Orquestra Filarmonia das Beiras – Gala de Ópera
16 Abril, 2023 pelas 17h00 (domingo)
no Pavilhão Multiusos
Entrada: 5€ • Adquirir bilhete
Maiores de 3 anos. Bilhete obrigatório.
Esta gala, dirigida pelo Maestro António Vassalo Lourenço conta com a participação do Coro e das Orquestras do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e tem como solistas a soprano Isabel Alcobia, a mezzo-soprano Rafaela Veiga, o tenor Carlos Guilherme e o baixo Nuno Dias. Este espetáculo permitirá ouvir das mais belas músicas clássicas do bel-canto dos mais conceituados compositores de ópera. O repertório inclui peças de Georges Bizet, Camile Saint-Saëns, Charles Gounod, Gaetano Donizetti, Giuseppe Verdi e Giaccomo Puccini, num espetáculo único!
Programa
I PARTE
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Aida
“Marcha Triunfal” (Coro do povo e sacerdotes)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Simon Boccanegra
“A te l’estremo addio… Il lacerato spirito” (Ária de Fiesco e Coro)
Gaetano DONIZETTI (1797-1848) – da Ópera L’Elisir d’Amore
“Una furtiva lagrima” (Ária de Nemorino)
Georges BIZET (1938-1875) – da Ópera Carmen
“L’amour est un oiseau rebelle” (Habanera: Carmen e Coro)
Charles GOUNOD (1818-1893) – da Ópera Roméo et Juliette
“Je Veux Vivre” (Ária de Juliette)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Il Trovatore
“Vedi! le fosche” (Coro dos Ciganos)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Nabucco
“Va pensiero” (Coro dos escravos Hebreus)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Machbeth
“Come dal ciel precipita” (Ária de Banco)
Giaccomo PUCCINI (1858-1924) – da Ópera Tosca
“E lucevan le stelle” (Ária de Rodolfo)
Camile SAINT-SAENS (1813-1901) – da Ópera Samson et Dalilah
“Mon coeur s’ouvre à ta voix” (Ária de Dalilah)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera Rigoletto
“Bella figlia dell’ amore” (Quarteto: Gilda, Maddalena, Il Duca e Rigoletto)
Giuseppe VERDI (1813-1901) – da Ópera La Traviata
“Sempre libera” (Ária de Violetta)
“Libiamo ne’ lieti calici” (Alfredo, Violetta, Flora, Marchese e Coro)
Ficha Artística
Orquestra Filarmonia das Beiras
Orquestras do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro
Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro
Isabel Alcobia – Soprano
Rafaela Veiga – Mezzo-soprano
Carlos Guilherme – Tenor
Nuno Dias – Baixo
António Vassalo Lourenço – Direção
Mecenas: Freguesia de Viseu
Textos e traduções
I Parte
Verdi – Aida
“Marcha Triunfal” (Coro do povo e sacerdotes)
Gloria all’Egitto, ad Iside che il sacro suol protegge!
Al Re che il Delta regge inni festosi alziam!
Gloria! Gloria! Gloria! Gloria al Re!
Donne
S’intrecci il loto al lauro sul crin dei vincitori!
Nembo gentil di fiori stenda sull’armi un vel.
Danziam, fanciulle egizie, le mistiche carole,
Come d’intorno al sole danzano gli astri in ciel.
Sacerdoti
Della vittoria agli arbitri supremi il guardo ergete; Grazie agli Dei rendete nel fortunato dì.
Popolo
Vieni, o guerriero vindice, vieni a gioir con noi;
Sul passo degli eroi i lauri, i fior versiam!
Gloria! Gloria! Gloria al guerrier.
Gloria all’Egitto, gloria, gloria.
Sacerdoti
Agli arbitri supremi il guardo ergete.
Grazie agli dei rendete nel fortunato dì.
Grazie agli dei, grazie agli dei.
Glória ao Egito e à Ísis que protege o solo sagrado!
Ao rei que detém o Delta levantemos hinos festivos! Glória! Glória! Glória! Glória ao Rei!…
Mulheres
Que o lótus se entrelace com o louro na cabeça dos vencedores! Que uma nuvem gentil de flores se espalhe sobre as armas! Dancemos, donzelas egípcias, as canções místicas, como à volta do sol, as estrelas dançam no céu!
Sacerdotes
Aos supremos árbitros da vitória erguei o olhar;
Dai graças aos deuses neste dia afortunado.
Povo
Vem, ó guerreiro vencedor, vem regozijar-te connosco;
À passagem dos heróis lancemos louros e flores!
Glória! Glória! Glória para o guerreiro.
Glória ao Egito, glória, glória!
Sacerdotes
Aos supremos árbitros da vitória erguei o olhar;
Dai graças aos deuses neste dia afortunado.
Graças aos deuses, graças aos deuses!
Verdi – Simon Boccanegra
“A te l’estremo addio… Il lacerato spirito” (Ária de Fiesco e Coro)
A te l’estremo addio, palagio altero, freddo sepolcro dell’angiolo mio! Né a proteggerti valsi!
Oh maledetto! Oh vile seduttore! E tu, Vergin, soffristi rapita a lei la verginal corona?
Ma che dissi! Deliro! Ah, mi perdona!
Il lacerato spirito del mesto genitore era serbato a strazio d’infamia e di dolore. Il serto a lei de’ martiri pietoso il cielo die, resa al fulgor degli angeli, prega,
Maria, per me.
Coro
È morta! È morta! A lei s’apron le sfere! Mai più non la vedremo in terra! Miserere! Miserere!
Para ti um último adeus, palácio altivo,
Frio sepulcro do meu anjo! Não fui capaz de te proteger! O Maldito! Oh vil sedutor! E tu, virgem, fizeste sofrer presa à tua coroa virginal.
Ah! Que digo! Deliro! Ah, perdoa-me!
A alma atormentada do triste pai estava reservada ao suplício da infâmia e da dor. A ela, o Céu agradecido, dará a coroa dos mártires, rendida ao fulgor dos anjos, reza, Maria, por mim.
Coro
Está morta! Está morta! Para ela se abrem as portas do Céu! Jamais a veremos! Misericórdia! Misericórdia!
Donizetti – O Elixir do Amor
“Una Furtiva Lágrima” (Ária de Nemorino)
Una furtiva lagrima negli occhi suoi spuntò.
Quelle festose giovani invidiar sembrò.
Che più cercando io vò? Che più cercando io vò?
M’ama! Sì m’ama, lo vedo, lo vedo.
Un solo instante i palpiti del suo bel cor sentir.
I miei sospir, confondere per poco a’ suoi sospir.
I palpiti sentir confondere
I miei co’ suoi sospir
Cielo, si può morir. Di più non chiedo, non chiedo.
Ah! Cielo, si può, si può morir. Di più non chiedo
Non chiedo si può morire, si può morir d’amor.
Uma lágrima furtiva brotou-lhe nos olhos.
Aqueles jovens festivos pareciam ter inveja.
Que mais posso eu querer?
Ele ama-me! Sim, ele ama-me, eu posso vê-lo.
[Eu queria apenas] por um momento ouvir as palpitações do seu belo coração.
E sentir as minhas palpitações confundirem-se com os seus suspiros.
Céus! Já posso morrer. Não peço, mais que isso.
Céus! Já posso morrer. Não peço, mais que isso.
Não peço mais que isso, já poderei morrer de amor.
Bizet – Carmen
“L’amour est un oiseau rebelle” (Habanera: Carmen e Coro)
L’amour est un oiseau rebelle que nul ne peut apprivoiser, Et c’est bien en vain qu’on l’appelle, s’il lui convient de refuser. Rien n’y fait, menace ou prière l’un parle bien, l’autre se tait ; Et c’est l’autre que je préfère, il n’a rien dit, mais il me plaît. L’amour !
As cigarreiras e os Soldados
L’amour est un oiseau rebelle que nul ne peut apprivoiser; Et c’est bien en vain qu’on l’appelle,
S’il lui convient de refuser.
Carmen
L’amour est enfant de bohème, il n’a jamais, jamais, connu de loi. Si tu ne m’aimes pas, je t’aime, et si je t’aime, prends garde à toi !
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Mais si je t’aime, prends garde à toi !
As cigarreiras e os Soldados
L’amour est enfant de bohème, il n’a jamais, jamais, connu de loi. Si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
Et si je t’aime, prends garde à toi !
Carmen
Si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Mais si je t’aime, prends garde à toi !
L’oiseau que tu croyais surprendre,
Battit de l’aile et s’envola ;
L’amour est loin, tu peux l’attendre ;
Tu ne l’attends plus, il est là !
Tout autour de toi, vite, vite, il vient,
S’en va, puis il revient, tu crois le tenir, il t’évite, tu crois l’éviter, il te tient ! L’amour !
As cigarreiras e os Soldados
Tout autour de toi, vite, vite,
Il vient, s’en va, puis il revient,
Tu crois le tenir, il t’évite,
Tu crois l’éviter, il te tient !
Carmen
L’amour est enfant de bohème, il n’a jamais, jamais, connu de loi. Si tu ne m’aimes pas, je t’aime, et si je t’aime, prends garde à toi !
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Mais si je t’aime, prends garde à toi !
As cigarreiras e os Soldados
L’amour est enfant de bohème, il n’a jamais, jamais, connu de loi. Si tu ne m’aimes pas, je t’aime, et si je t’aime, prends garde à toi !
Carmen
Si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
As cigarreiras e os Soldados
Prends garde à toi !
Carmen
Mais si je t’aime, prends garde à toi !
O amor é um pássaro rebelde que ninguém consegue aprisionar; é em vão que o chamamos, se lhe convém recusar! De nada servem ameaças ou orações, um fala bem, o outro cala-se; e é o outro que prefiro, nada disse, mas agrada-me. O amor!
As cigarreiras e os Soldados
O amor é um pássaro rebelde que ninguém consegue aprisionar; é em vão que o chamamos
se lhe convém recusar!
Carmen
O amor é filho da Boémia, ele nunca conheceu lei;
Se não me amas, amo-te eu, se eu te amo, tem cuidado!
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Se não me amas, amo-te eu,
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Mas se eu te amo, tem cuidado!
As cigarreiras e os Soldados
O amor é filho da Boémia, ele nunca conheceu lei;
Se não me amas, amo-te eu, se eu te amo, tem cuidado!
Carmen
Se não me amas, amo-te eu,
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Mas se eu te amo, tem cuidado!
O pássaro que pensavas apanhar,
bateu a asa e voou; O amor está longe, bem podes esperar por ele; mas quando menos esperares,
ele aí está! Tudo a tua volta, depressa, depressa, ele vem, vai-se embora para depois voltar, quando pensas tê-lo agarrado, ele evita-te, quando pensas tê-lo evitado, ele agarra-te! O amor!
As cigarreiras e os Soldados
Tudo a tua volta, depressa, depressa,
ele vem, vai-se embora para depois voltar,
quando pensas tê-lo agarrado, ele evita-te,
quando pensas tê-lo evitado, ele agarra-te!
Carmen
O amor é filho da Boémia, ele nunca conheceu lei;
Se não me amas, amo-te eu, se eu te amo, tem cuidado!
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Se não me amas, amo-te eu,
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Mas se eu te amo, tem cuidado!
As cigarreiras e os Soldados
O amor é filho da Boémia, ele nunca conheceu lei;
Se não me amas, amo-te eu, se eu te amo, tem cuidado!
Carmen
Se não me amas, amo-te eu,
As cigarreiras e os Soldados
Tem cuidado!
Carmen
Mas se eu te amo, tem cuidado!
Gounod – Roméo et Juliette
“Je Veux Vivre” (Ária de Juliette)
Je veux vivre dans ce rêve qui m’enivre
Ce jour encore!
Douce flamme, je te garde dans mon âme
Comme un trésor!
Cette ivresse de jeunesse ne dure, hêlas! qu’un jour!
Puis vient l’heure où l’on pleure,
Le cœur cède à l’amour, et le bonheur fuit sans retour !
Loin de l’hiver morose, laisse moi, laisse moi sommeiller, et respirer la rose, avant de l’effeuiller.
Douce flamme! Reste dans mon âme
Comme un doux trésor longtemps encore.
Ah! – Comme un trésor longtemps encore.
Eu quero viver neste sonho que me intoxica;
Naquele dia, mais uma vez
Chama suave, eu te guardo na minha alma
Como um tesouro!
Esta intoxicação de juventude não dura, infelizmente! Mais que um dia!
Depois vem o tempo em que choramos, o coração cede ao amor, e a felicidade foge sem retorno.
Longe do inverno sombrio deixai-me dormitar
E respirar rosa antes de a arrancar.
Doce chama! Descansa na minha alma
Como um doce tesouro, por muito tempo!
Verdi – Il Trovatore
“Vedi! le fosche” (Coro dos Ciganos)
Vedi! Le fosche notturne spoglie de’ cieli sveste l’immensa volta: sembra una vedova che alfin si toglie i bruni panni ond’era involta.
All’opra! all’opra! Dagli! Martella!
Chi del gitano i giorni abbella? La zingarella.
Vejam! A imensa abóboda do Céu desprende-se do seu manto noturno. Parece uma viúva que, por fim,
tira os escuros véus que a envolvem.
Ao trabalho! Ao trabalho! Dá-lhe. Martela.
Quem alegra os dias do Cigano? A jovem Cigana.
II Parte
Verdi – Nabucco
“Va pensiero” (Coro dos Escravos Hebreus)
Va, pensiero, sull’ali dorate; Va, ti posa sui clivi,
sui colli, ove olezzano tepide e molli
l’aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta, di Sionne le torri atterrate. Oh, mia patria sì bella e perduta!
Oh, membranza sì cara e fatal! Arpa d’or
dei fatidici vati, perché muta dal salice pendi?
Le memorie nel petto raccendi,
ci favela del tempo che fu!
O simile di Solima ai fati traggi un suono di
crudo lamento, o t’ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù!
Voem, pensamentos, sobre asas douradas.
Vão e pousem sobre as encostas e as colinas onde a brisa suave e morna traz o cheiro da terra natal.
Saudai o rio Jordão e as torres de Sião.
OH, meu País tão belo e perdido! Oh, lembrança tão cara e triste! Harpa de ouro dos fatídicos videntes, porque pendes tu, silenciosa, dos salgueiros? Reacende no nosso peito as memórias e fala-nos do tempo que passou. Oh, dos destinos de Jerusalém, trás um som semelhante aos tristes lamentos, ou que o Senhor nos inspire com as harmonias que nos dão a força para suportar os sofrimentos.
Verdi – Machbeth
“Come dal ciel precipita” (Ária de Banco)
Studia il passo, o mio figlio…
usciam da queste tenebre…
un senso ignoto nascer mi sento il petto,
Pien di tristo presagio e di sospetto.
Come dal ciel precipita l’ombra più sempre oscura!
In notte ugual trafissero duncano, il mio signor.
Mille affannose immagini m’annunciano sventura,
E il mio pensiero ingombrano di larve e di terror.
Ohimé!…Fuggi, mio figlio!…oh tradimento!
Estuda o passo, ó meu filho…
Vamos sair desta escuridão, um sentido desconhecido sinto nascer no meu peito,
cheio de presságios e suspeitas sombrias.
Como dos céus se precipita a sombra cada vez mais sombria!
Foi numa noite como esta que apunhalaram o meu senhor, Duncan. Mil imagens febris predizem-me o infortúnio e turvam os meus pensamentos com fantasmas e medos.
Ai de mim! …Foge, meu filho!…oh traição!
Pucinni – Tosca
“E lucevan le stelle” (Ária de Rodolfo)
E lucevan le stelle, e olezzava la terra
Stridea l’uscio dell’orto e un passo sfiorava la rena
Entrava ella fragrante mi cadea fra le braccia
O dolci baci, o languide carezze mentr’io fremente
Le belle forme disciogliea dai veli
Svanì per sempre il sogno mio d’amore l’ora è fuggita, e muoio disperat, e muoio disperato
E non ho amato mai tanto la vita, tanto la vita
E reluziam as estrelas, e perfumava a terra,
Rangia a porta da horta e um passo roçava a areia.
Entrava ela fragrante, caía-me entre os braços.
Oh doces beijos, oh lânguidas caricias, enquanto eu, fremente, livrava as bela formas dos véus!
Desapareceu para sempre o sonho meu de amor…
A hora fugiu e morro desesperado!
E não amei tanto a vida!
Saint-Saens – Samson et Dalilah
“Mon coeur s’ouvre à ta voix” (Ária de Dalilah)
Mon cœur s’ouvre à ta voix comme s’ouvrent les fleurs aux baisers de l’aurore!
Mais, ô mon bien-aimé, pour mieux sécher mes pleurs, que ta voix parle encore!
Dis-moi qu’à Dalila tu reviens pour jamais!
Redis à ma tendresse les serments d’autrefois, ces serments que j’aimais!
Ah! réponds à ma tendresse!
Verse-moi, verse-moi l’ivresse!
Ainsi qu’on voit des blés les épis onduler
Sous la brise légère, ainsi frémit mon cœur, prêt à se consoler à ta voix qui m’est chère!
La flèche est moins rapide à porter le trépas,
Que ne l’est ton amante à voler dans tes bras!
Ah! réponds à ma tendresse!
Verse-moi, verse-moi l’ivresse!
Meu coração abre-se à tua voz como as flores se abrem aos beijos da aurora!
Mas, ó minha amada, para secar as minhas lágrimas, que tua voz fale novamente!
Diz-me que vais regressar a Dalila para sempre!
Repete à minha ternura os juramentos de outrora, os juramentos que eu amava!
Ah! Responde à minha ternura!
Derrama sobre mim, derrama a embriagues!
Tal como se veem ondular as espigas de trigo
Sob a suave brisa, também o meu coração treme, pronto a ser consolado pela tua voz, que me é cara!
A flecha não é tão rápida a trazer a morte,
Do que o seu amante é voar para os seus braços!
Ah! Responde à minha ternura!
Derrama sobre mim, derrama a embriagues!
Verdi – Rigoletto
“Bella figlia dell’ amore” (Quarteto: Gilda, Maddalena, Il Duca e Rigoletto)
Bella figlia dell’amore,
Schiavo son dei vezzi tuoi;
Con un detto sol tu puoi
Le mie pene consolar.
Vieni e senti del mio core il frequente palpitar.
Maddalena
Ah! ah! rido ben di core,
Che tai baie costan poco
Quanto valga il vostro gioco,
Mel credete, so apprezzar.
Son avvezza, bel signore, ad un simile scherzar.
Gilda
Ah, così parlar d’amore
A me pur intame ho udito!
Infelice cor tradito,
Per angoscia non scoppiar.
Rigoletto
Taci, il piangere non vale…
Ch’ei mentiva sei sicura.
Taci, e mia sarà la cura
La vendetta d’affrettar.
Sì, pronta fia, sarà fatale,
Io saprollo fulminar.
M’odi! ritorna a casa.
Oro prendi, un destriero
Una veste viril che t’apprestai,
E per Verona parti.
Sarovvi io pur doman.
Gilda
Or venite…
Rigoletto
Impossíbil.
Gilda
Tremo.
Rigoletto
Va’.
Bela filha do amor,
Sou escravo dos teus encantos;
Com uma só palavra, podeis
as minhas tristezas para consolar.
Vem e ouve a frequente palpitação do meu coração.
Maddalena
Ah! ah! eu rio a bom rir,
Pois tais balelas não valem nada
Valem tão pouco como o seu jogo,
Acredite, eu sei avaliar.
Estou acostumada, caro senhor, a tais gracejos.
Gilda
Ah, tais conversas de amor
Também eu dele ouvi!
Infeliz coração, traído,
de angústia, não rebentes.
Rigoletto
Silêncio, ele não merece as tuas lágrimas…
Podes ter a certeza que mentia.
Silêncio, e meu será o corretivo.
Vou apressar a minha vingança.
Sim, está iminente e será fatal,
Saberei como fulminá-lo.
Odeias-me! Vai para casa.
Leva ouro, um cavalo
Um a roupa de homem que preparei para ti,
e parte para Verona.
Estarei lá amanhã.
Gilda
Agora vem…
Rigoletto
Impossível.
Gilda
Tremo.
Rigoletto
Vai!
Verdi – La Traviata
“Sempre libera” (Ária de Violetta)
Sempre libera degg’io folleggiare di gioia in gioia
Vo’ che scorra il viver mio pei sentieri del piacer
Nasca il giorno, o il giorno muoia
Sempre lieta ne’ ritrovi a diletti sempre nuovi
Dee volare il mio pensier.
Alfredo
Amor è palpito, dell´universo intero,
Misterioso, altero, croce e delizia al cor.
Violetta
Oh! Amore! Follie! Gioir!
Sempre libera degg’io folleggiare di gioia in gioia
Vo’ che scorra il viver mio pei sentieri del piacer
Nasca il giorno, o il giorno muoia
Sempre lieta ne’ ritrovi a diletti sempre nuovi
Dee volare il mio pensier.
Sempre livre quero voar de alegria em alegria!
Quero que a minha vida flua ao longo dos caminhos do prazer! Nasça o dia, ou o dia morra, sempre pronta para procurar novas delícias, devem os meus pensamentos voar.
Alfredo
Amor é latejante de todo o universo, misterioso, arrogante, faca de dois gumes para o coração.
Violeta
Oh! Amor! Folia! Alegrai-vos!
Sempre livre quero voar de alegria em alegria!
Quero que a minha vida flua ao longo dos caminhos do prazer! Nasça o dia, ou o dia morra, sempre pronta para procurar novas delícias, devem os meus pensamentos voar.
Verdi – La Traviata
“Libiamo ne’ lieti calici” (Alfredo, Violetta, Flora, Marchese e Coro)
Libiamo ne’ lieti calici, che l bellezza infiora;
E la Fuggevol ora s’inebrii a voluttà.
Libiam ne’ dolci fremiti che suscita l’amore,
Poiché quell’occhio al core onnipotente va.
Libiamo, amore, amor fra i calici
più caldi baci avrà.
Todos
Ah! Libiam, amor fra i calici più caldi baci avrà.
Violetta
Tra voi saprò dividere il tempo mio giocondo;
Tutto è follia nel mondo ciò che non è piacer.
Godiam, fugace e rapido è il gaudio dell’amore;
È un fior che nasce e muore, ne più si può goder.
Godiam! C’invita un fervido accento lusinghier.
Todos
Ah! Godiam!
La tazza e il cantico la notte abbella e il riso,
In questo paradiso ne scopra il nuovo di.
Violetta
La vita è nel tripudio
Alfredo
Quando non s’ami ancora
Violetta
Nol dite a chi l’ignora,
Alfredo
E’il mio destin così…
Todos
Ah, si! Godiam!
La tazza e il cantico la notte abbella e il riso,
In questo paradiso ne scopra il nuovo di.
Brindemos com o alegre cálice que as flores embelezam; E o breve momento será inebriado com volúpia. Bebamos à sensação de êxtase que desperta o amor. Pois esse olhar poderoso vai direto ao coração. Brindemos ao amor, e o amor entre cálices fará os beijos mais quentes.
Todos
Ah! Brindemos ao amor, e o amor entre cálices fará os beijos mais quentes.
Violeta
Com todos vós irei compartilhar os momentos mais felizes; tudo o que na vida não é prazer, é tolice. Divirtamo-nos, pois prazer do amor é fugaz e passa depressa, tal como uma flor que nasce e que morre, e já não se pode apreciar. Alegria! Uma voz fervorosa e sedutora te convida.
Todos
Ah! Desfrutemos!
A taça e o canto, a noite bela e o riso, que o novo dia nos descubra neste paraíso.
Violeta
A vida è uma festa…
Alfredo
Apenas quanto ainda não se conheceu o amor…
Violeta
Não diga a alguém que não o sabe…
Alfredo
Mas esse é o mau destino…
Todos
Ah, sim! Desfrutemos!
A taça e o canto, a noite bela e o riso, que o novo dia nos descubra neste paraíso.
Biografias
ANTÓNIO VASSALO LOURENÇO
Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde 1999 e responsável pelas classes de Coro, Orquestra e Direção da Universidade de Aveiro desde 1997, foi fundador da Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995, sendo ainda seu Maestro Adjunto, e foi Diretor e Maestro Titular do Coro Regina Coeli entre 1983 e 2008. Com estes grupos tem dado particular atenção à música portuguesa, tendo realizado diversas estreias, primeiras audições modernas e gravações de obras de compositores portugueses.
Em 1996 terminou o mestrado em Direção de Coro e Orquestra pela Universidade de Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente, tendo concluído o Doutoramento em Direção de Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou Orquestração com Samuel Adler, Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção. A sua formação e atividade musicais iniciaram-se aos 8 anos na Fundação Calouste Gulbenkian onde estudou violino e fez parte do Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos Amadores de Música com a professora Maria Amélia Abreu tendo concluído em 1990 o Curso Superior no Conservatório Nacional de Lisboa na classe da professora Filomena Amaro.
Cantou em diversos grupos profissionais entre os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982 e 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal. A sua carreira como Maestro iniciou-se no Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo prémios em concursos internacionais.
Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris). Foi aluno da classe de Direção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a orientação de Jean-Marc Burfin.
Foi fundador e Maestro Adjunto da Orquestra da Juventude Musical Portuguesa e Assistente de Direção da Concert Orchestra de Cincinnati. Como maestro convidado dirigiu diversas orquestras e coros em Portugal, Espanha, França e nos Estados Unidos da América. Desde 1987 tem participado, como monitor, em diversos Cursos de Direção Coral e tem sido Diretor Musical de peças teatrais.
Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro entre 2000 e 2004 e desempenhou o cargo de Coordenador Artístico da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre 2002 e 2003 e é atualmente Diretor Artístico do Festival Música em Leiria.
Em 2006 criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado por todo o país produções de ópera que incluem, para além da apresentação de importantes óperas de repertório, produções em português, ópera portuguesa e ópera para crianças.
É Professor Associado da Universidade de Aveiro, tendo sido diretor do Departamento de Comunicação e Arte entre 2011 e 2015, e é menbro do INET-md.
Isabel Alcobia iniciou os seus estudos de canto no Conservatório Nacional de Música de Lisboa com Filomena Amaro. Diplomou-se, como bolseira do governo espanhol, na Escola Superior de Canto de Madrid com Marimi del Pozo. Já como bolseira do Ministério da Cultura, concluiu o mestrado na Universidade de Cincinnati (EUA) com Barbara Honn.
Desenvolve intensa atividade solística, tendo participado em diversos espetáculos em Portugal e no Estrangeiro, tais como a ópera “Amor de Perdição”, a convite do Teatro Nacional São Carlos (com representações em Lisboa e Bruxelas no âmbito da Europália), “Auto Del Lirio y de la Azucena,” de José Peyro no Museu del Prado em Madrid, “Naufrágios e Milagres” de José Alberto Gil, onde interpretou o papel principal no Centro Cultural de Belém, para o Festival dos 100 Dias. Realizou um recital a solo com o pianista Francisco Sassetti e um concerto dirigido pelo Maestro John Leman no Teatro Camões (dia dos EUA), integrados na Expo’98.
Foi selecionada para interpretar Gilda (“Rigoletto” de Verdi) no Festival de Ópera da Cidade de Lucca, em Itália. No domínio da Ópera destacam-se, ainda, as interpretações de Eurídice (Orfeu), Pamina (A Flauta Mágica), Adele (O Morcego), Musetta (La Bohème), Giannetta (O Elixir do Amor), Norina (D. Pasquale), Julieta (Romeu e Julieta), Gilda (Rigoletto) e Isabel (Floresta) de Eurico Carrapatoso.
Dedica parte da sua carreira à divulgação da música portuguesa, tendo estreado um ciclo de canções para soprano, trompa, piano e Orquestra de Eurico Carrapatoso e a obra “A-Ver-A-Ria” do mesmo compositor.
Para além dos concertos com diversas orquestras por todo o país, onde se incluem a interpretação de obras como “Carmina Burana”, “Requiem” de Mozart e “9ª Sinfonia” de Beethoven, realiza, com regularidade, gravações para a RTP, RDP e RTP Açores. Obteve diversos prémios em concursos de canto, sendo de salientar o 1.º prémio no concurso de canto em “Cleveland International Einsteddfod” (Inglaterra) e no concurso “Three Arts scholarship” (U.S.A).
Recentemente, atuou no Coliseu do Porto ao lado de José Carreras num espetáculo transmitido em direto pela RTP. Na sequência desta atuação realizou, a convite deste prestigiado tenor, um concerto onde interpretaram árias e duetos de Ópera e Zarzuela.
No campo da pedagogia, tem realizado várias masterclasses a convite de Universidades e Conservatórios Portugueses. É, desde 1998, docente do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e menbro do INET-md. RAFAELLA VEIGA
Rafaella Veiga, soprano/mezzo-soprano nasceu no ano de 1995, em Braga onde iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos de idade no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian concluindo o Curso Complementar de Formação Musical – 8º grau de Flauta Transversal com Américo Costa, 3º grau de Piano com Graça Miranda e 3º grau de Canto com Isabel Maya. Estudou com Cláudia Nelson e Isabel Maya no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian e posteriormente ingressou na Universidade de Aveiro, instituição na qual concretizou a Licenciatura em Música – Performance na classe de Isabel Alcobia obtendo classificação máxima. Frequenta o Mestrado em Ensino de Música na mesma instituição e sob a mesma orientação, finalizando Canto com classificação máxima. No domínio do Canto e da Música de Câmara trabalhou com os professores Inês Sofia Fernandes, Cristina Gonçalves, António Salgado, Liliana Bizineche, José de Oliveira Lopes, Fernando Balboa, Dora Rodrigues, Dmitri Batagov, Nuno Dias, João Lourenço, João Paulo Santos, Pierre Mak, Helen Lawson, Ulrike Sonntag, Elisabete Matos, Paulo Ferreira, António Chagas Rosa, Shao Ling e Olga Prats.
Obteve o 3º Prémio na 5ª e 6ª edições do Concurso Nacional dos Conservatórios Oficiais e foi semifinalista no 9º Concurso da Fundação Rotária Portuguesa.
Em Oratória, como solista cantou Requiem de G. Verdi, Stabat Mater de G. Rossini, Gloria de A. Vivaldi, Stabat Mater de G. Pergolesi, Missa da Coroação de W. A. Mozart, The Armed Man – A Mass for Peace de Karl Jenkins, Paixão segundo São Mateus de J. S. Bach, Missa Brevis em Sol M de W. A. Mozart, Oratória de Natal de C. Saint-Säens, Via Crucis de F. Liszt e Kanarienvögel Kantate de G. P. Telemann (cantata secular). Fez a sua estreia no CCB como solista na 9ª Sinfonia de L. van Beethoven e também foi solista na Fantasia Coral do mesmo compositor. Estreou em território nacional o Magnificat para Mezzo-Soprano, Órgão e Coro do compositor português Vasco Negreiros, com o organista André Pires e o Coro do DeCA.
Para além destas obras cantou como coralista nos Responsórios de Natal de Duarte Lobo, no Te Deum de W.A. Mozart, no Requiem de G. Fauré, na Petite Messe Solenelle de G. Rossini, nas Vésperas Solenes de W. A. Mozart, na Missa de Stª Cecília de C. Gounod, no Messias de G.F Händel, no Te Deum de D. Scarlatti, no Requiem de F. Delius, na Mass of the Children de J. Rutter, na obra A-ver-a-Ria de Eurico Carrapatoso, na 9ª Sinfonia e na Fantasia Coral de L. van Beethoven, na 2ª Sinfonia – A Ressurreição de G. Mahler, no Requiem for Portuguese Forests de Martina Vídenová (estreia), na Passio et mors Domini Nostri Jesu Christi Secundum Lucam de Pe. Joaquim dos Santos (estreia) e em A Ceremony of Carols de B. Britten.
Foi dirigida pelos maestros António Vassalo Lourenço, Luís Carvalho, Paulo Vassalo Lourenço, Fernando Ribeiro, António Baptista, Paulo Matos, José Manuel Pinheiro, Hugo Diogo, Hélder Tavares, Ricardo Gabriel, Idílio Nunes, Bruno Martins, Vasco Negreiros, Joana Carneiro, Timothy Henty, Diogo Costa, Jan Wierzba e Michele Varriale.
Colaborou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra da Casa da Música, a Orquestra do Distrito de Braga, a Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade a Orquestra Tutti Per l’Arte, a Orquestra Art’Ensemble, a Orquestra Viv’Arte,a VOCARE – Conservatório de Voz, Comunicação e Artes Performativas do Porto, a Associação Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, a Associação Musical Sinfonieta de Braga, a Associação Filarmónica de Arganil, o Ensemble de Música de Aveiro, a Academia de Música de Viatodos, o Coral Mille Voci, o Coro do DeCA, o Coro do CIRAC, o Coro do Orfeão da Feira, o Coro e Orquestra do CMCGB, a. Atualmente, é membro do coro Auri Voces e do Coro do Distrito de Braga. Esteve em cena no Teatro Rivoli no Porto com a peça de teatro Espanca – Eu não sou de ninguém e no Theatro Circo em Braga com os projetos musicais A Mascarada a partir da ópera L’Ivrogne Corrigé de C. W. Gluck no papel de Fúria II e Arquivo onde interpretou o célebre Lamento de Dido. Cantou Carmen, na ópera homónima de G. Bizet no Teatro Aveirense.
Fez parte do elenco de A 70ª Semana de João Pedro Oliveira, ópera audiovisual que estreou nos Festivais de Outono 22’. Leciona Canto na Academia de Música de Viatodos, desde 2019. CARLOS GUILHERME
Carlos Guilherme nasceu em Lourenço Marques, Moçambique. Estudou com John Labarge no Conservatório Regional do Algarve e foi cantor residente do Teatro Nacional de S.Carlos de 1980 a 1992. O seu repertório inclui 38 papéis principais em 76 óperas, recitais e concertos por todo o país sendo de realçar a sua colaboração com o Círculo Portuense de Ópera e a Fundação Calouste Gulbenkian. A partir de 1987 foi convidado a cantar noutros países tais como os Estados Unidos, Brasil, Moçambique, Bélgica, França e Israel. Gravou em CD “A Canção Portuguesa”, com Armando Vidal e está de momento a gravar um CD com árias de ópera acompanhado pela Orquestra do Norte. Além das principais orquestras portuguesas, colaborou com a O. de Câmara de Pádua, do Comunal de Bolonha, Filarmónica de Moscovo e Sinfónicas de Budapeste, de S.Francisco, de Israel de Pequim e de Shangai. Em Abril de 2001 estreou-se em Itália no Teatro Rossini. Voltou a Itália em 2005 para cantar nos Teatros Comunais de Ferrara e de Módena Em 2003 actuou em Coimbra com o tenor José Carreras. Melhorou a sua técnica vocal com Marimi del Pozo, Gino Becchi, Franco Campogalliano, Claude Thiolass e Regina Resnik. É detentor do prémio “Tomas Alcaide” e de 4 trofeus “Nova Gente”. NUNO DIAS
É licenciado em canto pela Universidade de Aveiro, na classe da Professora Isabel Alcobia. Foi Docente Assistente nesta Universidade no ano letivo 2013/14. Desenvolveu os seus estudos posteriormente com Alan Watt, Tom Krause e Michael Rhodes. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian para o projeto ENOA (European Network of Opera Academy). Fez parte da Academia de Ópera do Festival de Verbier onde trabalhou com Barbara Bonney, Claudio Desderi, Tomas Quastoff e Tim Caroll, tendo-se destacado com o Prémio Jovem Promessa Thierry Marmod.
Como solista, em Oratório, tem-se apresentado em concerto com diversas orquestras nacionais e internacionais, cantando obras de referência do repertório coral-sinfónico.
No campo da ópera interpretou, no Teatro Nacional de São Carlos, ao longo das últimas temporadas, diversos personagens do repertório lírico, abrangendo obras de compositores consagrados tal como G. Puccini, G. Donizetti, G. Rossini, G. Bizet, entre outros. Do seu repertório, noutros palcos nacionais e internacionais, fazem também parte compositores como G. Verdi, W. A. Mozart, F. Busoni, I. Stravinsky, B. Briten.
Da sua discografia, destaca-se o disco Canções Pagãs, inteiramente dedicado ao cancioneiro de Luiz Goes, trabalho esse com reconhecimento de Utilidade Cultural pelo Ministério da Cultura.
Foi cantor residente no Stadttheatre Bern, Suiça, durante a temporada 2014/15. CORO DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTE DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
O Coro do Departamento de Comunicação e Arte é composto pelos alunos da Licenciatura e do Mestrado em Música da Universidade de Aveiro.
Apresentou-se pela primeira vez em público no dia 14 de abril de 1998 e, desde então, participa regularmente nas atividades da Universidade e em concertos com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Para além das atuações em Aveiro apresentou-se ainda em Águeda, Alcobaça, Estarreja, Figueira da Foz, Guarda, Ílhavo, Lousã, Matosinhos, Oliveira do Bairro, Ourém, Ovar, Viseu, Lisboa e Porto, onde tem interpretado importantes obras do repertório coral-sinfónico, entre as quais se incluem “Magnificat”, “Cantata BWV 147” e “Paixão S.S. Mateus” (J. S. Bach), “Sinfonia Nº 9” e “Fantasia Coral” (Beethoven), “L’Enfance du Christ” (Berlioz), “Te Deum” (Bruckner), “Messias” (Häendel), “As Estações” e “A Criação” (Joseph Haydn), “Missa da Coroação, K.317” e “Missa em Dó menor, KV. 427” (W. A. Mozart), “Die Erste Walpurgisnacht, Op. 60” e “Salmo 42. Op.42” (Mendelsshon), “Gloria” (Poulenc), “Stabat Mater” (Rossini), “Missa de Glória” (G. Puccini), “Requiem” (Fauré), “Requiem Alemão” (Brahms), “Oratória de Natal” (Camille Saint-Saëns), “Missa para Coro Misto e Duplo Quinteto de Sopros” (Stravinski), a “Sinfonia Nº 4” (Joly Braga-Santos), a “Paixão Segundo S. Mateus” (J. S. Bach), “Os Planetas” (Holst) e a “2ª Sinfonia” (Mahler). ORQUESTRA DE CORDAS E DE SOPROS DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTE DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
As Orquestras de Cordas e Sopros do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro são constituídas pelos alunos instrumentistas dos cursos de Licenciatura e Mestrados em Música, incluindo-se nos planos curriculares dos respetivos cursos. Instituídas em 2005 com o objetivo de oferecer aos alunos formação em contexto de prática de conjunto, abordam repertório específico para sopros e cordas, juntando-se em momentos específicos durante o ano letivo para abordar também o grande repertório orquestral sinfónico e coral-sinfónico. Colaboram regularmente com o Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e com a Orquestra Filarmonia das Beiras, tendo-se apresentado em atuações não só na região de Aveiro, como na Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Ílhavo, Lagos, Lousã, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Peniche, Sever do Vouga e Porto. Desde 2008 participam anualmente nos Festivais de Outono de Aveiro, onde têm tido oportunidade de colaborar com solistas de craveira internacional, como Pedro Burmester, Paula Garcia del Valle e Elsa Silva (piano), Cristiana Oliveira, Maria Luísa de Freitas, Dora Rodrigues e Raquel Camarinha (canto), Nuno Soares, José Pereira e João Pedro Cunha (violino), Jutta Puchhammer-Sédillot, Alexandre Delgado e Pedro Meireles (viola), Marco Pereira (violoncelo), Joana Soares (oboé) ou Victor Pereira (clarinete). ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 31 músicos de cordas, sopros e percussão de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, sob a direção do maestro britânico Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, em 2020 apresentou o quarto filme, “Harry Potter e o Cálice de Fogo “, em 2022, a OFB apresentou o quinto filme desta saga, “Harry Potter e a Ordem da Fénix” e em 2023 interpretou o sexto filme da série, “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal. Tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov, Wojciech Garbowski, Alexandru Tomescu, Jack Liebeck, Eliot Lawson, Pedro Meireles e Ana Pereira, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Marco Pereira e Filipe Quaresma, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein, Jean Michel Garetti e Samuel Bastos, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili, Ana Telles, Ruben Michili Nicolas Bourdoncle e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho, Pedro Rodrigues e Paulo Soares, o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Dora Rodrigues, Cristiana Oliveira, Lara Martins, Ana Quintans, Luísa Freitas, Cátia Moreso, Patrícia Quinta, Paula Dória, Carlos Guilherme, Mário Alves, Pedro Rodrigues, André Lacerda, Rui Taveira, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo, Nuno Dias, Tiago Matos e Mário Redondo ou José Carreras, sendo que os dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’Almeida, sob a direção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Luís Figueiredo, Filipe Melo, Filipe Raposo, Cláudia Franco, Stacey Kent, Carlos do Carmo, Mariza, Camané, Carminho, Gisela João, Cristina Branco, Rita Guerra, Rui Veloso, Rui Reininho, Sofia Escobar, Fernando Fernandes (FF), Paulo de Carvalho, David Fonseca, Luís Represas, João Gil, Vitorino, Janita Salomé, Manuela Azevedo, Dulce Pontes, Nuno Guerreiro, Ana Lains, André Sardet, Aurea, Boss AC, Alessandro Safina, Nancy Vieira, Paulo Flores, Gilberto Gil, Ivan Lins, e com os grupos Danças Ocultas, Xutos & Pontapés, Jáfumega, Ala dos Namorados, James, Quarteto do Rio e Capitão Fausto.
Estrutura Financiada pelo Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes: