Orquestra XXI

05 Abril, 2024 pelas 21h00 (sexta)
no Politécnico de Viseu, Aula Magna


Entrada: 5€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.​

Em Abril, a Orquestra XXI visita o Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu para um concerto dedicado à 2.ª Sinfonia de Robert Schumann. Obra escrita durante um período particularmente difícil da vida do compositor, marcaria uma profunda reinvenção da sua linguagem musical, criando uma forma alternativa de pensar a escrita sinfónica. Com direção musical de Dinis Sousa, este programa contará ainda com a presença da solista Maria Włoszczowska na interpretação do Concerto para violino e orquestra n.º 5 de Wolfgang Amadeus Mozart e assinalará a estreia nacional de “Elongation of Nights”, da compositora Justė Janulytė.

Programa

JUSTĖ JANULYTĖ (1981)
Elongation of Nights

WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)
Concerto para violino e orquestra n.º 5 em Lá maior, K. 219

(intervalo)

ROBERT SCHUMANN (1810-1856)
Sinfonia n.º 2 em Dó maior, Op. 61

Ficha Artística

Orquestra XXI
Dinis Sousa – Direção musical
Maria Włoszczowska – Violino

Mecenas


Biografias

ORQUESTRA XXI
A Orquestra XXI nasceu em 2013, fruto da vontade de reunir o crescente número de músicos portugueses residentes no estrangeiro, para que pudessem partilhar com o seu país de origem as suas experiências, desenvolvimento e trabalho. Desde então, apresentou-se de Norte a Sul do país, com o objetivo de levar concertos a um público o mais diversificado possível, tanto nos grandes centros urbanos como em locais com atividade cultural menos regular, sob a direção do seu maestro fundador, Dinis Sousa.
Afirmando-se como um dos projetos mais destacados na atualidade musical portuguesa, a Orquestra XXI conquistou rapidamente o público português e a crítica especializada, marcando, assim, presença regular nalgumas das mais prestigiadas salas de concerto nacionais, como a Casa da Música, a Fundação Calouste Gulbenkian ou o Centro Cultural de Belém.
Desde a criação do Coro XXI, em 2016, a programação da orquestra passou a espelhar ainda mais a flexibilidade dos seus músicos, com um repertório que se estende de marcos como a Paixão Segundo São João, de Johann Sebastian Bach, até ao grande espólio sinfónico de compositores como Beethoven, Brahms ou Tchaikovsky, sem esquecer a estreia de obras de um conjunto alargado de autores portugueses. Partilhou o palco com solistas como Ana Quintans, Artur Pizarro, Clara-Jumi Kang, James Gilchrist, Jano Lisboa, Pavel Gomziakov ou Valeriy Sokolov, e contou ainda com a colaboração do Coro Gulbenkian na apresentação da oratória de Schumann Das Paradies und die Peri, para o encerramento dos Dias da Música em Belém.
Em 2023, o agrupamento celebrou o seu 10.° aniversário com uma grande digressão dedicada à 5.ª Sinfonia de Gustav Mahler, que recebeu elogios da crítica nacional e internacional.
Distinguida com o 1.º Prémio no concurso Ideias de Origem Portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Cotec Portugal, e o Alto Patrocínio da Presidência da República, a Orquestra XXI reuniu já mais de quatro centenas de músicos portugueses residentes no estrangeiro, criando, com isso, uma plataforma que muito tem fortalecido a sua ligação ao país.

MARIA WŁOSZCZOWSKA
A violinista polaca Maria Włoszczowska é reconhecida no plano internacional pela sua musicalidade e versatilidade artística. Apresenta-se regularmente como solista, líder de orquestra e instrumentista de câmara.
Maria estreou-se a solo nos BBC Proms em 2022, interpretando Vers toi qui es si loin, de Kaija Saariaho, com a Royal Northern Sinfonia sob a direção de Dinis Sousa. Enquanto concertino desta mesma orquestra, dirige também diversos programas a partir do violino, com destaque, na presente temporada, para a interpretação do Concerto para violino e orquestra de Beethoven. Maria fará ainda a sua estreia no Festival de Música de Hong Kong e junta-se ao corpo docente da Yellow Barn, em Vermont.
Na temporada passada, estreou-se em recital na cidade de Nova Iorque, com Jeremy Denk, no 92NY, interpretando a integral das Sonatas de Bach para violino e piano, programa este que retomarão no Lammermuir Festival.
Maria Włoszczowska apresenta-se com regularidade no Wigmore Hall e em festivais internacionais como o Musikdorf Ernen, o Lammermuir Festival ou o IMS Prussia Cove e em residências na Yellow Barn. Partilhou o palco com artistas destacados como Jeremy Denk, Bengt Forsberg, Dinis Sousa, Thomas Adès, Alasdair Beatson, Philippe Graffin, Benjamin Grosvenor, Steven Isserlis, Steven Osborne, Hyeyoon Park, Timothy Ridout e o Doric String Quartet. Esta temporada assinala ainda a estreia do seu novo projeto, o Quarteto Valo, no Festival Resonances, em Bruxelas.
Em anos recentes, liderou projetos com a Chamber Orchestra of Europe ou a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen e tocou a solo com diversas orquestras internacionais. Ainda na presente temporada, Maria regressa a Leipzig para um concerto como solista com o Neues Bachisches Collegium Musicum, na Gewandhaus, sob a direção de Reinhard Goebel.
Galardoada com o Prémio Emily Anderson da Royal Philharmonic Society, o Prémio da Fundação Hattori e o Prémio do Ministério da Cultura e Património Nacional da Polónia, Maria Włoszczowska estabeleceu-se no Reino Unido após a conclusão dos seus estudos na Guildhall School of Music and Drama com o violinista e maestro húngaro András Keller. Em 2018, venceu o 1.º Prémio e o Prémio do Público no XXI Concurso Internacional Johann Sebastian Bach de Leipzig.
Maria toca num violino de Francesco Stradivari.

DINIS SOUSA
Dinis Sousa é Maestro Titular da Royal Northern Sinfonia desde o ano de 2021, com quem se apresentou, já por duas vezes, nos BBC Proms. Durante a presente temporada, dirige um ciclo dedicado às sinfonias de Schumann, para além de uma estreia mundial de Cassandra Miller e colaborações com solistas como Christian Tetzlaff, Steven Isserlis e Elizabeth Leonskaja. É diretor artístico da Orquestra XXI, que reúne músicos portugueses residentes no estrangeiro, com a qual se apresenta regularmente em Portugal. A orquestra vem fazendo parte das temporadas de concertos da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música e Centro Cultural de Belém, recolhendo grandes elogios da crítica nacional e internacional.
Na temporada de 2023/24, fez a sua estreia no Carnegie Hall, dirigindo o Monteverdi Choir e English Baroque Soloists, em dois programas com música de Bach e Händel, integrados numa digressão pela América do Norte. Estas apresentações seguem-se à ópera Les Troyens de Berlioz, que Dinis Sousa dirigiu nos festivais de Salzburg, Berlim e BBC Proms, num projeto que seria aclamado pela crítica: “Sousa foi eletrizante em momentos de grandiosidade, alto drama e intensidade emocional” (The Guardian). Dinis Sousa é Maestro Associado do Monteverdi Choir and Orchestras, tendo previamente codirigido o Monteverdi Choir na obra Roméo et Juliette nos BBC Proms e dirigido os English Baroque Soloists na Colômbia.
Ainda este ano, Dinis Sousa estreia-se com a Swedish Radio Symphony Orchestra, Royal Concertgebouw Orchestra e BBC National Orchestra of Wales, e regressa à Edmonton Symphony Orchestra e Riga Sinfonietta. Tem colaborado regularmente com orquestras como a Philharmonia Orchestra, BBC Philharmonic, Euskadiko Orkestra e Orquestra Gulbenkian, entre outras. No domínio da ópera, dirigiu O Barbeiro de Sevilha (Nevill Holt Opera) e Pélleas et Melisande (Orquestra XXI).
No dia 10 de junho de 2015, foi condecorado pelo Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique.

O concerto