
João Diogo Leitão
03 Dezembro, 2020 pelas 21h00 (quinta)
no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viseu
Concerto live streaming em: www.musicadaprimavera.pt // Youtube // Facebook
Programa
JOÃO DIOGO LEITÃO
“Por onde fica a Primavera” em quatro atos
Ficha Artística
João Diogo Leitão – Viola Braguesa
“um dia parti à boleia pela europa com uma mochila às costas e uma viola braguesa na mão. foi ela minha companheira, confidente, ganha pão, ganha abrigos, chave para tantos sorrisos e moeda de troca para tanta bondade.
juntos cantámos zecas por ruelas e praças.depois comecei a esconder a minha voz e a deixar a braguesa num tímidio solilóquio.
as primeiras músicas surgiram ainda pela estrada fora. voltei a casa, à casa. e a música surgia-me no corpo, inquieta e urgente. aos poucos tentei-a domesticar. deu os seus primeiros passos. o primeiro impacto cataclísmico e as réplicas que se seguiram foram interrompidas por nova partida.
um abandono prematuro, que apenas tornou mais urgente e necessária a procura de um universo poético.
tudo se materializou no álbum ‘por onde fica a primavera’. obra em dois cantos, quais herdeiros, a braguesa e eu, de uma tradição ancestral, que nos chega não pela oralidade, essa há muito interrompida, mas por um fluxo imaginativo contínuo que desaguou nos nossos corpos.”
JOÃO DIOGO LEITÃO
João Diogo Leitão tem um percurso musical intimamente ligado à guitarra clássica enquanto intérprete. Tendo feito a sua formação superior na Universidade de Évora e, posteriormente, no Conservatório Real de Haia nas classes dos professores Dejan Ivanovic e Zoran Dukic, respetivamente, assumiu se desde cedo como um dos talentos da suageração, tendo sido premiado e distinguido em vários concursos, destacando se, especialmente, o 1.º lugar no “Prémio Jovens Músicos”, Nível Superior . Sucederam se concertos enquanto solista com a Orquestra do Norte, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Clássica da Madeira e Orquestra Gulbenkian sob a direção dos maestros José Ferreira Lobo, Pedro Neves, Pedro Amaral, Cesário Costa e Pedro Carneiro e apresentações nas mais importantes salas portuguesas como o Coliseu do Porto, Teatro Rivoli, Casa da Música, Centro Cultural de Belém ou Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian A descoberta da viola braguesa um dos muitos cordofones tradicionais portuguesas –, o fascínio pelas suas características tímbricas e o potencial inexplorado deste instrumento desencadearam uma metamorfose. Despoletaram uma urgência poética que o levou a investigar e compor música para esta viola que surge do natural encontro entre os mundos da música erudita e música tradicional portuguesa, inovando na abordagem técnica e estética, criando um repertório próprio para este cordofone. O primeiro registo foi feito em Serpa, no Musibéria e editado em álbum pela ‘Respirar de Ouvido’, em 2020.