Coro e Orquestra XXI
27 Abril, 2017 pelas 21h00 (quinta-feira)
na Sé de Viseu
Entrada gratuita
Programa
J. S. Bach (1685-1750)
Paixão Segundo São João
Biografias
ORQUESTRA XXI
Estabelecida em 2013, a Orquestra XXI é um projeto que reúne perto de uma centena de jovens músicos portugueses residentes no estrangeiro com o duplo objetivo de manter uma forte ligação entre estes jovens e o seu país de origem e de levar momentos musicais de excelência a um público o mais diversificado possível. Desde a sua estreia em Setembro de 2013, a orquestra tem-se apresentado regularmente nos mais prestigiados palcos nacionais, como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa da Música e o Centro Cultural de Belém, mas também em locais mais improváveis como os Mosteiros de Tibães e da Batalha, conquistando o público português e a crítica especializada.
Característica da Orquestra XXI é a pluralidade de experiências dos seus elementos, espalhados por cidades como Londres, Paris, Berlim, Zurique, Perm, Madrid e Amesterdão, alguns desenvolvendo a sua atividade profissional em organismos como a Orquestra Sinfónica de Londres, Orquestra Nacional de França e Ópera de Zurique, ou estudando em escolas como a Hoschule für Musik Hanns Eisler ou a Royal Academy of Music. Reunindo-se em Portugal para trabalhar e apresentar uma média de três programas por ano – em salas privilegiadas dos grandes centros urbanos e em localidades com atividade cultural menos regular – a Orquestra XXI acolhe em estágio, durante as suas residências, um grupo de jovens estudantes dos conservatórios e escolas de música nacionais, oferecendo-lhes a oportunidade de trabalhar no contexto de uma orquestra profissional com um elevado nível de exigência, e proporcionando-lhes a integração de uma rede de contatos que lhes permitirá manter-se mais informados sobre possibilidades relativas ao seu desenvolvimento.
No início do seu quarto ano de atividade, o projeto passou a contemplar também a criação de um Coro, que se estreou no Sonho de Uma Noite de Verão de Mendelssohn, apresentando-se agora com a Paixão Segundo S. João de Bach.
Foi esta ideia, de criar uma plataforma que promova oportunidades para que os músicos que têm saído de Portugal possam partilhar as suas experiências com o seu país de origem, que mereceu à Orquestra XXI o 1.º Prémio no concurso de empreendedorismo social “Ideias de Origem Portuguesa”, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da iniciativa FAZ realizada em parceria com a Cotec Portugal, bem como o Alto Patrocínio da Presidência da República.
fervorosa do público.
DINIS SOUSA
Dinis Sousa vive atualmente em Londres e é fundador e diretor artístico da Orquestra XXI, com a qual se apresenta regularmente em Portugal. A orquestra tem aparecido nas temporadas da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música e Centro Cultural de Belém, recolhendo grandes elogios da crítica especializada. Dinis Sousa tem trabalhado orquestras como a Southbank Sinfonia, Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Sinfónica de Londres, que recentemente o convidou para substituir o maestro Daniel Harding na preparação da 7.ª Sinfonia de Sibelius. Com a Orquestra XXI, tem feito regularmente a abertura da Temporada Gulbenkian Música e apareceu nos “Dias da Música em Belém”, num concerto filmado para a RTP. Tem trabalhado com o maestro Sir John Eliot Gardiner, enquanto seu assistente em projetos com a Orquestra Sinfónica de Londres, a Orquestra Filarmónica de Berlim, a Orchestre Révolutionnaire et Romantique e o Monteverdi Choir, tendo recentemente tido a oportunidade de dirigir este coro nos BBC Proms, juntamente com Gardiner. Dinis estudou na Guildhall School of Music and Drama, onde exerceu a Fellowship em Direção de Orquestra. Dirigiu vários agrupamentos, tendo preparado a Guildhall Symphony Orchestra para o maestro Bernard Haitink, dirigido a Paixão Segundo S. João, de Bach, no Milton Court Concert Hall e uma encenação de “Down by the Greenwood Side” de Birtwistle no Silk Street Theatre. A 10 de Junho de 2015, foi condecorado pelo Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique.
CÁTIA MORESO
Aclamada pela crítica como “impagável” e pelo seu “registo grave refinado e bronzeado, e seus agudos potentes e ressonantes” a mezzo-soprano portuguesa Cátia Moreso tem como planos futuros de 2017/18 apresentar-se em: “Elias” de Mendelssohn em Londres, “Paixão Segundo São João” de Bach com a Orquestra XXI, “Amor Brujo” de Falla com a Camerata Atlântica, Tulipa em “O Rapaz de Bronze” de Nuno Côrte-Real, Mother em “The Monster in the Maze” de Johnathan Dove na Gulbenkian, “Nona Sinfonia” com a Orquestra Clássica do Sul.
Cátia Moreso estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, onde obteve a licenciatura em canto e o grau de Mestre (Curso de Ópera). Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e do Lionel Anthony Charitable Trust, estudou no National Opera Studio com Susan Waters. Venceu o 2.º Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa e recebeu também o Prémio Bocage no Concurso Luísa Todi e o 1.º Prémio no Concurso de Canto José Augusto Alegria. Em 2013 ganhou o prémio Aria Friends Bursary do Wexford Opera Festival.
O seu repertório de ópera inclui, entre outros, os seguintes papéis: Jocasta em “Oedipus Rex”, Suzuki em “Madame Butterfly” e La baronesa em “Lidane e Dalmiro” (TNSC), Ježibaba e 3ª Ninfa em “Rusalka” em Valladolid, Mother Goose em “The Rake’s Progress” de Stravinsky, Tisbe em “La Cenerentola” de Rossini, Eva em “Comedie on the Bridge”, Clotilde em “Norma”, 2.ª Bruxa e Espírito, em “Dido e Eneias” (TNSC), Maddalena e Giovanna em “Rigoletto” de Verdi, Eboli em “Don Carlo” de Verdi e La cieca em “La Gioconda” de Ponchielli (Valladolid, Espanha), Giano em “Il Trionfo d’Amore”, Dianora e Elisa em “La Spinalba” de F. A. de Almeida; Hanna Wilson/Tracy, em “The Losers” de Richard Wargo, 3.ª Dama, em “A Flauta Mágica” (Festival de Wexford); Baronesa, em “Chérubin” de Massenet; Elisa e Dianora em “La Spinalba” de F. A. de Almeida; Madame de Croissy e cover de Mère Jeanne, em “Dialogues des Carmélites”; Zanetto, na ópera homónima de Mascagni (Opera Holland Park), Carmella, em “La vida breve de Falla” (Festival de Tanglewood); Marcellina, em “Le Nozze di Figaro” (Fundação Calouste Gulbenkian), Carmen, Santuzza em Cavalleria Rusticana de Mascagni e Mrs. Quickly em “Falstaff” (Woodhouse, Londres)
Em concerto foi solista em Te Deum de Marcos Portugal, Messias e Te Deum de Händel, Te Deum de Zelenka (Fundação Calouste Gulbenkian), 9.ª Sinfonia de Beethoven, Oratória de Ascensão: Lobet Gott in seinen Reichende Bach, Requiem de Verdi (Clonter Opera), Duruflé e Mozart’, Nelson Mass de Haydn, Gloria e Magnificat de Vivaldi, Stabat Mater e Magnificat de Pergolesi, Magnificat, Christmas Oratorio e Oratória de Páscoa de Bach. Sta-bat Mater e Petite Messe Solennelle de Rossini, Mass No. 3 (Gulbenkian e Philipe Herreweghe) e Te Deum de Bruckner, 2nd harlot Solomon de Händel (Gulbenkian Foun-dation, Lisbon), St. Paul de Mendelssohn, Requiem de Bomtempo.
No domínio da música contemporânea, cantou as Folksongs de L. Berio, Mezzo em Lady Sarashina de Peter Eötvos, Aventures de G. Ligeti e foi solista na estreia de Cicero Dixit de C. Bochmann.
HUGO OLIVEIRA
Hugo Oliveira foi membro do Estúdio de Opera do Porto, tendo participado em produções como “Joaz” (Jojada) de Benedetto Marcello com Richard Gwilt e “Frankenstein!” de Heinz-Karl Gruber dirigido por Pierre-Andre Valade.
Inserido na prestigiada série de ópera do “Concertgebouw – Zaterdagmatinée” interpretou La Wally de Catalani (Pedone) sob a direção de Giuliano Carella e Lohengrin de Wagner (Dritte Edler), com Jaap van Zweden. No Festival de Aix-en-Provence, Hugo Oliveira foi o protagonista da ópera “Un Retour de Oscar Strasnoy”. Interpretou também “As Bodas de Figaro” (Figaro) com Young-min Park, “Paint me” de Luís Tinoco dirigido por Joana Carneiro, “L’enfant et les Sortilèges” (Fauteuil) com Wayne Marshall, “Dido and Eneas” de Purcell, “Rappresentatione di Anima et di Corpo de Cavalieri” com AKAMUS (Rene Jacobs) na Staatsoper Berlin, “Orfeo de Monteverdi” (Plutone) com o Divino Sospiro (Enrico Onofri) e, como Caronte, com “Akadêmia” (Françoise Lasserre) em Delhi e Paris.
O seu vasto reportório estende-se à Oratória, destacando-se obras como o “Requiem de Mozart” (Michel Corboz), o “Requiem” de Brahms (Marcus Creed), “Pulcinella” de Igor Stravinsky (Martin Andrè), “Cantatas” de J. S. Bach com a Orquestra Gulbenkian (Ton Koopman), “Paixão Segundo S. João” de Bach com a Orquestra do Século XVIII (Franz Bruggen) e a “Missa em dó menor” de Mozart com ONLP (França) e sob a batuta do maestro Sascha Goetzel. Hugo Oliveira cooperou também com Jordi Saval (“Les Concert des Nations”), Jos van Veldhoven (“Nederlands Bach Society”), Paul Dombrecht (“Il Fondamento”).
JOÃO TERLEIRA
João Terleira iniciou os seus estudos na Academia de Música de Viana do Castelo. É licenciado em Canto pela Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) do Porto sob a orientação de Rui Taveira.
Apresenta-se regularmente em território nacional e estrangeiro nas mais diversas salas de concerto abrangendo repertório que inclui recitais de canção, canção sinfónica e oratória.
Em Ópera, cantou os principais papéis em “Dido & Aeneias” (H.Purcell), “Cosi fan Tutte”, “Die Zauberflöte”, “D.Giovanni” (W. A. Mozart), “Rita” (G. Donizetti), “Frühlings Erwachen” (B. Mernier) e “Il Viaggio a Reims” (G. Rossini) além de ter participado na estreia de “Mumadona” de C. Azevedo, produção exclusiva de Guimarães – Capital Europeia da Cultura 2012.
Participou em gravações para a RDP – Antena 2 em 2008 e 2013 e gravou para o festival “EUROCLASSICAL Online Festival” interpretando o ciclo “Winter Words” de Benjamin Britten.
Ganhou o 4.º prémio no “4.º Concurso Nacional de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa”.
É bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia no projeto “Tecnologia de Apoio em tempo-real ao Canto”.
Terminou o Mestrado em Interpretação Artística na ESMAE com a dissertação “Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto – Relação entre parâmetros precetivos da voz cantada com fenómenos acústicos objetivos” sob a orientação de Rui Taveira e Sofia Lourenço. Entre 2013 e 2015 foi membro do estúdio de Ópera da Flandres, sediado em Gent (Bélgica).
RAQUEL CAMARINHA
Após a sua formação em Portugal, Raquel Camarinha obtém em 2011 o Mestrado de Canto no Conservatoire National Supérieur de Musique et Danse de Paris, e em 2013 os Diplômes d’Artiste Interprète «Canto» e «Reportório Contemporâneo e Criação».
Em 2017, Raquel Camarinha foi nomeada na categoria Revelação Lírica nas Victoires de la Musique Classique, em França. Outros prémios incluem o 1.º prémio do Concurso de Canto Barroco de Froville em 2013, 1.º prémio no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, Best Female Interpreter Award, na Armel Opera Competition, Hungria, PJM 2007 e o 2.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa.
Em palco, Raquel Camarinha encarna variados papéis e é especialmente considerada pela crítica nas suas interpretações de Mozart (Pamina, Susanna, Zerlina) e Haendel (Morgana, Bellezza). Podemos ouvi-la nos maiores teatros franceses (Chatelet, Chorégies d’Orange, Opéra Comique, Philharmonie de Paris) e europeus (Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Suíça).
Desenvolve igualmente um grande interesse pelo reportório mais recente, tendo estreado obras de vários compositores, nomeadamente duas óperas de Luís Tinoco, “La Passion de Simone” de K. Saariaho, e “Giordano Bruno” de F. Filidei.
Encontramo-la frequentemente na televisão e rádio francesas e portuguesas. Em 2014, France Musique consacra-lhe uma emissão no programa “Génération Jeunes Interprètes” de Gaelle Le Gallic.
Esta temporada, Raquel Camarinha integrará a programação de vários teatros em Roma, Paris, Lisboa e Palma de Maiorca, entre outros. Ela será Justine/Juliette em “La Passion selon Sade” de S. Bussotti e participará nos prestígiosos festivais L’Hermitage e La Roque d’Anthéron.