, a Orquestra Nacional de França.
Carlos Ferreira é um convidado regular dos principais festivais e salas mundiais. Tocou como solista com diversos ensembles e formações, entre os quais se destacam a Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Filarmónica do Estado da Transilvânia, Collegium Music Basel, a Orquestra de Câmara de Genebra, a Münchener Kammerorchester, a Münchener Rundfunkorchester e a Orquestra Nacional de França.
Academista da Orquestra Royal Concertgebouw em 2016, Carlos Ferreira continuou o seu percurso orquestral na Orquestra Filarmónica de Monte Carlo e posteriormente ocupou o lugar de Clarinete Principal na Orquestra Nacional de Lille e também na Philharmonia Orchestra de Londres. Em música de câmara, atuou com músicos de renome mundial tais como Emmanuel Pahud, Eric le Sage, Paul Meyer, Lise Berthaud, Pierre Fouchenneret, Sarah Nemtanu, Quatuor Hermès, Timothy Ridout, Pedro Emanuel Pereira, Frank Dupree, entre outros.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian enquanto estudante na Escola Superior de Música Reina Sofía em Madrid, na classe dos professores Michel Arrignon e Enrique Pérez Piquer. Posteriormente, ingressou no Conservatorium van Amsterdam na classe de Arno Piters, e no HEMU de Lausanne na classe de Florent Héau. Em Portugal, foi aluno de José Ricardo Freitas na Academia de Música José Atalaya e na ARTAVE, tendo concluído a licenciatura com Nuno Pinto na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
Carlos Ferreira acaba de lançar o seu primeiro álbum intitulado “XX-XXI” com obras para clarinete e piano com o pianista e compositor Pedro Emanuel Pereira.
Carlos Ferreira é Artista Buffet Crampon e D’Addario Woodwinds.