
Orquestra Filarmonia das Beiras e Coro Voz Nua
21 Abril, 2019 pelas 21h00 (domingo)
na Sé de Viseu
Entrada: Entrada gratuita sujeita a reserva.
Programa
I parte
JOHANN S. BACH (1685-1750)
Cantata Bleib bei uns, denn es will Abend warden, BWV 6
I. Bleib bei uns, denn es will Abend warden
II. Hochgelobter Gottessohn
III. Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ. In dieser letzt’n betrübten Zeit
IV. Es hat die Dunkelheit an vielen Orten
V. Jesu, laß uns auf dich sehen
VI. Beweis dein Macht, Herr Jesu Christ
II parte
GEORGE F. HANDEL (1685-1759)
Dixit Dominus, HWV 232
I. Dixit Dominus
II. Virgam virtutis
III. Tecum principium
IV. Juravit Dominus
V. Tu es sacerdos
VI. Dominus a dextris
VII. Judicabit
VIII. Conquassabit
IX. De torrente in via
X. Gloria Patri
GEORGE F. HANDEL (1685-1759)
Hallelujah! (de O Messias, HWV 56)
Ficha Artística
Orquestra Filarmonia das Beiras
Coro Voz Nua (Aoife Hiney, maestrina)
Carolina Andrade -Soprano
Mariana Caldeira – Soprano
João Pedro Azevedo – Contratenor
André Lacerda – Tenor
Luís Rendas Pereira – Barítono
João Santos – Órgão
António Vassalo Lourenço – Direção
Notas do programa
JOHANN S. BACH (1685-1750)
Cantata Bleib bei uns, denn es will Abend warden, BWV 6
1. Solistas e Coro
Bleib bei uns, denn es will Abend werden, und der
Tag hat sich geneiget.
Fica connosco, pois a tarde cai e o dia termina.
2. Aria (Contralto)
Hochgelobter Gottessohn,
Laß es dir nicht sein entgegen,
Dass wir itzt vor deinem Thron
Eine Bitte niederlegen:
Bleib, ach bleibe unser Licht,
Weil die Finsternis einbricht.
Filho de Deus bem amado,
Permite que não seja mal recebidos,
Agora que nós, diante do teu trono
Depositamos uma prece:
Fica, fica a ser a nossa luz,
Que as trevas não prevaleçam!
3. Coral (Soprano)
Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ,
Weil es nun Abend worden ist,
Dein göttlich Wort, das helle Licht,
Laß ja bei uns auslöschen nicht.
In dieser letzt’n betrübten Zeit
Verleih uns, Herr, Beständigkeit,
Dass wir dein Wort und Sakrament
Rein b’halten bis an unser End.
Ah, fica connosco, senhor Jesus Cristo,
Pois a tarde já caiu,
Que tua palavra divina, essa radiante luz,
Nunca se extinga entre nós!
Neste tempo de aflição
Concede-nos, senhor, o Dom da Constância,
Para que a tua palavra e sacramento
Nos mantenham puros até nosso fim.
4. Recitativo (Baixo)
Es hat die Dunkelheit
An vielen Orten überhand genommen.
Woher ist aber dieses kommen?
Bloß daher, weil sowohl die Kleinen als die Großen
Nicht in Gerechtigkeit
Vor dir, o Gott, gewandelt
Und wider ihre Christenpflicht gehandelt.
Drum hast du auch den Leuchter umgestoßen.
Agora as trevas
Cobrem de sombra muitos lugares.
Por que nos acontece isto?
A razão é que os humildes e os poderosos
Não seguem retamente
Até ti, ó Deus, o caminho
E não cumprem o seu dever como cristãos.
Por isso lhes foi retirada a luz.
5. Aria (Tenor)
Jesu, lass uns auf dich sehen,
Dass wir nicht
Auf den Sündenwegen gehen.
Laß das Licht
Deines Worts uns heller scheinen
Und dich jederzeit treu meinen.
Jesus, deixa-nos ver-te
Para que não
Caminhemos pela senda do pecado.
Deixe que a luz
Da tua palavra brilhe para nós
E possamos sempre desfrutar do teu favor.
6. Coral (Coro)
Beweis dein Macht, Herr Jesu Christ,
Der du Herr aller Herren bist;
Beschirm dein arme Christenheit,
Dass sie dich lob in Ewigkeit.
Mostra a tua força, Senhor Jesus Cristo,
Tu que és o Senhor dos Senhores!
Protege a tua Cristandade aflita
Para que possa louvar-te eternamente.
GEORGE F. HANDEL (1685-1759)
Dixit Dominus, HWV 232
1. Coro
Dixit Dominus Domino meo:
Sede a dextris meis, Donec ponam inimicos tuos scabellum pedum tuorum.
Disse o Senhor ao meu senhor:
Senta-te à minha direita até que eu ponha teus inimigos como apoio de teus pés.
2. Aria (Contrallto)
Virgam virtutis tuae emittet Dominus ex Sion:
dominare in medio inimicorum tuorum.
Desde Sião Deus estenderá o seu cetro poderoso e dominará os teus inimigos.
3. Aria (Soprano)
Tecum principium in die virtutis tuae splendoribus sanctorum.
Ex utero ante luciferum genui te.
A ti pertencem as honras sagradas e o principado desde o dia do teu nascimento, eu mesmo te criei desde a aurora da tua juventude.
4. Coro
Juravit Dominus et non paenitebit eum:
Deus jurou e não voltará atrás:
5. Coro
Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech.
Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
6. Solistas e Coro
Dominus a dextris tuis,
confregit in die irae suae reges.
O Senhor está à tua direita
ele esmaga os reis no dia da sua ira.
7. Coro
Judicabit in nationibus, Implebit ruinas, conquassabit capita in terra multorum.
Ele julga as nações, semeará ruínas pela imensidão da terra.
8. Dueto (Soprano 1 e 2) e Coro
De torrente in via bibet,
propterea exaltabit caput.
No caminho bebe da torrente
e por isso levanta a cabeça.
9. Coro
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto,
Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Assim como era no princípio, agora e sempre,
Por todos os séculos dos séculos, Amém
GEORGE F. HANDEL (1685-1759)
Hallelujah! (de O Messias, HWV 56)
Hallelujah! Hallelujah!
For the lord God omnipotent reigneth,
Hallelujah! Hallelujah!
The kingdom of this world is become
The kingdom of our Lord and of His Christ,
And He shall reign forever and ever
King of kings forever and ever
And Lord of lords forever and ever
King of kings and lord of lords
And He shall reign forever and ever
Hallelujah hallelujah!
Aleluia! Aleluia!
O Senhor Deus onipotente reina,
Aleluia! Aleluia!
O reino deste mundo se tornou,
O reino do nosso Senhor e do seu Filho,
E Ele reinará para sempre e sempre.
Ao Rei dos reis eternamente e sempre
E Senhor dos senhores eternamente e sempre
Rei dos reis, Senhor dos senhores
E Ele reinará, para sempre e sempre.
Aleluia, aleluia!
Biografias
ANTÓNIO VASSALO LOURENÇO
Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde 1999 e responsável pelas classes de Coro Orquestra e Direção da Universidade de Aveiro desde 1997, foi fundador da Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995, sendo ainda seu Maestro Adjunto, e foi Diretor e Maestro Titular do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008. Com estes grupos tem dado particular atenção à música portuguesa, tendo realizado diversas estreias, primeiras audições modernas e gravações de obras de compositores portugueses.
Em 1996 terminou o mestrado em Direção de Coro e Orquestra pela Universidade de Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente, tendo concluído o Doutoramento em Direção de Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou Orquestração com Samuel Adler, Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção.
A sua formação e atividade musicais iniciaram-se aos 8 anos na Fundação Calouste Gulbenkian onde estudou violino e fez parte do Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos Amadores de Música com a professora Maria Amélia Abreu tendo concluído em 1990 o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa na classe da professora Filomena Amaro.
Cantou em diversos grupos profissionais entre os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982 e 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal. A sua carreira como Maestro iniciou-se no Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo prémios em concursos internacionais.
Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris). Foi aluno da classe de Direção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a orientação de Jean-Marc Burfin.
Foi fundador e Maestro Adjunto da Orquestra da Juventude Musical Portuguesa e Assistente de Direção da Concert Orchestra de Cincinnati. Como maestro convidado dirigiu diversas orquestras e coros em Portugal, Espanha, França e nos Estados Unidos da América.
Desde 1987 tem participado, como monitor, em diversos Cursos de Direção Coral e tem sido Diretor Musical de peças teatrais.
Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro entre 2000 e 2004 e desempenhou o cargo de Coordenador Artístico da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre 2002 e 2003 e é atualmente Diretor Artístico do Festival Música em Leiria.
Em 2006 criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado por todo o país produções de ópera que incluem, para além da apresentação de importantes óperas de repertório, produções em português, ópera portuguesa e ópera para crianças.
Foi diretor do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro entre 2011 e 2015.
CAROLINA ANDRADE
Carolina Andrade iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música do Conservatório Nacional. Concluiu o Curso Secundário de Canto no Instituto Gregoriano de Lisboa, com os professores Elsa Cortez e Armando Possante. Foi solista em vários projetos com a Orquestra Filarmonia das Beiras: “Magnificat” de Bach no Mosteiro da Batalha, a ópera “Casinha de Chocolate” e o teatro musical “O Mundo Mágico da Bela e o Monstro”, no Teatro Aveirense. Participou na ópera “Dido e Eneias” no Festival de Música Cidade de Almada, e foi protagonista da ópera “Ohneama” no “Festival Terras sem Sombra”, em Serpa. Frequenta o último ano da Licenciatura em Música na Universidade de Aveiro com a professora Isabel Alcobia. Frequentou masterclasses e aulas com Noa Frenkel, Rita Dams, Catrin Wyn-Davies, Gerda van Zelm, Lenie van den Heuvel, Karin van der Poel, Margarida Natividade, Pierre Mak e Ulrike Sonntag.
MARIANA CALDEIRA
Mariana Caldeira Pinto iniciou os seus estudos com a professora Rute Dutra na Escola de Música do Conservatório Nacional em Lisboa depois de pertencer, durante 11 anos, ao Coro Infantil da Universidade de Lisboa, sendo este o ponto de partida do seu interesse pela música. Atualmente é aluna da professora Isabel Alcobia, frequentando o 2º ano de licenciatura na Universidade de Aveiro.
De entre todos os projectos ao qual já pertenceu destacam-se a ópera ‘Dido e Eneias’ e ‘Fairy Queen’, as óperas para crianças ‘Hansel e Grethel’ e ‘A menina gotinha de àgua’ e o ‘Magnificat’ de Bach.
Já trabalhou diversas vezes com o grupo Músicos do Tejo e com a Orquestra Filarmonia das Beiras.
Frenquentou masterclasses e aulas com diversos professores como Jill Feldman, Margarida Natividade, Lenie van den Heuvel, Noa Frenkel, Rita Dams, Catrin Wyn-Davies, Gerda van Zelm e Karin van der Poel.
ANDRÉ LACERDA
Licenciado em Música – Canto pela Universidade de Aveiro (2015) onde estudou com Isabel Alcobia, André Lacerda continuou o seu percurso académico na ESMAE, tornando-se mestre em Interpretação Artística (2017) e em Ensino da Música (2018).
Do seu vasto e versátil repertório de oratória e concerto destacam-se as seguintes obras: Paixão Segundo S. João, Paixão Segundo S. Mateus, Magnificat, para além de diversas cantatas para tenor solo de J. S. Bach; Vespro della beata vergine de C. Monteverdi; Die Sieben letzten worte unseres Erlösers am Kreuze de J. Haydn; Requiem de W. A. Mozart; Messias de Handel; Stabat Mater e Requiem de A. Caldara; Sinfonia n.º2 de F. Mendelssohn; Serenade for tenor, horn and string op.31; Perseo de J. Sousa Carvalho; entre outras.
André interpretou também alguns papeis de relevo em produções de ópera, nomeadamente o papel de Ferrando em Così Fan Tutte e D. Basílio em Le Nozze di Figaro, de W. A. Mozart; Orphée em Orphée aux Enfer, de J. Offenbach; Clem e Alfred em Little Sweep, de B. Britten; Begónia em O Rapaz de Bronze, de Nuno Côrte-Real; D. Fuas em As Guerras do Alecrim e Manjerona, de A. J. da Silva, entre outros. Fez ainda parte do elenco de produções semi-encenadas, tais como: Le Bourgeois Gentilhomme, de J. B. Lully no Festival Dias da Música’s Festival, no Centro Cultural de Belém, Idylle sur la Paix, de J. B. Lully e Les Arts Florissants, de M. A. Charpentier no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkuan.
Faz parte da formação base do Coro Casa da Música desde 2015 e colabora com regularidade com algumas das orquestras e ensembles mais importantes do país como o Remix Ensemble, Orquestra Sinfónica do Porto/Casa da Música, Orquestra das Beiras, Orquestra do Norte e Orquestra de Guimarães, bem como com os principais ensembles nacionais de música antiga: Ludovice Ensemble, Divino Sospiro, Orquestra Barroca da Casa da Música e Os Músicos do Tejo.
De entre os seus próximos compromissos destacam-se o Te Deum, de Charpentier (Leiria); Missa em Si menor, de J. S. Bach (Casa da Música/Porto); Maddalena ai piedi di Cristo, de A. Caldara (La Valletta, Malta); entre outros.
JOÃO PEDRO AZEVEDO
Natural do Porto e residente na cidade de Braga, João Pedro Azevedo iniciou os estudos musicais aos 13 anos, na Academia de Música de Vila Verde. Ingressou mais tarde no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde concluiu o 8º grau de guitarra. Durante esse período, iniciou o estudo do canto com a soprano Liliana Nogueira. Terminou em 2017, com a classificação de 18 valores, a Licenciatura em Canto, na Universidade de Aveiro, sob a orientação da professora Isabel Alcobia. Encontra-se a terminar o Mestrado em Ensino de Música na mesma instituição.
Com uma atividade performativa ainda recente, tem vindo a apresentar-se com alguma regularidade em espaços nacionais e em diferentes géneros e estilos musicais: destacam-se, no domínio da ópera, os papeis de seconda polizia, na estreia nacional de Pinocchio de Pierangelo Valtinoni e Dritter Knabe em A Flauta Mágica de W. A. Mozart; no campo da oratória apresentou-se como solista em Natalitiae Noctis Responsoria de Duarte Lobo, Stabat Mater e Magnificat de G. B. Pergolesi, Magnificat RV 610 de A. Vivaldi, Paixão segundo S. João e excertos da cantata Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust de J. S. Bach; integrou ainda os musicais Arquivo e Por este rio acima, produzidos pelo CMCGB no Theatro Circo, e as personagens ‘lorde resmungão’ em O Feiticeiro de Oz, ‘primeira enguia’ em A história da Pequena Sereia e ‘Lumierre’ em O Mundo Mágico da Bela e o Monstro, musicais produzidos pela Orquestra Filarmonia das Beiras.
Trabalhou repertório de câmara em várias formações e estilos musicais, destacando-se as obras Stabat Mater de A. Vivaldi, Quatro Momentos de Álvaro de Campos de F. Lopes-Graça, o ciclo Gedichte der Königin Maria Stuart de R. Schumann e os motetes fürchte dich nicht e komm Jesu komm de J. S. Bach. Teve orientação de professores como António Chagas Rosa, Helena Marinho, António Vassalo Lourenço e Shau Ling.
Colaborou com maestros como Stefano Molardi, António Vassalo Lourenço, Paulo Matos, Joaquim Jorge Ribeiro, Ernesto Coelho e Carlos Marques. Trabalhou ainda com os encenadores Cláudio Hochman, Manuela Ferreira, José Geraldo e Carla Lopes.
Foi distinguido, em 2009, com o prémio Paul Harris pelo Rotary Club de Vila Verde, na qualidade de melhor aluno da Academia de Música de Vila Verde, e em 2018 foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo para integrar os cursos e concertos do Festival Zêzere Arts, em Tomar e Ferreira do Zêzere.
Participou em 2017 no 2º festival de música de Fânzeres e São Pedro da Cova, interpretando excertos de ópera e oratória de G. F. Händel, nomeadamente Rinaldo e O Messias, com a Orquestra Filarmonia das Beiras e sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço. Foi convidado, no mesmo ano, para o IX Festival de Música Antiga dos Açores, colaborando com a Accademia Barocca Italiana e com o maestro Stefano Molardi.
Frequentou masterclasses e cursos de aperfeiçoamento vocal com Pierre Mak, Helen Lawson, Sara Braga Simões, João Lourenço, Liliana Bizineche, Ulrike Sonntag, Nacho Rodriguez, Dmitri Batagov, Margarida Natavidade e mais recentemente com Brian Mackay.
LUÍS RENDAS PEREIRA
Luís Rendas Pereira tem-se apresentado regularmente como solista no âmbito da ópera, oratória e canção. Estudou no Instituto Gregoriano de Lisboa. Ingressa no Curso Superior de Música na Universidade de Aveiro, onde conclui a Licenciatura em Música e o Mestrado em Ensino de Música.
Destacam-se as participações operáticas como protagonista em Le Nozze di Figaro (Conde), Cosi fan tutte (Guglielmo) e Der Schauskspidrektor (Buff) de W. A. Mozart, The Old maid and the thief (Bob), O telefone (Ben) de G. Menotti e La Serva Padrona (Uberto) de G. B. Pergolesi – as últimas duas em versões portuguesas. Trabalhou com os Encenadores Mário Moutinho, Claudio Hochman, António Durães, Cláudia Marisa, Paulo Lapa, Kevin Phela, Roberto T. Vecchia e Leandro Alves e José Rui Martins. Cantou com a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra ESMAE, Orquestra do Zêzere Festival Arts, sob direcção dos maestros A. Vassalo Lourenço, A. Saiote, J. Ferreira Lobo e Brian Mackay, entre outros.
Interpretou um vasto repertório no âmbito da oratória e concerto. Destacam-se a participação no “Te Deum” de Charpentier, o papel de Adão em “A Criação” de J. Haydn, os solos nas cantatas BWV 36, 62, 133, 4ª cantata da Oratória de Natal, Magnificat (gravado para a RTP) e Missa em Si menor de Bach. Cantou já os solos dos “Requiem” de W. A. Mozart, G. Fauré e M. Duruflé e F. Delius. Merecem também referência a participação como barítono solista no “Das Berliner Requiem” de Kurt Weil, 9ª sinfonia de L. V. Beethoven e a Cantata Gnóstica de Jorge Salgueiro. Nos concertos referidos apresentou-se com diversas orquestras e formações como a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Barroca da Casa da Música, Orquestra Clássica de Espinho, Remix Ensemble, Orquestra do Norte, Orquestra ESART, entre outras. Para além de maestros anteriormente referidos foi dirigido por Lawrence Cummings, Paul Hillier, Cesário Costa, Baldur Brönnimann, A. Vassalo Lourenço, Vasco Negreiros e Gonçalo Lourenço.
Integra desde 2011 a formação base do Coro da Casa da Música onde tem interpretado os mais variados repertórios das mais diversificadas épocas, desde a idade média até ao século XXI, desde repertório de câmara como até ao repertório sinfónico e onde tem feito vários solos. Trabalhou com maestros como Christoph König, Paul Hillier, Simon Carrington, Philip Pickett, Laurence Cummings, Martin Andre, Michail Jurowsk, Olari Elts, Paul McCreesh, entre outros.
Durante o seu percurso na Universidade de Aveiro foi aluno da soprano Isabel Alcobia. Fez o seu aperfeiçoamento artístico na A2DV, frequentando o “Vocal Performance Certificate” com Patricia MacMahon e Carla Caramujo, tem trabalhado regularmente Lieder com Wolfgang Holzmair. Conclui em 2017 uma Pós-Graduação em Ópera na ESMAE. Trabalha regularmente com os professores Susan Waters e Pierre Mak e tem participado em inúmeras masterclasses de canto a nível nacional e internacional, de onde se destacam os professores Francisco Lazaro, Brian Gill, Peter A. Wilson, Håkan Hagegård, Norma Enns, Stephen Robertson, Lina Maria Akerlund, Ulrika Sonntag e interpretação com João Paulo Santos, Enza Ferrari e Miquel Ortega Pujol.
Luís Rendas Pereira foi vencedor do 1º prémio (ex-aequo) no Concurso Internacional de Santa Cecília em 2013 e do 3º prémio no XV Concurso Internacional Cidade do Fundão em 2014 e 2016. Tem-se apresentado desde 2014 em vários recitais com a pianista Rita Seara em espaços como o Teatro do Campo Alegre e Casa da Música (Porto), Pavilhão Centro de Portugal (Coimbra), Casa de Fralães (Barcelos) Hotel Moliceiro (Aveiro) e também em França no Festival de Mesnil Saint Martin, entre outros, com especial destaque à canção portuguesa.
É professor de Canto, Coro e Classes de Conjunto no Conservatório de Música e Artes do Dão. Tem preparado diversos alunos premiados em concursos de canto e candidatos aptos ao ensino superior. Dirige também o Coro Magnus D’Om (Filarmónica de Santa Comba Dão), com os qual tem apresentado dezenas de concertos. É director vocal nas produções de Teatro Musical AMAD “Da pedra lascada à Broadway” (2017) e “O Homem de La Mancha” (2018) e “A queima do Galo” (2019) com direcção artística de José Rui Martins. É professor de Técnica Vocal no Zêzere Festival Arts desde 2015 e convidado para leccionar Canto nos VI Ciclo de Masterclasses do Orfeão de Leiria e nos Cursos da Escola de Música de Esposende.
JOÃO SANTOS
João Santos é licenciado em Música Sacra pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa – Porto, onde estudou com Luca Antoniotti (Órgão), Eugénio Amorim (Composição e Direcção de Coros), Cesário Costa (Direcção de Orquestra), Anselm Hartmann (Piano), entre outros.
João Santos tem-se destacado nas áreas de Órgão e Composição, tanto a nível nacional, com o 2º prémio no Concurso Nacional de Órgão do Instituto Gregoriano de Lisboa (2007), como internacionalmente, contactando com célebres organistas como T. Jellema, W. Zerer, M. Bouvard, J. Janssen, F. Espinasse, O. Latry, D. Roth, L. Scandali, entre outros.
Participou nos prestigiados concursos internacionais de órgão em Alkmaar, (Holanda), Freiberg, (Alemanha) e Innsbruck (Áustria). Efectua regularmente concertos por todo o país e estrangeiro, de onde se destacam a Catedral de Westminster (Londres), o Orgelfestival Rhür (Alemanha), a Catedral de Notre Dame de Paris, o St. Christoph Summer Festival (Vilnius), entre outros. Foi solista com a Orquestra Clássica da Madeira durante o Festival Internacional de Órgão da Madeira, 2014. Como compositor, obras suas têm sido reconhecidas internacionalmente, sendo finalista no Simon Carrington Chamber Singers Choral Composition Competition (EUA) e no Musicaficta International Choral Composition Competition (Itália). No seguimento deste último, as suas obras Jesu Dulcis Memoria e Tryptich foram selecionadas para publicação pela editora Edition Ferrimontana, sediada na Alemanha. A sua transcrição para seis órgãos do Allegretto da 7ª Sinfonia de L. Van Beethoven arrecadou o primeiro prémio no concurso internacional de composição “Órgãos de Mafra”, 2017.
João Santos é pianista acompanhador do dueto de contratenores ENCANTO, com quem apresenta uma regularidade de concertos por todo o País, bem como em inúmeras digressões no estrangeiro, nomeadamente França, Suíça, Brasil, Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e Eslováquia.
De 2010 a 2018, João Santos foi organista titular do Santuário de Fátima. É organista titular da Catedral de Leiria desde 2007.
CORO VOZ NUA
O coro de câmara Voz Nua foi fundado em 2012, inicialmente no âmbito de um projeto académico de curto prazo que acabou por se estender. Voz Nua é aberto a todos os que querem cantar, sem a necessidade de formação prévia na área da música, o que tem resultado num grupo heterogéneo de várias idades, experiências e nacionalidades. Em 2016 constituiu-se como associação cultural sem fins lucrativos e em 2017 aumentou a sua atividade, constituindo mais três coros (o Voz Pop, o coro juvenil Novas Vozes e o coro infantil Voz Nua Júnior) para diversas faixas etárias, e organizando um festival internacional de coros (o FICA), sob a direção artística de Aoife Hiney.
O nome, uma combinação da língua portuguesa e da língua gaélica, representa a diversidade cultural do grupo. Em gaélico a palavra ‘nua’ significa novo e fresco. Em português a mesma palavra significa despida. Desta forma, Voz Nua remete para ‘voz pura’ ou ‘voz sem instrumentos’. A criação do nome deste projeto considerou a polissemia da palavra como metáfora do repertório e dos objetivos do coro, nomeadamente a diversidade de estilos de repertório e a interpretação de música de compositores vivos.
Desde 2012 o Coro de Câmara Voz Nua apresentou mais de 20 estreias mundiais, participou em duas competições internacionais e lançou dois albuns (Nativitas, 2015; Vox Pop, 2017). O coro tem interpretado um vasto repertório e colaborou com diversos artistas e ensembles, tais como a Orquestra Filarmonia das Beiras ou o grupo de rock SOUQ, e participou em diversos projetos, como festivais de música, backing vocals em gravações e programas de rádio. O coro tem ainda representado Aveiro em eventos nacionais e internacionais.
ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 27 músicos de cordas, sopros e percussão de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, sob a direção do maestro britânico Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro deAzkaban”. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo ou José Carreras, sendo que dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direcção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Canossa, Nancy Vieira, André Sardet, Paulo Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, James, Cristina Branco ou Gisela João.
Estrutura Financiada pelo Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.