Orquestra Filarmónica Portuguesa
20 Abril, 2024 pelas 21h00 (sábado)
no Pavilhão Multiusos
Entrada: 5€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.
Concerto G. Mahler – Sinfonia nº 2 “Ressureição”
Ouvir a Sinfonia nº 2 de Mahler (1860-1911), à qual o autor daria o título de “Ressurreição”, constitui motivo de intensa meditação. A ideia nasceu quando Gustav Mahler ainda estava a escrever a primeira sinfonia, sentindo necessidade de dar uma identidade própria aos temas que agora se encontram, numa das obras-primas da música de sempre. Pode dizer-se, aliás, que esta segunda sinfonia acompanha o caminho espiritual do seu autor, verificando-se que no início se nota angústia e sofrimento, que vão evoluindo gradualmente no sentido de uma espiritualidade libertadora. Este dilema desenvolve-se numa procura determinante.
Na parte final, a soprano diz-nos: “Ah, crê: não nasceste em vão / Não foi em vão que viveste, sofreste”. Ao que coro e contralto respondem: “O que foi criado tem de perecer! / O que pereceu ressuscitará! / Para de tremer! / Prepara-te para viver!”. E assim o compositor antecipa o momento final, em que, depois das dúvidas, inerentes à própria natureza da fé, o coro proclama triunfalmente: “Com asas, que para mim ganhei, / Desaparecerei! / Morrerei para poder viver!”. Aqui estamos no momento crucial do próprio percurso individual do autor, que se implica diretamente na consideração da obra como uma ilustração do percurso existencial. “Ressuscitarás, sim, ressuscitarás, / Meu coração, num instante! / Aquilo por que lutaste / A Deus te levará!”.
O final da sinfonia traz-nos a recapitulação do caminho percorrido: o ambiente fúnebre do começo, o tema “Dies Irae”, que corresponde à consciência da
pequenez e da imperfeição, a que sucede a marcha orquestral que ilustra a procissão para o “Juízo Final”, até que soa a última trombeta do Apocalipse. E assim dá-se início à cantata sinfónica final, já aqui referenciada – com o poema “Ressurreição” de Friedrich G. Klopstock (1724-1803), num extraordinário crescendo que representa a afirmação do autêntico júbilo, assumido como força vital pelo compositor, num momento crucial da sua vida atribulada, em nome de uma esperança forte e renovadora.
Programa
GUSTAV MAHLER (1860-1911)
Sinfonia nº 2 em Dó Menor “Ressurreição”
I. Allegro Maestoso
II. Andante Moderato
III. In ruhiger fliessender Bewegung [Em Movimento Fluente e Calmo]
IV. Sehr feierlich, aber schlicht [Muito Solene, Mas Singelo]
V. In Tempo des Scherzo, kräftig — Langsam [No Andamento do Scherzo — Enérgico — Lento]
Ficha Artística
Bárbara Barradas – Soprano
Cátia Moreso – Mezzo-soprano
Coro Polifónico da Lapa
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Orquestra Filarmónica Portuguesa
Filipe Veríssimo – Mestre capela Igreja da Lapa
Jorge Alves – Diretor artístico CSLC
Osvaldo Ferreira – Direção musical
Mecenas
Texto
IV. Sehr feierlich, aber schlicht [Muito Solene, Mas Singelo]
Original no Alemão:
Urlicht
O Röschen rot!
Der Mensch liegt in größter Not!
Der Mensch liegt in größter Pein!
Je lieber möcht’ ich im Himmel sein.
Da kam ich auf einen breiten Weg:
Da kam ein Engelein und wollt’ mich abweisen.
Ach nein! Ich ließ mich nicht abweisen!
Ich bin von Gott und will wieder zu Gott!
Der liebe Gott wird mir ein Lichtchen geben,
Wird leuchten mir bis in das ewig selig Leben!
— Des Knaben Wunderhorn
Português:
Luz Primordial
Oh rosa vermelha!
O homem encontra-se em grande necessidade!
O homem encontra-se em grande dor!
Como eu gostaria de estar no céu.
Eu vim por um largo caminho
Um anjinho veio e queria me afastar.
Ah não! Eu não serei afastado!
Eu vim de Deus e retornarei a Deus!
O amoroso Deus me dará uma luzinha,
Que me iluminará para a abençoada vida eterna!
— Des Knaben Wunderhorn
V. In Tempo des Scherzo, kräftig — Langsam [No Andamento do Scherzo — Enérgico — Lento]
Original no Alemão:
Aufersteh’n, ja aufersteh’n wirst du,
Mein Staub, nach kurzer Ruh’!
Unsterblich Leben! Unsterblich Leben
wird der dich rief dir geben!
Wieder aufzublüh’n wirst du gesät!
Der Herr der Ernte geht
und sammelt Garben
uns ein, die starben!
—Friedrich Klopstock
O glaube, mein Herz, o glaube:
Es geht dir nichts verloren!
Dein ist, ja dein, was du gesehnt!
Dein, was du geliebt,
Was du gestritten!
O glaube
Du wardst nicht umsonst geboren!
Hast nicht umsonst gelebt, gelitten!
Was entstanden ist
Das muß vergehen!
Was vergangen, auferstehen!
Hör’ auf zu beben!
Bereite dich zu leben!
O Schmerz! Du Alldurchdringer!
Dir bin ich entrungen!
O Tod! Du Allbezwinger!
Nun bist du bezwungen!
Mit Flügeln, die ich mir errungen,
In heißem Liebesstreben,
Werd’ich entschweben
Zum Licht, zu dem kein Aug’ gedrungen!
Sterben werd’ ich, um zu leben!
Aufersteh’n, ja aufersteh’n
wirst du, mein Herz, in einem Nu!
Was du geschlagen
zu Gott wird es dich tragen!
—Gustav Mahler
Português:
Ressuscitarão, sim, ressuscitarão
as minhas cinzas, após breve repouso
Vida eterna! Vida eternal
Ser-te-á dada por aquele que te chamou!
Para florescer novamente tu foste semeado!
O Senhor da colheita vai
E recolhe seus feixes:
Nós, que morremos!
—Friedrich Klopstock
Oh crê, meu coração, crê:
Não perderás nada!
Alcançaste aquilo que desejaste,
Aquilo que amaste
Aquilo por que lutou!
Oh crê,
Tu não nasceste em vão!
Não viveste nem sofreste em vão!
O que foi criado
Deve perecer
O que pereceu deve ressuscitar!
Não tremas mais!
Prepara-te para viver!
Oh dor, que penetra tudo
De ti fui separado!
Oh morte, que conquistas tudo,
Agora foste conquistada!
Com as asas que ganhei,
Na dura batalha do amor,
Alçarei voo
Para a luz que nenhum olho penetrou!
Morrerei para poder viver.
Ressuscitará, sim,
Meu coração ressuscitará em um instante!
Tudo o que sofreste,
Te levará a Deus!
—Gustav Mahler
Biografias
BÁRBARA BARRADAS
«Uma notável artista, uma cantora inata (…) com uma voz bonita e redonda, uma presença excecional em palco, com uma messa di voice que após a Caballé é muito difícil de encontrar» (diretor do Festival Oper im Berg). Estreou-se em Salzburgo (Festival Oper im Berg) com o papel titular em Lucia di Lammermoor, em prestação muito aclamada pela crítica e pelo público. Interpretou os papéis Musetta no TNSC onde recebeu os melhores elogios da critica pública – “The highlight was Bárbara Barradas as Musetta. A scene-stealing actress, she really brought out the heartfelt generosity of her character and has this wonderfully poised, silvery soprano with an easy top.” – by OperaTraveller. No ano passado estreou o papel de Corinna (Il viaggio a Reims) no CCB; e na sua carreira já interpretou como a Ines di Castro, Lucia, Gilda, Le Feu e Le Rossignol, Susanna, Barbarina, La Fèe, Frasquita, Donna Anna, Zerlina, Königin der Nacht, entre outros.
Fez a estreia absoluta no Teatro da Trindade de Bruna na nova ópera Canção do Bandido de Nuno Côrte-Real, encenação de Ricardo Neves-Neves, distinguida com o prémio «Melhor trabalho de música erudita» pela SPA. Na Culturgest, também em estreia absoluta, foi a solista da obra Tremor de Nuno Côrte-Real com libreto de Pedro Mexia, obra gravada em Berlim ainda em 2021.
Canta regularmente com as mais prestigiadas orquestras nacionais e internacionais.
Foi bolseirada Fundação Gulbenkian, formou-se em Londres (BMus e MMus) na Guildhall School of Music and Drama com distinção. Fez parte da International Opera Academy e da WIAV. Ganhou vários prémios e bolsas de estudo em inúmeras competições nacionais e internacionais.
É fundadora e mentora do programa Empodera-te na Voz, e em conjunto com os prestigiados artistas Cátia Moreso, Sónia Aragão e Vasco Dantas, dirige a Associação Cultural Art Allurement.
Cátia Moreso estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e na Guildhall School of Music and Drama (Curso de Ópera), em Londres, onde obteve a licenciatura em canto e o grau de Mestre. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e do Lionel Anthony Charitable Trust, estudou no National Opera Studio com Susan Waters.
Venceu o 2º Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa e recebeu
também o Prémio Bocage no Concurso Luísa Todi e o 1º Prémio no Concurso de Canto José Augusto Alegria.
O seu repertório de ópera inclui, entre outros, os seguintes papéis: La Cieca, em La Gioconda de Ponchielli (Valladolid, Espanha); Giano, em Il Trionfo d’Amore, Dianora e Elisa em La Spinalba de F. A. de Almeida; Hanna Wilson/Tracy, em The Losers de Richard Wargo; 3ª Dama, em A flauta mágica (Festival de Wexford); 2ª Bruxa e Espírito, em Dido e Eneias; Giovanna, em Rigoletto; Baronesa, em Chérubin de Massenet; Madame de Croissy e cover de Mère Jeanne, em Dialogues des
Carmélites; Zanetto, na ópera homónima de Mascagni (Opera Holland Park), Carmella, em La vida breve de Falla (Festival de Tanglewood); Marcellina, em As bodas de Figaro; e Carmen (Woodhouse, Londres).
Cantou em concerto, como solista, obras de Vivaldi (Gloria e Magnificat), Pergolesi (Stabat Mater e Magnificat), Rossini (Stabat Mater e Petite messe solennelle), Bruckner (Te Deum e Missa nº 3) bem como o Magnificat e a Oratória de Natal de J.
S. Bach, a Missa de Nelson de J. Haydn e os Requiem de Mozart, Duruflé e Verdi (Clonter Opera, Londres).
No domínio da música contemporânea, cantou as Canções Populares de L. Berio, Aventures de G. Ligeti e foi solista na estreia de Cicero Dixit de C. Bochmann.
Outras atuações incluem: Eboli, em Don Carlo de Verdi (Valladolid, Espanha); Oratória de Páscoa de J. S. Bach (Orquestra XXI); Santuzza, em Cavalleria Rusticana de Mascagni (Woodhouse, Londres); e Dianora, em La Spinalba, com os Músicos do Tejo. OSVALDO FERREIRA
Na qualidade de diretor convidado, Osvaldo Ferreira apresentou-se, recentemente, com a Orquestra Filarmónica de São Petersburgo, na Rússia, Orquestra Gulbenkian, em Lisboa, Orquestra Sinfónica de Nuremberga e Orquestra da Radio Renana, na Alemanha e ainda com a Orquestra Sinfónica da Venezuela, entre outras.
Osvaldo Ferreira é o diretor artístico da Orquestra Filarmónica Portuguesa.
Em Portugal, foi diretor artístico da Orquestra do Algarve e do Festival Internacional de Música do Algarve. Gravou vários CDs com obras de autores portugueses para a editora Numérica e um CD duplo com sinfonias de Mozart. Com a Orquestra do Algarve, apresentou-se em Viena, Bruxelas, Lisboa, Sevilha, Porto, Curitiba e Londres.
Foi o diretor musical da Oficina de Música de Curitiba.
No seu percurso destaca-se ainda o seu trabalho à frente de importantes orquestras: Filarmónica de São Petersburgo, Sinfónica de Roma, Orquestra Gulbenkian, Orquestra de Praga, Filarmónica de Lodz, Filarmónica da Silésia, Sinfónica de Nuremberga, Filarmónica da Rádio Renana, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, Orquestra do Festival de Música de Aspen (E.U.A.) e Orquestra Nacional da Venezuela, entre outras.
Realizou um mestrado em direção de orquestra em Chicago e uma pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Foi laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu o “Fellowship” do Festival de Música de Aspen, onde frequentou a American Conductors Academy. Foi assistente do maestro Claudio Abbado em Salzburgo e Berlin. Estudou ainda com Jorma Panula e David Zinman, foi bolseiro do Ministério da Cultura de Portugal e da Fundação Calouste Gulbenkian. CORO POLIFÓNICO DA LAPA
Fundado em 1998 pelo Cónego António Ferreira dos Santos, o Coro Polifónico da Lapa (CPL) apresentou-se formalmente à comunidade em 2000 (ano do Bach).
Nesse ano, em homenagem ao grande Mestre de Leipzig, o CPL apresentou, na liturgia dominical da Igreja da Lapa, as Quatro Missas Luteranas do compositor.
Inicialmente um coro vocacionado para a liturgia, a sua qualidade artística direcionou o CPL a especializar-se também em vasto repertório de música sacra que apresenta regularmente em concertos de norte a sul do país, destacando-se a Igreja da Lapa, Sé Catedral, Igreja dos Clérigos, Igreja de São Francisco, Casa da Música e Coliseu do Porto; Catedral de Viana do Castelo; Igreja do Hospital de São Marcos (Misericórdia) de Braga; Casa das Artes e Igreja Matriz de Famalicão; Catedral de Aveiro; Mosteiro de Arouca; Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra; Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima; Catedral de Santarém; Igreja de São Domingos e Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Das suas apresentações em Espanha, destaca-se a Catedral de Alcalá de Henares, Catedral de Santiago de Compostela e Mosteiro de São Martinho Pinário.
Faz-se acompanhar por formações orquestrais de renome como a Orquestra Sine Nomine, Orquestra Clássica D. Pedro IV, Orquestra do Conservatório de Música do Porto, Orquestra do Norte, Orquestra Artave, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Banda do Exército – Destacamento do Porto, Banda Sinfónica Portuguesa, entre outras, e dirigido por maestros prestigiados como Álvaro Cassuto, Pe. António Ferreira dos Santos, António Vassalo Lourenço, Artur Cardoso, Cesário Costa, Fernando Marinho, Filipe Veríssimo, Johannes Skudlik, Jorge Matta, Martin Lutz, Ricardo Tacuchian, entre outros.
Em 2010, o CPL integrou o coro da Eucaristia presidida por Sua Santidade o Papa Bento XVI, na cidade do Porto, em conjunto com o Coro da Sé Catedral do Porto sob a direção de Eugénio Amorim. Em 2023, foi convidado, como coro favorito, a participar na Missa das Pré-jornadas Mundias da Juventude da Diocese do Porto, presidida por D. Manuel Linda.
O seu vasto repertório inclui algumas das mais emblemáticas obras corais-sinfónicas, das quais se destacam as Quatro Missas Luteranas, Paixão segundo São João, Magnificat e Oratória de Natal de Bach; Magnificat e Gloria de Vivaldi; todas as missas de Mozart (incluindo a “Grande” Missa em dó menor e o Requiem); a Missa em Ré Maior de Dvorák; a Missa de Gloria de Puccini; Requiem de Suppé; Requiem de Fauré; Oratória de Natal de Saint-Saëns; Requiem de Duruflé; 2ª Sinfonia de Mahler. Apresentou, em primeira audição mundial, obras como a Paixão segundo São João, Magnificat e o Poema Coral Sinfónico “Portugal” do Pe. António Ferreira dos Santos, a Missa Brevis em honra de Beatissimae Virginis Mariae do compositor brasileiro Fernando Cupertino e a Cantata de Natal de Jorge Prendas.
Constituído por 65 elementos, o CPL ensaia duas vezes por semana e canta dominicalmente na Missa do meio-dia na Igreja da Lapa.
É dirigido pelo Mestre Capela Filipe Veríssimo. CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT
O Coro Sinfónico Lisboa Cantat (CSLC) dirigido desde 1986 pelo maestro Jorge Carvalho Alves, é o herdeiro natural do Coro fundador da Associação Musical Lisboa Cantat: o Coral Caminhos Novos, que iniciou as suas actividades no ano de 1977, tendo mais tarde passar a chamar-se Coral Lisboa Cantat.
O Coral Caminhos Novos foi dirigido pelo maestro João Valeriano, como seu primeiro maestro profissional, que lhe imprimiu uma dinâmica de perfeição que abriu caminho a futuros desafios. Fez a sua primeira digressão ao estrangeiro, a França, dirigido nessa altura pelo maestro Paulo Brandão no início dos anos 80, sendo seguido pelo maestro Rui Matos. Na década de 1990, já com o maestro Jorge Alves, sentindo que o panorama amador em Portugal carecia de coros que pudessem apresentar grandes obras corais sinfónicas acompanhadas de orquestra, apostou-se conscientemente na expansão deste coral, que até então contava com cerca de 40 elementos. Adoptou então a designação Coro Sinfónico Lisboa Cantat no início dos anos 2000 para, paulatinamente, se alcançar a formação sinfónica que apresenta hoje, com cerca de 80 elementos.
É um coro amador e conta atualmente com cerca de 80 elementos na sua formação principal, sendo alguns oriundos de escolas de música como o Conservatório Nacional, a Academia de Amadores de Música e o Instituto Gregoriano de Lisboa. Tem contribuído para a divulgação da música erudita portuguesa, estreando regularmente obras de compositores portugueses contemporâneos. Foi Coro associado da temporada 2010/2011 do CCB. É de destacar também a parceria que mantém, desde 1999, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Tem-se apresentado com orquestras nacionais de renome, como a Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra de Câmara da GNR, Orquestra do Norte, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra XXI, entre outras, e também orquestras internacionais, como a Orquestra Filarmonia de Madrid (Espanha), Orquestra de Timisoara (Roménia), Orquestra Sinfonia de Varsóvia (Polónia) e Royal Philharmonic Concert Orchestra (Inglaterra).
Em Portugal, atuou nas principais salas e de concerto, teatros e igrejas: Aula Magna da Universidade de Lisboa, Casa da Música do Porto, Grande Auditório da Culturgest, Grande e Pequeno Auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, Grande e Pequeno Auditórios do CCB, Igreja de S. Francisco (Porto), Igrejas de São Roque, S. Nicolau, Basílica da Estrela, Jerónimos e Sé de Lisboa, Mosteiro de Alcobaça, Real Basílica de Mafra, Santuário de Fátima, Sé Nova de Coimbra, Teatro da Trindade, Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Thalia, entre muitos outros.
Foi dirigido pelos maestros Adrian Leaper, António Vassalo Lourenço, Brian Schembri, Cesário Costa, Christopher Bochmann, Dinis Sousa, Dmitri Jurowsky, Donato Renzetti, Enrico Onofri, Hans-Christoph Rademann, João Paulo Santos, José Cura, José Ferreira Lobo, Laurent Petit-Girard, Leonardo García Alarcón, Manuel Ivo Cruz, Marc Tardue, Martin André, Michael Zilm, Miguel Graça Moura, Nicholas Kraemer, Olivier Cuendet, Osvaldo Ferreira, Pedro Amaral, Rui Pinheiro, Theodor Guschlbauer, Vasco Pearce de Azevedo e Zoltán Peskó. Desde 1986, é dirigido pelo maestro Jorge Carvalho Alves, seu maestro titular.
Colaborou em parcerias com o Coro Nacional do Teatro S. Carlos (Requiem de Verdi e Gürrelieder de Schönberg, bem como a Sinfonia Fausto de Franz Liszt), com o Coro da Fundação Calouste Gulbenkian (Gürrelieder de Schönberg) e com as Bandas da Força Aérea e do Exército.
O repertório já apresentado, ao longo dos seus 25 anos de existência como Coro Sinfónico Lisboa Cantat, inclui música coral a capella e mais de 50 grandes obras corais sinfónicas, como as missas de Requiem de Verdi, Mozart, Fauré, Brahms, Duruflé e Carrapatoso (estreia mundial), a Missa de Nelson e a Missa de Santa Teresa de Haydn, o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle de Rossini, os Carmina Burana de Carl Orff, a 3.ª Sinfonia de Mahler, a 2.ª Sinfonia de Mendelssohn, a Sea Symphony de Vaughan Williams, O Messias de Händel, A Criação e As Estações de Haydn, a Cantata Verbum Caro e a Oratória Popular de Nuno Côrte- Real (estreia da versão sinfónica e estreia mundial, respectivamente), a Missa em Dó menor e as Vesperae Solennes de Confessore de Mozart, a Cantata de Outubro de Prokofiev (estreia em Portugal), a Cantata para un silencio de Daniel Schvetz (estreia mundial), a Cantata Verbum Caro de Nuno Côrte-Real (estreia mundial), L’enfance du Christ de Berlioz, a 9.ª Sinfonia de Beethoven, a Abertura 1812 de S. Rachmaninoff, a Missa Solemnis e Missa em Dó de L. V. Beethoven, a Oratória de Natal e a Oratória da Ascensão de J. S. Bach, a Missa Solene em honra de Nª Srª de Fátima de Manuel Faria-Joaquim dos Santos, a Paixão Segundo S. João de Johann Sebastian Bach, Romeu e Julieta de Hector Berlioz, Planetas de Gustav Holst, Fantasma da Ópera de Andrew Lloyd Weber, Elixir do Amor de Gaetano Donizetti e estreia em Portugal do Requiem D. Maria I de Marcos Portugal.
Participou em concursos e festivais internacionais: Cantonigròs em 1994 e 2003, Florilège Vocal de Tours em 2002 (4.º lugar), Azores Choir Festival em 2012, Montreux Choir Festival em 2016 (Menção Honrosa – Très Bien).
Em 2021 e 2022 organizou as duas primeiras edições da Semana Coral de Verão Lisboa Cantat. ORQUESTRA FILARMÓNICA PORTUGUESA
No biênio 2023/2024, a Orquestra Filarmónica Portuguesa foi apoiada pela Direção-Geral das Artes por meio do Programa de Apoio Sustentado às Artes. Essa parceria estabelecida proporcionou à orquestra uma base sólida e sustentada, permitindo que se realizasse mais de 40 concertos sinfónicos em todo o país, abrangendo desde o norte até o sul de Portugal. No âmbito do projeto “Concertos da Europa”, a Orquestra Filarmónica Portuguesa teve uma experiência única: estreou uma obra da compositora Sara Ross, e apresentou-se na magnífica sala da Philharmonie de Berlim.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa participou em projetos marcantes, desde a estreia do Requiem de Marcos Portugal, dedicado à Rainha D. Maria, apresentado na Basílica onde estão sepultadas suas exéquias. A Orquestra Filarmónica Portuguesa realizou uma série de concertos em colaboração com a Câmara Municipal do Porto, aproximando-se da comunidade por meio de apresentações em igrejas e espaços não convencionais para concertos. Além disso, a orquestra estabeleceu uma parceria promissora com o Europarque, garantindo acesso às melhores condições para ensaios e espetáculos em uma das melhores salas de concerto do país.
Por meio da colaboração com a Câmara Municipal da Guarda, a Orquestra oferece suporte a centenas de jovens anualmente, proporcionando-lhes oportunidades de residências artísticas com excelentes tutores e experiências junto a profissionais. Em 2023, a orquestra recebeu apoio dos EEA Grants, o que possibilitou a realização do projeto “Sustainable Orchestras in Europe”, em parceria com a Orquestra Filarmónica de Bergen.
Em 2022, a convite do Institut Français de Culture a OFP apresentou-se no Théatre des Champs Élisées num concerto integrado na temporada da Saison Croisée France/Portugal, marcando desta forma, na famosa sala de Paris, a sua estreia internacional. Ainda nesta cidade e a convite da UNESCO, a OFP realizou um memorável concerto na sede desta importante organização mundial, integrado no programa de comemoração do Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio de 2022), o qual foi gravado e transmitido para todo o Mundo em streaming.
Enquanto líder do projeto “Sounds of Change” que envolve parceiros da Alemanha, Espanha, Eslovénia e Sérvia, viu a sua candidatura selecionada pelo programa Europa Criativa da União Europeia, sendo um dos (apenas) vinte projetos que foram apoiados entre muitas centenas de candidatos. Para mais informações sobre este projeto, consultar o site soundsofchange.eu.
Nas temporadas de 2021 e 2022, a Orquestra Filarmónica Portuguesa viu concretizado o seu sucesso e impacto nacional e internacional, recebendo convite para associar-se às comemorações dos 500 anos da viagem de Circum-navegação de Fernão de Magalhães, realizando importantes concertos para os quais foram feitas encomendas de obras a importantes autores nacionais e internacionais. O concerto realizado no dia 2 de maio de 2021 no CCB, dedicado à música e língua portuguesa, integrado na agenda oficial da Presidência Portuguesa da União Europeia (PPUE), foi gravado e transmitido pela RTP 2 e Antena 2, tendo merecido os mais rasgados elogios por parte do público e da crítica especializada.
Ainda em 2021 e em parceria com a Altice Arena e a lendária banda Xutos & Pontapés, a OFP apresentou 3 grandes concertos em Lisboa e Porto, para um público que ultrapassou as 20 mil pessoas.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa já se apresentou em praticamente todo o território nacional, com algumas das mais importantes obras do repertório sinfónico e grandes solistas internacionais, destacando-se os nossos concertos regulares no CCB, Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, Altice Arena (somos orquestra associada desta sala) e Campo Pequeno, em Lisboa, Coliseu do Porto, Casa da Música, Salão Árabe do Palácio da Bolsa, Jardins de Serralves e Museu Romântico, no Porto, Europarque (Santa Maria da Feira), Theatro Circo (Braga), Convento S. Francisco (Coimbra), Teatro Sá de Miranda (Viana do Castelo), Teatro Municipal de Bragança, Teatro Viriato (Viseu), Teatro Municipal da Guarda, Centro de Congressos de Santarém, Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra), Teatro das Figuras (Faro), Teatro TEMPO (Portimão), Teatro Aveirense (Aveiro), Auditório Municipal de Olhão, Centro Cultural do Arade (Lagoa) e participação anual na maioria dos principais festivais de música nacionais.
A OFP tem apoiado de forma consistente os jovens solistas nacionais e já encomendou e estreou 15 obras de autores nacionais e internacionais com destaque para o apoio às jovens compositoras nacionais Ana Seara, Anne Vitorino d´Almeida, Fátima Fonte, Ana Ataíde Magalhães. Vai estrear nos próximos dois anos quatro obras, um bailado e uma ópera na celebração dos 50 anos do 25 de abril.
Fundada em maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portuguesa é amplamente reconhecida, pelo público e pela crítica, como uma das melhores orquestras sinfónicas nacionais. Os elevados padrões de qualidade e de exigência impressos desde a sua génese, levam-na a integrar um conjunto de músicos de elevado nível técnico e artístico das mais variadas nacionalidades, como sejam instrumentistas premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra Jovem da União Europeia e músicos estrangeiros residentes em Portugal.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa conta com a Direção Artística do maestro Osvaldo Ferreira, um dos mais representativos chefes de orquestra nacionais da atualidade.