Orquestra Filarmónica Portuguesa com Eldbjørg Hemsing
13 Abril, 2019 pelas 21h00 (sábado)
no Pavilhão Multiusos
Entrada: 5€
Programa
HJALMAR BORGSTRÖM (1864-1925)
Concerto para violino em Sol Maior, Op. 25
I. Allegro moderato
II. Adagio
III. Allegro con spirito
Sinfonia n° 5 em ré menor, Op. 47
I. Moderato — Allegro non troppo
II. Allegretto
III. Largo
IV. Allegro non troppo
Ficha Artística
Orquestra Filarmónica Portuguesa
Osvaldo Ferreira – Direção
Eldbjørg Hemsing – Violino
Mecenas: Freguesia de Viseu
Fundada em maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portuguesa integra um conjunto de músicos de elevados padrões técnicos e artísticos. Os músicos são artistas premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra de Jovens da União Europeia (EUYO) e de outras orquestras de jovens internacionais e ainda músicos estrangeiros residentes em Portugal que se juntaram neste projeto para criarem uma orquestra que se estabeleça como uma referência e símbolo de qualidade, atuando em todo o território nacional.
A orquestra produz concertos sinfónicos, ópera e irá criar conexões com outros géneros artísticos numa procura constante de desenvolver eventos e espetáculos criativos e singulares.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa teve a sua estreia no dia 7 de maio de 2016 no Europarque, tendo ainda atuado no Centro Cultural do Arade, no Algarve e no Festival Cistermúsica de Alcobaça (ainda com a designação de Orquestra Euro-Atlântica). A reação do público, críticos especializados e músicos de todo o país, foi unânime e elegeu este projeto como um dos mais importantes dos últimos anos no nosso país, pela sua qualidade e originalidade.
A Orquestra Filarmónica Portuguesa é um projeto de dimensão nacional sob a Direção Artística do Maestro Osvaldo Ferreira, um dos mais representativos maestros nacionais da atualidade.
Biografias
OSVALDO FERREIRA
Osvaldo Ferreira, na qualidade de diretor convidado, apresentou-se em 2017/2018 com a Orquestra Filarmónica de S. Petersburgo, Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Gulbenkian em Lisboa, Orquestra Filarmónica de Qingdao na China, Orquestra Sinfónica de Nuremberg, Orquestra Sinfónica da Venezuela (onde gravará novo CD) e com a Orquestra do Estado Russo em Moscovo, entre outras. Irá ainda ministrar masterclasses de direção de orquestra no Conservatório de S. Petersburgo, no Conservatório do Luxemburgo e no Conservatório de Música de Castelo Branco.
Osvaldo Ferreira, é atualmente o Diretor Artístico da Orquestra Filarmónica Portuguesa e da Sociedade de Concertos de Brasília. Foi diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica do Paraná de 2011 a 2014 e diretor da Oficina de Música de Curitiba.
Em Portugal, foi diretor artístico da Orquestra do Algarve, diretor artístico do Festival Internacional de Música do Algarve, diretor e administrador do Teatro Municipal do Faro. Gravou vários CD’s com obras de autores portugueses para a Editora Numérica e um CD duplo com Sinfonias de Mozart. Com a Orquestra do Algarve, apresentou-se em Viena, Bruxelas, Lisboa, Sevilha, Porto, Curitiba e Londres.
Da sua vasta carreira destaca-se o trabalho à frente de importantes orquestras, tais como, Orquestra Filarmónica de S. Petersburgo, Orquestra Sinfónica de Roma, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Brasileira, Orquestra de Praga, Orquestra Filarmónica de Lodz, Orquestra Filarmónica da Silesia, Orquestra Sinfónica de Nuremberga, Orquestra Filarmónica da Radio Renana, Orquestra Nacional do Porto, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Mozarteum de S. Petersburgo, Orquestra do Teatro Nacional S. Carlos em Lisboa, Orquestra do Teatro Olimpico de Vicenza, Orquestra da Extremadura de Espanha, Orquestra da Catalunha, North Shore Orchestra em Chicago, Orquestra do Festival de Aspen nos Estados Unidos e ainda a Orquestra Nacional da Venezuela.
Realizou o Mestrado em direção de orquestra em Chicago e pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Foi laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival nos EUA, onde frequentou a American Conductors Academy. Foi assistente de Claudio Abbado em Salzburgo e Berlin. Estudou ainda com Jorma Panula e David Zinman. Foi bolseiro do Ministério da Cultura de Portugal e da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.
ELDBJØRG HEMSING
Expoente relevante da rica tradição musical da Noruega, Eldbjørg Hemsing é um nome conhecido no seu país natal desde a sua infância, tendo feito a sua estreia a solo com a Orquestra Filarmónica de Bergen, com apenas 11 anos de idade. Depois de vencer várias competições internacionais e prémios aos 18 anos, recebeu uma grande quantidade de convites para se apresentar, mas decidiu viajar para Viena para novos estudos intensivos com Boris Kuschnir, período em que aperfeiçoou o seu estilo de performance e absorveu um amplo repertório, desde Beethoven a Dvořák, de Grieg a Tan Dun. Juntamente com Tan Dun, colaborou em inúmeros projetos na Europa e na Ásia e, mais recentemente, estreou o novo concerto de violino do compositor, “Fire Ritual” – Um Ritual Musical para Vítimas de Guerras, juntamente com a Orquestra Filarmónica de Oslo.
Em março de 2018, Eldbjørg Hemsing lançou o seu CD de estreia pela editora sueca BIS, com os concertos para violino de Hjalmar Borgström e Dmitri Shostakovich, gravados com a Orquestra Sinfónica de Viena e Olari Elts. Apresentando o CD, Eldbjørg escreveu: ”Há alguns anos atrás descobri a música de Hjalmar Borgström, um nome com o qual eu não estava familiarizada anteriormente e fiquei surpresa ao saber que ele tinha sido famoso enquanto compositor e crítico na Noruega no início do século XX. Abrindo a partitura do seu primeiro concerto para violino pela primeira vez, fiquei imediatamente intrigada. Este concerto, escrito em 1914, é incrivelmente bonito, cheio de sentimento nacionalista norueguês, tão típico de sua época, mas também digno de atenção internacional. Isso reporta-me para as minhas origens – a paisagem acidentada de Valdres e Jotunheimen, onde as montanhas circundantes erguem-se dramaticamente sobre os vales – e a música faz-me ansiar pelas minhas raízes”.
Em setembro de 2018 realizou uma gravação do Concerto para Violino de Dvořák e da Canção de Amor e Fantasia de Suk com a Antwerp Symphony Orchestra e Alan Buribayev. Ela também é tema do documentário “FORTE”, dirigido por David Donnelly, focando as mulheres na música erudita. Este novo projeto segue-se ao sucesso do premiado filme NRK de 2010, no qual Eldbjørg e sua irmã Ranghild exploram a vida do lendário violinista norueguês Olle Bull.
Os seus compromissos nesta temporada incluem a sua estreia na Orquestra Sinfónica Nacional da China, Orquestra Filarmónica Portuguesa e Orquestra de Valência, bem como os seus reencontros com a Filarmónica de Oslo, Orquestra Filarmónica de Shenzhen, Orquestra Sinfónica de Trondheim e Filarmónica de Szczecin. Eldbjørg Hemsing tem também previstas atuações no Lincoln Center em Nova York e Abu Dhabi Classics, assim como a realização de uma digressão na Europa e Ásia com o pianista macedónio Simon Trpčeski e Julien Quentin. Como parte do seu programa de Residências no Stormen Concert Hall em Bødo (Noruega), irá regressar a esta cidade para uma série de recitais e apresentações com a Orquestra Filarmónica do Ártico.
Para além de um agitado calendário de atuações, Eldbjørg Hemsing está ativamente envolvida em projetos sociais ligados aos seus valores. Como resposta à eclosão da crise de refugiados, ela tornou-se embaixadora do projeto alemão de educação musical CJD Panorama, um programa musical destinado a ajudar crianças pertencentes a minorias na sua integração na sociedade. Em janeiro de 2018, Eldbjørg Hemsing apareceu como oradora no lançamento do W20 – Women in Global Heath em Berlim, enfatizando o papel da música na saúde pública. Foi também palestrante nas conferências Abu Dhabi Culture Summit 2018 e “Young Audiences” na Arts & Audience 2017.
Eldbjørg Hemsing toca num violino de 1754 (G. B. Guadagnini) por empréstimo gentil da Fundação Dextra Musica. O seu desenvolvimento artístico tem vindo a ser generosamente apoiado, ao longo dos anos, pela Fundação Göhde.