Orquestra do Atlântico

18 Dezembro, 2020 pelas 19h00 (sexta)
na Pavilhão Multiusos

Concerto live streaming em: www.musicadaprimavera.pt // Youtube // Facebook

Programa

JOAQUÍN RODRIGO (1901-1999)
Concierto Andaluz
I. Tiempo de Bolero
II. Adagio
III. Allegretto
Quarteto de guitarras: Pedro Rodrigues, Marco Pereira, Paula Sobral, André Cardoso

JOAQUÍN RODRIGO (1901-1999)
Fantasía para un gentilhombre
I. Villano y ricercar
II. Españoleta y fanfarria de la caballería de Nápoles
III. Danza de las hachas
IV. Canario
Solo: Dejan Ivanovich

JOAQUÍN RODRIGO (1901-1999)
Concierto de Aranjuez
I. Allegro con spirito
II. Adagio
III. Allegro gentile
Solo: Francisco Bernier

Ficha Artística

Orquestra do Atlântico
Direção : Cláudio Ferreira
Solistas (guitarra): Francisco Bernier, Dejan Ivanovich, André Cardoso, Marco Pereira, Paula Sobral e Pedro Rodrigues

Mecenas: Freguesia de Viseu & Quinta das Marias


Criada para a realização de Ópera e Oratória, a Orquestra do Atlântico é dirigida a partir de uma experiência artística feita no contexto nacional e internacional, através de múltiplas participações em produções standard e de novos compositores. Este background, qualifica-a para a abordagem de toda a música operática e sinfónica, do barroco à atualidade. Colaborou nas produções de: Rossini – Barbeiro de Sevilha, Henrique Silveira – Crepúsculo do Critico, Bizet – Carmen, Visitação à Ópera de Mozart, Tchaikovsky – Eugen Onegin, Verdi – Traviata, Saint-Saëns – Sanção e Dalila, Pucinni-Buterfly, Coros de Verdi, Antologia de Zarzuela e das Oratórias: Pergolesi – Stabat Mater, Mozart – Requiem, Brahms – Requiem Alemão, Haydn – A Criação, Jehnkins – Missa para a Paz, Verdi-Requiem, Visitação à Obra de Maurice Ravel, Saint-Saëns – Oratória de Natal, Dan Forrest – Jubilate DEO, Bach – Cantata de Natal, Mozart – Missa Brevis K220. No plano pedagógico, pressuposto fundamental da sua atividade, colabora na realização de conteúdos operáticos, sinfónicos e camerísticos, estabelecendo pontos com as diferentes áreas do conhecimento. Da sua programação prevista para 2020/2021, destaca-se a realização de Concertos e Ópera com a colaboração de prestigiados solistas, coros e maestros internacionais, integrando as produções de: Ópera na Academia e na Cidade, Ópera no Património, Ópera no Douro, Concertos Didático-Pedagógicos (Ópera na Escola), Ciclo de Requiem (Coimbra), bem como os principais Festivais Nacionais, Festival de Ópera de Pamplona e o Festival Internacional de Łańcut (Polónia).

Biografias

ANDRÉ CARDOSO
André Cardoso nasceu em 1980. Frequentou a Escola Secundária Alves Martins em Viseu no Curso Tecnológico de Artes e Ofícios. Ingressou no Curso de Educação Visual e Tecnológica que abandonou para se dedicar exclusivamente ao estudo da música. Frequentou o Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. Azeredo Perdigão, onde estudou Guitarra Clássica com os professores Paula Sobral e Christhopher Lyall. Mais tarde ingressou na Universidade de Aveiro, no Curso de Licenciatura em Ensino de Música, no instrumento específico de Guitarra Clássica. Teve como professores Josef Zshapka e Paulo Vaz de Carvalho. Na disciplina de Música de Câmara estudou com o professor António Chagas Rosa. Participou em masterclasses de guitarra clássica e música de câmara orientados por Christhopher Lyall, Timothy Walker, Olga Prats, Betho Davezac, Roberto Aussel, Carlo Marchione, Judicael Perroy, Tal Hurwitz, Yamandu Costa, Jérémy Jouve, Thibault Cauvin entre outros. Gravou para a RDP Antena 2 e Antena 1. Foi solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras. Tocou com a Orquestra Clássica do Centro e a Orquestra Aeminium. Realizou música de câmara com os mais variados instrumentos e formações destacando ‘Duo Lontano’ (2003-2010, duo de guitarras clássicas) e o Quarteto de Guitarras de Viseu (2012-). Dentro da música folk e world music tocou e participou em projetos como Quimera Quinteto (música de Astor Piazzolla), Toques do Caramulo (folk serrano, d’Orfeu), Contracorrente (‘música de intervenção’ do mundo), Tocar o Chão (músicas de Carlos Peninha), Terra da Fraternidade – ACERT (homenagem a Zeca Afonso), Isabel Silvestre e Cantares de Manhouce, entre outros grupos e músicos. Integrou ‘A Presença das Formigas’ (2009-) onde é intérprete e compositor. Grupo que ganhou o Prémio Zeca Afonso no Festival Cantar Abril em Almada (2009). No mesmo festival ganhou o Prémio Adriano Correia de Oliveira com ‘Contracorrente’ (2013, d’Orfeu). Participa como intérprete e músico convidado nos álbuns: ‘Ciclorama’ (2010) e ‘Pé de Vento’ (2014) de ‘A Presença das Formigas’; ‘Contracorrente’ – D’Orfeu (2013); ‘A Viagem do Elefante’ – ACERT (2014), com música do cantautor espanhol Luís Pastor e poesia de José Saramago e o grupo ‘A Cor da Língua ACERT’; ‘Mina’ (2016); ‘Tocar o Chão’ (2017); Sara Vidal (2018); Manuel Maio (2020). Participou ainda como músico e compositor nos espetáculos ‘Fil’Mus1’ e ‘Fil’Mus2’ (2010-2020, cinema musicado ao vivo, ACERT), ‘Crónicas de Inverno’ (2015, poesia), ‘O Banco do Tempo’ (2014, dança), ‘Lupend Vuur – Fogo Correndo’ (2019-2020, teatro – Holanda). Compôs com Manuel Maio, música para o vídeo coreográfico de Romulus Neagu, ‘Perpetuum’ (2016, dança). Começou a fazer teatro amador aos 14 anos. Foi cofundador do Projeto ‘AdHoc’ (1998) onde ganhou prémios com as obras originais ‘Se não fosse de cá, acharia tudo isto muito estranho’ (1999) e ‘Loucura, será isto loucura?’ (2000). Participou como ator e criador, na peça ‘Twister’ (2002) com a direção e textos de Jorge Fraga. Dirigiu vários projetos artísticos com comunidades e grupos de teatro amador principalmente no distrito de Viseu. Em 2007 cofundou a ‘Zunzum’ Associação Cultural e integrou o seu corpo artístico e diretivo até 2017. Foi fundador e diretor artístico do encontro artístico multidisciplinar ‘Outono Quente’ (2012-2017). Participou em dezenas de obras teatrais como narrador, encenador, ator, músico. Teve aulas de jazz com Luís Lapa. Toca guitarra portuguesa. Tem-se apresentado regularmente, por todo o país e estrangeiro, com diferentes projetos musicais e artísticos, nomeadamente em Espanha, França, Turquia, Roménia, Bulgária, Alemanha, Holanda, USA, Suíça. Fez parte do júri do Concurso Internacional de Guitarra Clássica no Festival de Música da Primavera de Viseu (2016-). Lecionou Expressão Musical e Guitarra Clássica em variadas Escolas e Academias, no Conservatório de Música de Águeda (2002-2004) e no Conservatório de Música da Guarda (2004-2006). Desde 2004, é docente de Guitarra Clássica no Conservatório Regional de Música Dr. Azeredo Perdigão em Viseu.

CLÁUDIO FERREIRA
Cláudio Ferreira iniciou os estudos musicais na Banda Bingre Canelense, prosseguindo a sua formação em trombone no Conservatório de Música de Aveiro e posteriormente na ARTAVE. Licenciou-se em Trombone e concluiu um Mestrado em Pedagogia do Instrumento, um Mestrado em Teoria e Formação Musical e um Mestrado em Direção pela Universidade de Aveiro com o maestro Ernst Schelle. No âmbito deste último Mestrado, sob orientação do maestro António Vassalo Lourenço, editou a obra Suite Africana de Frederico de Freitas, a publicar pela AvA Musical Editions.
Trabalhou com pedagogos e maestros, tais como António Saiote, Christopher Bochmann, Jean-Sábastien Béreau, Alberto Roque, Pascual Vilaplana e Jean-Marc Burfin e colaborou com diversas orquestras, nomeadamente a Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra do Algarve. Trabalhou ainda a sua técnica de direção de orquestra com o maestro Pedro Neves. Colaborou, como professor de naipe, com a Orquestra Clássica de Espinho.
Tem vindo a dirigir um número crescente de concertos em importantes locais e salas, sendo regularmente convidado para orientar estágios de orquestra. Apresentou-se em concerto com a distinta solista internacional Elisabete Matos, dirigindo Árias de Ópera de Verdi, Boito e Puccini. Dirigiu recentemente, como maestro convidado, a Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Artes Performativas da Jobra, a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra e Coro do Projeto Xiquitsi em Maputo – Moçambique, a Orquestra Clássica do Centro e, como maestro assistente, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.
Atualmente é o maestro responsável pelos estágios de orquestra que os municípios de Trancoso, Mêda, Moimenta da Beira, Aguiar da Beira e Vila Nova de Foz Côa organizam conjuntamente. Para a presente temporada tem já agendados 35 concertos com diferentes orquestras escolares e profissionais. É o maestro titular da Orquestra Juvenil de Viseu e docente no Conservatório Regional de Música, Dr. José de Azeredo Perdigão.

FRANCISCO BERNIER
Anos de trabalho levaram Bernier a apresentar-se em mais de 35 países por todo o mundo, em locais de prestígio como o Salle Cortot e o Teatro Mogador em Paris, o Salle Corum em Montpellier, o Grand Theatre em Bordeaux, o Oji Hall em Tóquio, o Kyoto Concert Hall, o Museu Hermitage de São Petersburgo, o Teatro Maestranza em Sevilha, o Teatro Comunale em Alexandria, o Merkin Hall em Nova York, o Salão da OEA (Organização dos Estados Americanos) em Washington DC e o Zellerbach Hall em São Francisco, para citar alguns.
Finalista no Concert Artist Guild of New York e vencedor de mais de vinte prémios internacionais, incluindo o concurso “Michele Pittaluga”, Francisco Bernier já se apresentou com diversas orquestras, como a Camerata de São Petersburgo, a Manchester Symphony Orchestra, a Mediterranean Symphonic Orchestra e a Berkeley Symphony of San Francisco, conduzida por Kent Nagano.
Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Superior de Música de Sevilha e mais tarde mudando-se para França para continuar os seus estudos musicais na École Normale “Alfred Cortot” em Paris, sob a direção do Maestro Alberto Ponce. Lá recebe o Diploma Superior de Execução e Executor de Concertos com distinção.
De 1998 a 2002, Francisco continuou a sua educação na Hochschule für Musik de Colónia (Alemanha), na Université du Québec em Montreal (Canadá) e no Conservatoire National Supérieur de Paris (França). Participou em masterclasses com Álvaro Pierri, Roland Dyens, Leo Brouwer, David Russel, José Tomas, Oscar Ghiglia e recebeu orientação de compositores, regentes de orquestra e músicos de outras disciplinas.
Em setembro de 2009, grava, no Canadá, com a Naxos Company. O seu interesse pela música contemporânea levou-o a manter contacto com grandes compositores da nossa época, como Luis de Pablo, José M. Sánchez Verdú, Cesar Camarero, José Manuel López, entre outros. É membro do Zahir Ensemble.
Em 2014, foi incluído na lista de artistas espanhóis que se apresentaram no exterior com a ajuda do Ministério de Relações Exteriores (AECID).
Atualmente, Francisco leciona no Conservatório Real de Música de Sevilha. É diretor artístico do Festival de Guitarra de Sevilha e diretor-geral da Contrastes Records (Londres).
No seu percurso, destacam-se os concertos nestes locais especiais: Teatro La Villette de Paris (França), Sala de Concertos de Kyoto (Japão), Sala de Concertos Merkin de Nova York (EUA), Teatro Hermitage em São Petersburgo (Rússia), Teatro Mogador de Paris (França), Teatro Maestranza de Sevilha (Espanha) ), Grand Theatre de Bordeaux (França), Zellerbach Hall em São Francisco (EUA), Sala de Concertos da Filarmônica Nacional da Ucrânia (Ucrânia), Maison de Radio France (França), Oji Hall de Tokio (Japão), Palau de la Música de Valence (Espanha), Legacy Hall da Columbus State University (EUA), Outremont Theatre (Canadá), Walter Hall de Toronto (Canadá).

Dejan Ivanović
O guitarrista croata Dejan Ivanović nasceu em Tuzla (Bósnia e Herzegovina), em 1976, iniciando os seus estudos de guitarra com 8 anos de idade. Estudou com Predrag Stanković e Vojislav Ivanović na Escola Primária e Secundária de Música, e com Darko Petrinjak na Academia de Música de Zagreb. Participou em masterclasses de John Duarte, Thomas Müller-Pering, Elliot Fisk, Costas Cotsiolis, Valter Dešpalj (violoncelo), Michael Steinkühler (viola da gamba) e Igor Lešnik (percussão). Foi orientado por Christopher Bochmann no Curso de Doutoramento da Universidade de Évora entre 2011 e 2014. A sua carreira profissional começou simultaneamente com o estudo superior (1994-1998). Atuou nalguns dos mais prestigiosos festivais de música como Festival de Spoleto (convidado pessoalmente pelo maestro Gian Carlo Menotti para o lugar de Artista Residente), Festival de Verão de Edimburgo, Festival de Costa de Estoril, Festival de Guitarra de Gevelsberg, Porto — Cidade Europeia da Cultura e Guitarra Viva (Croácia), entre outros. Atua também integrado em vários conjuntos de música de câmara: com flautista Vasco Gouveia, violoncelista Jed Barahal, guitarrista Masakazu Tokutake, soprano Ana Ester Neves, Quarteto de Cordas Lyra, etc. É o vencedor do 1.º Prémio e Prémio especial para Melhor Interpretação da Música Espanhola no 13.º Concurso Internacional de Guitarra Doña Infanta Cristina (Madrid, 1998); 1.º Prémio do 3.º Concurso Internacional da cidade de Sinaia (Roménia, 1998); 1.º Prémio do 17.º Certamen Internacional de Guitarra Andrés Segovia (Herradura, 2001); 1.º Prémio e Prémio do Público no 35.º Certamen Internacional de Guitarra Francisco Tárrega (Benicássim, 2001); 1.º Prémio do 4.º Concurso Internacional de Creta (Arhanes, 2005). É igualmente premiado nos concursos em Roma
(Itália) e Sernancelhe (Portugal). Colabora com várias orquestras como a Orquestra Real de Câmara de Wallonie (Bélgica), Orquestra de Benicássim (Espanha), Orquestra de Câmara da Eslováquia, Orquestra Sinfónica de Vojvodina (Sérvia), Orquestra Sinfónica das Beiras e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Os seus recitais na Europa, África, América do Norte, América do Sul e Ásia receberam uma forte aceitação por parte do público e da crítica. Revistas e jornais como Ritmo (Espanha), Bremer Umchau (Alemanha), Sunday Herald Times (Indiana-EUA), The Scotsman (Escócia), Slobodna Dalmacija (Croácia) e Oslobodjenje (BiH) publicaram críticas positivas sobre em relação às suas interpretações. A revista espanhola Ritmo descreve Dejan como (…) corajoso, sensível jovem artista com uma técnica supreendente e uma musicalidade e criatividade em cada nota e frase (…) (1998). Em Zagreb (Croácia), D. Komanov, escreve o seguinte sobre a arte de Ivanović:
[…] Interpretando um programa contrastante, enfatizado pela qualidade e peculiaridade de obras como Peças Líricas de Arregui e Sonatas de Bennett e Rózsa, Ivanović apresentou o concerto com um discurso interpretativo profundamente pessoal, pensativo e inspirado. No coração da sua abordagem, distinta por um tratamento do texto extraordinariamente claro e preciso, existe uma resolução de uma detalhada relação com a forma musical, onde as suas interpretações crescem e se desenvolvem pela perspicuidade da inteireza rica e complexa de cada obra. Articulando a tensão interior gerada pelo corpo musical, Ivanović nunca excede a margem invisível do externo ou do profano relativamente à dinâmica da expressão, mas sim, desvela uma paisagem delicada de introspeção para a perspetiva estabelecida do ouvinte. A paleta do som, bem como uma quase-perfeita qualidade geral de estrutura e imagem sonora em projeção, são caracterizadas pela acentuada expressão intimista — como um eco de rica herança alaudista. De alguma forma, isso foca a atenção para a plasticidade em relação à proximidade do enquadramento da singularidade estética de cada composição, dado que Ivanović sublinha elementos essenciais com o seu modo particular de comunicação, rico, sobretudo, em aspeto narrativo, mas igualmente claro e reflexivo. Por isso é que Rêverie op. 19 de Regondi brilhará com uma simplicidade espontânea e um certo charme de expressão baseada numa abordagem romântica visando a forma musical, Peças Líricas de Arregui serão marcadas pelo gesto de expansão livre de som que molda as suas camadas de relevo. A interpretação da Sonata de Bennett marcou o discurso de restrição, redução e de uma forte dinâmica interior com um extraordinário formato de som altamente preciso, que forneceu a receção total de uma obra tão complexa e tremendamente exigente na sua forma. Na Sonata de Rózsa foi interessante observar a transformação da retórica interpretativa do guitarrista, relacionada com a nitidez na separação do seu material.” (klasika.hr [Croácia], Janeiro de 2012)
A sua discografia a solo é constituída por CD Recital na Laureate Series da NAXOS (2002) com obras de Matilde Salvador, Anton García Abril, Frederic Mompou, Richard Rodney Bennett, Malcolm Arnold, Gordon McPherson e Francisco Tárrega, e por CD Mediterraneo (gravado em 2001, aguarda publicação) com obras de Boris Papandopulo, Vicente Asencio, Antonio José Martínez Palacios, Joaquín Rodrigo, Carlo Domeniconi e Mario Castelnuovo-Tedesco. Em 2013, gravou a obra Em Memória da Madrugada de Marina Pikoul para guitarra e orquestra com a Orquestra Clássica do Centro, sob a direção do maestro David Wyn Lloyd. Christopher Bochmann, Marina Pikoul, Tomislav Oliver, João Madureira, Jorge Pereira, Ricardo Abreu, Francisco Chaves e Carlos Gutkin são alguns dos compositores que dedicaram as suas obras para Dejan. Integra desde 2004, juntamente com o guitarrista grego Michalis Kontaxakis, o Duo de guitarras Kontaxakis-Ivanovich. O primeiro CD deste Duo, intitulado Les Deux Amis e gravado pelo produtor Hubert Kappel em Colónia (Alemanha), foi lançado em 2010 pela Editora KSG EXAUDIO. Em 2005 cria o Festival Internacional Guitarmania em Lisboa do qual é diretor artístico até 2010. É desde 2007, professor de guitarra no Departamento de Música da Universidade de Évora. É doutorado em Música/Interpretação desde Março de 2015 com o tema Colaboração Entre Compositor e Intérprete na Criação de Música para Guitarra: Estudo do Processo Editorial no Repertório de Inglaterra, Croácia e Portugal.

MARCO PEREIRA
Nasceu em 1988 na cidade de Lisboa onde iniciou os seus estudos musicais com o Professor Rogério Nunes. Mais tarde, já na cidade de Viseu aprofunda os seus estudos no Conservatório de Música na classe dos Professores Paula Sobral e André Cardoso. Posteriormente, prosseguiu a sua formação no Instituto Jean Piaget onde concluiu a Licenciatura em Música. Alcançou em 2013, o grau de Mestre sob a orientação do Doutor Augusto Pacheco e do Doutor António Mota.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento orientados pelos Professores Rafael Andia, Fábio Zanon, Roland Dyens, Paulo Vaz de Carvalho, Artur Caldeira, Elena Papandreou, Margarita Escarpa, Thibault Cauvin, Goran Krivokapic, Carlos Bonell, entre outros. Frequentou também workshops de Jazz com a cantora Jacinta. Em 2014, cursou com o Professor Luís Lapa Jazz e Improvisação. Marcou presença no 4.º a 8.º Encontro Nacional de Guitarristas. Esteve presente no Festival de Música “Tom de Festa” em Tondela. Igualmente como concertista, participou em vários outros eventos fazendo parceria com diversas instituições entre as quais a ARTENAVE, ZUNZUM, ADVB, LIONSCLUB. Foi músico convidado na comemoração do 30.º Aniversário do Instituto Piaget (2008). Tocou na 13.º Sessão Nacional do Parlamento Europeu dos Jovens, Euro-Concerto e no evento internacional World Harmony Run 2011. É membro da Orquestra “Guitarrofonia” com a qual tem realizado inúmeros concertos, a destacar o Concerto de encerramento do 13.º e 14.º Festival Internacional de Guitarra Clássica de Sernancelhe; Concerto em Salamanca no auditório Hospedería Fonseca; Festival da Guarda “O Elogio da Guitarra”; Concerto no CCB no Festival 1001 Músicos… com esta mesma orquestra tocou também em direto para a Antena 2. Tocou em direto para a TVI no programa Oitavo Dia.
Atualmente é docente no Conservatório de Música de Viseu (desde 2009). Foi professor na Escola Profissional da Serra da Estrela em Seia às disciplinas de Música de Câmara e Guitarra Clássica. Marca ainda presença e cruza a sua atividade com vários instrumentistas a destacar o trio de Guitarra, Piano e Canto, e o Quarteto de Guitarras de Viseu onde executa repertório eclético e exclusivo com vários arranjos e transcrições do próprio.

PAULA SOBRAL
Natural de Sernancelhe, Viseu, iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música de Viseu, onde estudou Guitarra com Luís Lapa e Christopher Lyall. Em 1994 iniciou o curso Licenciatura em Ensino da Música na Universidade de Aveiro, na área de Guitarra Clássica, sob a orientação de Paulo Vaz de Carvalho.
Posteriormente continuou o estudo do instrumento com o guitarrista Jozef Zsapka. Conjugou o estudo da guitarra com a atividade docente no Conservatório de Viseu. Participou em várias masterclass. Lecionou igualmente na Escola de Música do Colégio de S. José (Guarda) e no Conservatório de Seia. Atualmente leciona no Conservatório de Música de Viseu “Dr. José de Azeredo Perdigão”. Em 2007 concluiu o seu Mestrado em Música de Câmara na Universidade de Aveiro sob a orientação dos Professores Paulo Vaz de Carvalho, Helena Marinho, Fausto Neves e do guitarrista Odair Assad.
Desde 1999 até 2014, juntamente com José Carlos Sousa, foi diretora artística do Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica de Sernancelhe, evento pioneiro no país. Desde 2015 é diretora artística do Concurso Internacional de Guitarra de Viseu, concurso inserido no Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu
A sua atividade artística marca-se pela atuação em música de câmara com o duo de guitarras Concentus Duo, onde toca com Manuel Tavares desde o ano 2000. O duo apresentou-se em várias cidades do país, no Festival Ciclo de Guitarra Clássica de Oliveira do Bairro, Festival de Guitarra da Fundação António de Almeida, Festival Internacional de Sernancelhe, CCB, Festival Internacional Guitarmania (Almada e Lisboa) e Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso. Fora de Portugal marcou presença no Festival Internacional de Guitarra em Hondarribia, País Basco, “Guitarre-Essone” em Paris e Festival Internacional de Guitarra de Palencia, Espanha. É membro do Quarteto de Guitarras de Viseu com o qual tem percorrido várias salas do país em concertos e recitais.

PEDRO RODRIGUES
Vencedor do Artists International Auditions (Nova Iorque), Concorso Sor (Roma), Prémio Jovens Músicos e premiado nos concursos de Salieri-Zinetti, Paris, Montélimar, Valencia, Sernancelhe entre outros, Pedro Rodrigues iniciou o seu percurso musical aos 5 anos de idade, tendo estudado com José Mesquita Lopes na Escola de Música do Orfeão de Leiria onde terminou os estudos com a classificação máxima como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Posteriormente estuda com Alberto Ponce na École Normale de Musique de Paris onde recebe os Diplomas Superiores de Concertista em Música de Câmara e Guitarra, este último com a classificação máxima, unanimidade e felicitações do júri.
Participou em masterclasses com David Russell, Leo Brouwer, Joaquín Clerch e Darko Petrinjiak.
Sob a orientação de Paulo Vaz de Carvalho e Alberto Ponce concluiu em 2011 o Doutoramento na Universidade de Aveiro como bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Apresentou-se a solo em salas reconhecidas internacionalmente como o Weill Hall do Carnegie Hall de Nova Iorque, a Salle Cortot de Paris, National Concert Hall de Taipei, Ateneo de Madrid, Sala Manuel de Falla de Madrid, Endler Hall de Cape Town, India International Centre de New Delhi, Sala Raúl Juliá de San Juan, Centro Cultural de Belém, Casa da Música, o Grande Auditório da Fundação Gulbenkian e os festivais de Mikulov, Paris, Santo Tirso, Música Viva, Sernancelhe, Caruso Festival, Miguel Llobet, Forfest Kromeriz, Vital Medeiros entre outros. Estreou mais de 60 obras dos mais importantes compositores portugueses como João Pedro Oliveira, Cândido Lima, Isabel Soveral, Sara Carvalho, Sérgio Azevedo, José Luís Ferreira, António Sousa Dias, Carlos Caires entre outros. Muitas destas obras foram-lhe dedicadas.
Fez gravações para RTP, RDP, RTM, SABC, Cesky Rozhlas, WIPR e gravou discos com as editoras Numérica, Nuova Venezia, Portugaler, Slovartmusic e JNS Music e foi solista com a Orquestra Gulbenkian, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras entre outras. É igualmente convidado com regularidade para lecionar masterclasses em conservatórios e universidades na Europa, América do Norte e Sul, África e Ásia. As suas transcrições e edições estão editadas pela Mel Bay Publications, AVA Editions e Notação XXI. Como investigador, proferiu conferências em Inglaterra, Brasil e Portugal dedicadas às temáticas da transcrição, música contemporânea e educação. Recentemente criou e apresentou o programa “Seis Cordas Para Um País” transmitido na Antena 2. Presentemente é Investigador Integrado do INET-md e Professor Auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.

O concerto