16 Abril 2016: Grupo Arsis

19h00 – Igreja do Seminário Maior de Viseu.

Programa

I Parte
Estêvão Lopes Morago (1575-1630)
Oculi mei
Montes Israel
Domine, ne memineris
De profundis

Duarte Lobo (1564/65?-1646)
Pater peccavi

Estêvão Lopes Morago (1575-1630)
Jesu Redemptor II

II Parte
Josef Gabriel Rheinberger (1839-1901)
Messe in Es op.109, “Cantus Missae”
Kyrie
Gloria
Credo
Sanctus
Benedictus
Agnus Dei

Ficha Técnica

Maestro: Paulo Brandão

Biografias

GRUPO ARSIS
O Grupo Vocal Arsis foi constituído em 1978 pelo Maestro Francisco d’Orey e alguns membros do Coro da Universidade de Lisboa, sendo dirigido pelo Maestro Paulo Brandão desde 1989. Membro da Associação de Coros da Área de Lisboa (ACAL) e, desde 1988, da Fédération Européenne des Jeunesses Chorales (atualmente designada como European Chorai Association — Europa Cantat).
O Grupo Vocal Arsis interpreta um largo espetro de repertório vocal, que engloba música de autores portugueses e estrangeiros desde o período medieval até à contemporaneidade. Fazem parte do seu repertório Claudio Monteverdi, Estêvão Lopes Morago, Cristóbal de Morales, Diogo Dias Meigas, D. Pedro de Cristo, Francisco Guerrero, os românticos ingleses e alemães, Fernando Lopes Graça, Eurico Carrapatoso, entre muitos outros. As últimas temporadas foram marcadas por vários concertos integrados em eventos organizados por terceiras entidades e também pela preparação e apresentação de projetos promovidos pelo próprio coro, de que se destacam:
– Representações musicais em Lisboa, integradas na XVII Exposição de Arte, Ciência e Cultura, em 1983, subordinadas ao tema Os Descobrimentos;
– Mar, espetáculo de música e dança, apresentado no Festival de Música da Costa do Estoril, em 1985;
– Romantismo – cantar a dois, de 1987, projeto executado em conjunto com o Coral Públia Hortênsia, para a apresentação na Basílica da Estrela, em Lisboa, de um concerto a capella para dois coros com obras de Mendelssohn e Brahms;
– Apresentação em concerto no Convento do Beato, em 1990, de duas Contatas de Johann Sebastian Bach, num trabalho realizado com o Coral Públia Hortênsia e a Orquestra Juvenil da Fundação dos Amigos das Crianças, e, ainda, a presença num concerto da Temporada de Música em São Roque;
– Participação, em atelier e concertos, no XI Europa Contat em 1991, realizado em Victoria-Gasteiz (Espanha);
– Representação de Portugal na 16th Zimriya, Assembleia Mundial de Coros, que teve lugar em 1992 em Jerusalém, Israel, onde se realizaram dois concertos;
– Apresentação, em 1993, de um concerto no 199 Festival de Música da Costa do Estoril e a participação, no mesmo ano, no IX Festival de Coros de Faro, cujos programas incluíram, entre outras obras, o moteto Jesu, meine Freude (BWV 227), de Johann Sebastian Bach;
– Participação no XII Europa Cantat realizado em Herning, Dinamarca, em 1994, onde foi apresentada em 12 audição a obra Responsos da lápide, de Eurico Carrapatoso;
– Apresentação de dois concertos no âmbito da iniciativa Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura;
– Participação, em 1995, no ciclo Concertos Conferência, promovido pela RDP-Antena 2, com a realização e gravação de um concerto, em Coimbra, subordinado ao tema Motete, Madrigal, Vilancico;
– Participação no XIII Maig Coral dei Barcelonès, em Barcelona, Espanha, em 1996;
– Participação no XII! Europa Cantat realizado em Linz, Áustria, em 1997;
– Apresentação de concerto na Exposição Mundial de 1998, realizada em Lisboa;
– Participação no XIV Europa Cantat realizado em Nevers, França, em 2000;
– Participação na Semana Coral Internacional em Gent, Bélgica, em 2001;
-Participação nas comemorações do centenário do compositor Liechtensteinense Josef Gabriel Rheinberger (Vaduz, 1839 – München, 1901), em 2001, tendo promovido vários concertos em igrejas e museus e no Festival de Órgão de Lisboa;
– Participação na Semana Coral Internacional em Tarragona, Espanha, em 2002;
– Participação no XV Europa Cantat realizado em Barcelona, Espanha, em 2003;
– Ibéria – Encontro de Culturas, projeto de 2004 no âmbito das comemorações dos 856 anos de Lisboa Cidade Portuguesa;
– Dois Maestros e um Coro, concerto realizado na Basílica dos Mártires, em Lisboa, que visou recuperar algo da história do coro, numa parceria entre o seu Maestro fundador e o Maestro atual;
– Te Deum, de Michel Richard Delalande (1657-1726), integrada no Ciclo Temporada de Música em São Roque 2004;
– Participação na Semana Coral Internacional em Tarragona, Espanha, em 2005;
– Amor e Perdições, um projeto concebido, em 2007, para o Museu Grão Vasco, em Viseu, inspirado na figura de Camilo Castelo Branco;
– Música na Biblioteca 2009, Música na Biblioteca 2010 e Música na Biblioteca 2011, programas de iniciativa conjunta com a Biblioteca Nacional de Portugal, Teatro Nacional de São Carlos e Companhia Nacional de Bailado;
– Participação nas 47 Jornadas Internacionais de Cant Coral realizadas em Barcelona, Espanha, em Julho de 2012, durante as quais efectuou dois concertos e participou na apresentação no Palau de la Música Catalana da obra Requiem em Ré menor (K 626), de Wolfgang Amadeus Mozart, sob a direção do maestro alemão Matthias Hanke.

PAULO BRANDÃO
Nasceu em Lisboa, em 1950. Filho do violoncelista e compositor José Domingos Brandão, iniciou os estudos musicais aos quatro anos na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Em 1965, frequentou a Academia de Amadores de Música e no ano seguinte o Conservatório Nacional, onde se diplomou em Trompa com Adácio Pestana e em Composição com Artur Santos, Elisa Lamas, Constança Capdeville e Álvaro Salazar.
A partir de 1974 surgem as suas primeiras composições. Frequentou em 1975 o Seminário de Composição para a Nova Música, em Darmstadt. No ano seguinte ingressou no Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. A convite da Fundação Calouste Gulbenkian participou em 1983 no Curso Internacional de Dança para Coreógrafos e Compositores Profissionais, em Surrey.
Na área da direção coral iniciou os seus estudos com Francisco d’Orey e Fernando Eldoro. Participou nos cursos organizados pela Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM), com os professores Heinz Henning, do Knabenchor Hannover, e com os maestros Michel Corboz e Vassily Arnaudov. Em 1980, frequentou o Seminário Internacional para Directores Corais, em Albena, onde trabalhou com Gunther Toring e Anton Rubev. Em 1982, participou no curso Voz Atual, com o maestro Bernard van Beurden.
Em 1978, a sua peça Colecvisufonia I foi selecionada pela Sociedade Internacional de Música Contemporânea para o festival Dias Mundiais da Música, em Helsínquia. Iguais distinções para o mesmo festival com as peças Estigma, em 1986, em Budapeste e Acqueous Fire, em 1989, em Amesterdão.
Incluem-se no seu catálogo partituras para teatro, cinema e bailado. Na sua colaboração em encenações de Luís Miguel Cintra, compôs as partituras para as obras pessoanas Fausto, apresentada no Centro George Pompidou, em Paris e La Mort du Prince, apresentada no Festival de Avignon. Em Janeiro de 1993 foi-lhe atribuído o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro para a melhor música para teatro, referente ao ano de 1992, pela banda sonora das peças Os Cavaleiros da Távola Redonda e Onde está a Música, ambas produções do Teatro da Malaposta.
No cinema a sua atividade iniciou-se em 1977, tendo composto para filmes de Solveig Nordlund (Nem pássaro nem peixe, E não se pode exterminá-lo? Dina e Django), Jorge Silva Melo (Passagem ou a meio caminho), João Matos Silva (Antes a sorte que tal morte), Eduardo Geada (Saudades para Dona Genciana) e Paulo Rocha (A ilha de Moraes, A ilha dos amores), entre outros.
Foi professor da Classe de Coro do Conservatório Nacional e é diretor artístico do Coral Públia Hortênsia desde 1973 e do Grupo Vocal Arsis desde 1989. É membro da Scholla Cantorurn Solemnis desde 2002 e professor de direção polifónica nas Semanas Gregorianas que se realizam anualmente por iniciativa do Instituto Ward, tendo participado noutros cursos de direção coral organizados por instituições interessadas nessa área.

O concerto

Mais fotografias na nossa página do facebook, aqui.