Orquestra Juvenil de Viseu com Coro Misto do Conservatório e Elisabete Matos
22 Abril, 2018 pelas 17h00 (domingo)
na Aula Magna, IPV
Entrada: 5€ (preço único)
Programa
“Finlândia”
K. JENKINS (n. 1944)
“Stabat Mater”
Cantus Lacrimosus
And the mother did weep
Ave Verum
Sancta Mater
G. PUCCINI (1858-1924)
“Vissi d’arte”
Ária de Floria de “Tosca”
A. BOITO (1842-1918)
“L’altra notte in fondo al mare”
Ária de Margarida de “Mefistófeles”
G. VERDI (1813-1901)
“La luce langue”
Ária de Lady Macbeth de “Macbeth”
C. SAINT-SAENS (1835-1921)
“Bacchanale” de “Samson et Dalila”
Ficha Artística
Direção – Cláudio Ferreira
Participação especial de elementos do Projeto Xiquitsi de Maputo, Moçambique:
Kleyd Rogério Alfainho, Florêncio Alberto Manhique, Inérzio José Macome
Coro Misto do Conservatório – Direção Cristina Aguiar
Orquestra Juvenil de Viseu – Direção Cláudio Ferreira
Convidada Especial – Elisabete Matos, soprano
Mecenas: Turismo Centro de Portugal e Publiferrão
Esta orquestra está ancorada na parceria de um município que cada vez mais se tem afirmado como polo cultural – Câmara Municipal de Viseu e de uma instituição com marca de qualidade formativa na educação artística – Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. José de Azeredo Perdigão.
Tendo como pontos de partida uma dinâmica de formação contínua e integração dos recursos das várias instituições que se dedicam à prática musical no concelho de Viseu, a Orquestra Juvenil de Viseu tem como principais objetivos: a formação de jovens músicos do Concelho de Viseu; a formação de públicos; a realização de concertos pedagógicos para crianças do 1º ciclo; a promoção do património cultural da cidade e região.
Este projeto procura através das duas valências: cultura e formação criar uma orquestra que esperamos vir a ser reconhecida pela qualidade do seu trabalho.
A Orquestra Juvenil de Viseu tem realizado vários concertos na cidade de Viseu nomeadamente na abertura do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu, nas comemorações do dia do Município entre outros. Em 2016, participou nas comemorações do 40º Aniversário da Associação Nacional de Municípios na cidade de Coimbra.
Apesar da sua juventude, a OJV conta já com um vasto repertório assente em diferentes formações, épocas e compositores tais como: Vivaldi, Mozart, Verdi, Schubert, Debussy, Bizet, Gershwin, Rutter, Dvorak, Beethoven.
A Orquestra Juvenil de Viseu é dirigida pelo maestro Cláudio Ferreira.
Biografias
CLÁUDIO FERREIRACláudio Pais Ferreira iniciou os estudos musicais na Banda Bingre Canelense, prosseguindo a sua formação em trombone no Conservatório de Música de Aveiro. Terminou o curso de Instrumentista de Sopro na ARTAVE. Licenciou-se em Trombone e concluiu um Mestrado em Pedagogia do Instrumento, um Mestrado em Teoria e Formação Musical e um Mestrado em Direção pela Universidade de Aveiro com o maestro Ernst Schelle. No âmbito deste último Mestrado, sob orientação do maestro António Vassalo Lourenço, editou a obra Suite Africana de Frederico de Freitas, a publicar pela AvA Musical Editions.
Trabalhou com pedagogos e maestros de renome – entre os quais Severo Martinez, António Santos, Jarrett Butler, Hugo Assunção, Ricardo Casero, Jon Etterbeck, António Saiote, Christopher Bochmann, Jean-Sábastien Béreau, Alberto Roque, Pascual Vilaplana e Jean-Marc Burfin – e colaborou com diversas orquestras, nomeadamente a Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra do Algarve. Colaborou, como professor de naipe, com a Orquestra Clássica de Espinho. Foi maestro titular da banda Sociedade Musical Cultura e Recreio de Paços de Vilharigues, Banda União Musical Pessegueirense e Filarmónica de Santa Comba Dão. No momento encontra-se a aperfeiçoar a sua técnica de direção com o maestro Pedro Neves.
Atualmente é o maestro responsável pelos estágios de orquestra que os municípios de Trancoso, Mêda, Moimenta da Beira e Aguiar da Beira organizam conjuntamente.
Tem vindo a dirigir um número crescente de concertos em importantes locais e salas – Viseu, Açores, Lisboa, Porto (Casa da Música), Salamanca, Moçambique (Maputo), entre outros. É regularmente convidado para orientar estágios de orquestra e banda. Para a presente temporada, tem agendados 27 concertos com diferentes orquestras escolares e profissionais.
Dirigiu, como maestro convidado, a Orquestra Filarmonia das Beiras e a orquestra e coro do Projeto Xiquitsi em Maputo.
É o maestro titular da Orquestra Juvenil de Viseu e Docente no Conservatório Regional de Música, Dr. José de Azeredo Perdigão. ELISABETE MATOS
Elisabete Matos nasceu em Caldas das Taipas, Portugal. Estudou canto e violino no Conservatório de Música de Braga. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti. Estreou-se como Frasquita (Carmem) no Coliseu do Porto com o C. P. O.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial da ópera Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente é convidada por Plácido Domingo para se estrear no papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo como Rodrigue; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Bohème, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, no Teatro da Maestranza de Sevilha, no Teatro Arriaga de Bilbao, em Jerez de la Frontera e no Teatro de Córdoba; Zazà, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta di Vallois, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid, no Teatro Nacional de São Carlos de Lisboa e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catania; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de la Música de Valência; Tosca, no Teatro La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), no Coliseu do Porto, no Teatro de Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e em Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha, Madrid e Los Angeles; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no Teatro alla Scala de Milão, dirigida por Riccardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämmerung) e Rosa (Gaudí) no Liceu de Barcelona; Amelia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon, no Metropolitan de Nova Iorque e na Staatsoper de Viena; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo e no Liceu de Barcelona; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez de la Frontera, Valência, no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel, Oviedo e Pequim (dirigida pelo Maestro Daniel Oren); La Gioconda, em Tóquio e Roma; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino) e no Metropolitan de Nova Iorque; Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência; Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo).
Estreou-se com grande êxito como Isolda (Tristan und Isolde) no Teatro Campoamor em Oviedo; a sua estreia em Viena (no papel de Abigaille) e na Ópera de Los Angeles (Senta), sob a batuta de James Conlon; Irene (Rienzi) no Liceu de Barcelona (papel que já estreara no Avery Fisher Hall em Nova Iorque) e com a Odissey Ópera de Boston. Após o seu grande sucesso como Minnie (La Fanciulla del West) no Metropolitan Opera House de Nova Iorque, voltou em 2012 no papel de Abigaille e em 2013 como Tosca, papel que interpretou recentemente no Festival Internacional de Daegu (Coreia do Sul) com a Ópera de Salerno, dirigida pelo Maestro Daniel Oren. Também com Daniel Oren interpretou Turandot no NCPA de Pequim.
Interpretou Le Roi Arthus em Estrasburgo; La Gioconda no Teatro Nacional de São Carlos; Turandot no Chile, Ópera de Berlim e Capitole de Toulouse; Tosca em Palermo; Tristan und Isolde em Toulouse. Recentemente agregou ao seu reportório o papel de Brunhilde ( Walküre) no Teatro Campoamor de Oviedo, com grande êxito de público e critica.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente Lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel, no Auditório Nacional de Madrid, sob a direção de López Cobos, e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Symphony Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonck Lieder em Lisboa, etc. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo. Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Symphony Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim. Gravou também Les Troyens (Cassandre), numa produção de La Fura dels Baus do Palau de Les Arts de Valência, dirigida por Valery Gergiev. Com o Liceu de Barcelona gravou a tetralogia O Anel do Nibelungo de Wagner, interpretando os papéis de Gutrune, Freia e Dritte Norne.
Foi galardoada com um Grammy em 2000 pela gravação do papel titular de La Dolores, de Bretón, com Plácido Domingo, para a Decca. De Janeiro de 2012 a Janeiro de 2013, celebrou os seus 25 anos de Carreira Profissional. No âmbito destas celebrações, apresentou-se em concerto a 12 de Janeiro no Teatro Nacional de São Carlos, junto à Orquestra e Coro do Teatro, ao Coro Juvenil de Lisboa, a Aquiles Machado, Juan Pons, Carlos Guilherme, Dora Rodrigues, Elvira Ferreira, Francisco Reis e Sofia Pinto, dirigidos pelo Maestro Miguel Ortega, concerto este aclamado pelo público e pela crítica.
Dos compromisos mais recentes, destacam-se Recital de Canto e Piano com Artur Pizarro no Teatro Nacional de Sâo Carlos, Concerto de Ano Novo e Masterclass no mesmo Teatro. Concerto 19 de Dezembro na Casa da Música do Porto com a Banda Sinfónica Nacional, Gioconda em Santiago de Chile, Nabucco em Sâo Carlos, Lohengrin en Berlin e Paris entre outros..
Elisabete Matos recebeu a condecoração de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa, Doutor Jorge Sampaio; foi galardoada com a Medalha de Ouro de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães, pelo Senhor Presidente da Câmara, Doutor António Magalhães, foi condecorada Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Aníbal Cavaco Silva.
É detentora de vários prémios em concursos nacionais e internacionais, tais como o Concurso de Canto Luísa Todi, o Belvedere de Viena, entre outros. Recebeu também o prémio de final de curso Lola Rodriguez Aragón, o prémio Lyons da Lírica Italiana, o prémio Femina 2012, prémio Voz do Ano 2012, e a Medalha do Rotary Club de Caldas das Taipas.
Foi Agraciada com a Medalha de Mérito Artístico, otorgada pela Secretaria de Estado da Cultura. Recentemente recebeu a Medalha de Honra da Vila Das Taipas. MARIA CRISTINA AGUIAR
Natural de Viseu, iniciou o estudo de canto no Conservatório Regional de Música “Dr. José de Azeredo Perdigão” – Viseu, na classe da professora Isabel Castro, concluindo o curso sob a orientação da professora Cláudia Nelson. Ingressou no Curso de Ensino de Música da Universidade de Aveiro, na área específica de Canto, onde trabalhou com os Professores José de Oliveira Lopes e António Salgado, tendo sido galardoada com o Prémio Engenheiro António de Almeida, por se ter licenciado com a mais alta classificação. Frequentou, ainda, o Curso Superior de Canto da Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, do Instituto Politécnico do Porto, e participou em diversos cursos de interpretação, técnica vocal e direção coral.
Mestre em Música pela Universidade de Aveiro, e doutorada em Estudos da Criança – Educação Musical, pela Universidade do Minho, integra atualmente a Área Científica de Arte e Expressões Criativas, do Departamento de Comunicação e Arte da Escola Superior de Educação de Viseu; é professora de Canto e Coro no Conservatório Regional de Música de Viseu, sendo maestrina do Coro Misto e do Coro de Câmara do mesmo Conservatório.
Tem realizado diversos concertos como solista e como maestrina, a par da orientação de Workshops de Canto e de Técnica Vocal. É membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) da Universidade do Minho, centrando a sua investigação na área do ensino canto.